AGRONEGÓCIO
Com a alta nos preços, surge o café fake
Publicado em
4 de fevereiro de 2025por
infocoweb
O café, bebida que faz parte do dia a dia de milhões de brasileiros, está no centro de uma polêmica que mistura economia, saúde e até mesmo ética no mercado. Nos últimos 12 meses, o preço do café torrado e moído subiu impressionantes 39,6%, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Em dezembro de 2024, o quilo do produto chegou a custar, em média, R$ 48,90. Agora, em fevereiro, já ultrapassa a barreira dos R$ 48,90. Agora, em fevereiro de 2025, já ultrapassa a barreirados R$ 50. Com essa alta, muitos consumidores estão buscando alternativas mais baratas, e é aí que entra o chamado “cafake” – um produto que imita o café, mas não é feito da semente tradicional.
Evolução dos Preços do Café (2022-2025):
- 2022: O preço médio do café arábica iniciou uma trajetória de aumento devido a condições climáticas adversas que afetaram a produção.
- 2023: A continuidade de secas e temperaturas elevadas em regiões produtoras manteve os preços em patamares elevados.
- 2024: Observou-se um aumento de quase 33% no preço do café moído até novembro, com o pacote de 1 kg sendo comercializado, em média, a R$ 48,57.
- 2025: Em janeiro, a saca de 60 kg de café arábica atingiu R$ 2.301,60, a maior cotação em 27 anos.
O “cafake”, ou “café fake”, como vem sendo apelidado, é uma mistura produzida a partir de partes da planta do café que não são as sementes, como cascas, folhas e até mesmo palha. Esses ingredientes são torrados, moídos e aromatizados para simular o sabor do café tradicional. Apesar de ser vendido como “bebida sabor café”, o produto não contém a matéria-prima original do café, o que tem gerado críticas de entidades do setor e preocupação entre os consumidores.
A Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic) já se posicionou contra a prática. Celírio Inácio da Silva, presidente da entidade, classificou o “cafake” como uma tentativa clara de enganar o consumidor. “É um produto que não é café, mas se aproveita da imagem e do hábito do brasileiro de consumir a bebida”, afirmou em entrevista à agência Reuters. A Abic já identificou a venda desses produtos em cidades como Bauru, no interior de São Paulo, e alertou autoridades como o Ministério da Agricultura e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Um dos produtos em questão é o “Oficial do Brasil”, fabricado pela empresa Master Blends. A embalagem traz a descrição “bebida sabor café tradicional”, mas, segundo a fabricante, não há intenção de enganar o consumidor. Em nota, a empresa afirmou que o produto é um “subproduto do café”, feito com polpa de café torrada e moída, e que a embalagem deixa claro que se trata de uma bebida à base de café, e não do grão puro. “Criamos esse produto para atender uma classe que está sofrendo com a alta dos preços”, explicou a empresa, que está no mercado há 32 anos.
A Master Blends ainda comparou a situação com outros casos conhecidos, como a substituição do leite condensado por misturas lácteas e a troca de chocolate por “cobertura sabor chocolate” em bombons. No entanto, a Abic reforça que o “cafake” pode confundir o consumidor, já que a embalagem é semelhante à do café tradicional, e o preço é significativamente mais baixo. Enquanto um pacote de 500g do “cafake” pode ser encontrado por R12aR12aR 14, o café original custa cerca de R$ 30.
Além da questão econômica, há preocupações com a saúde. A Abic alerta que produtos como o “cafake” precisam de autorização da Anvisa para garantir a segurança alimentar. A Master Blends afirma que possui essa autorização, mas a entidade teme que a proliferação desses produtos possa levar a uma desvalorização do café brasileiro, afetando a imagem do setor no mercado internacional. “Se não combatermos isso, as pessoas podem começar a beber esse ‘café’ e achar que não gostam de café de verdade”, destacou Silva.
A polêmica do “cafake” reflete um momento delicado para o mercado de café no Brasil. Enquanto os preços continuam altos, os consumidores buscam alternativas, e a indústria tenta equilibrar a oferta de produtos acessíveis sem comprometer a qualidade e a transparência.
A questão agora está nas mãos das autoridades, que precisam avaliar se esses produtos estão de fato cumprindo as normas de segurança e se não estão enganando o consumidor. Enquanto isso, o brasileiro, conhecido por seu amor ao café, precisa ficar atento ao que está levando para casa.
Fonte: Pensar Agro
AGRONEGÓCIO
Agronegócio busca alternativas para evitar impactos da moratória da UE nas exportações
Published
8 horas atráson
6 de fevereiro de 2025By
infocoweb
A implementação das exigências da Lei de Produtos Livres de Desmatamento (EUDR), aprovada pela União Europeia (UE) em 2022, está gerando grande preocupação no agronegócio brasileiro. Com o início da aplicação das novas regras programado para 30 de dezembro de 2025 para grandes empresas e 30 de junho de 2026 para micro e pequenas empresas, o Brasil está intensificando as negociações para evitar uma classificação de “alto risco” de desmatamento. Caso o país seja incluído nesta categoria, as exigências para exportar produtos como soja, carne bovina e café para a Europa se tornariam ainda mais rígidas, impactando diretamente as exportações brasileiras.
A EUDR exige que os produtos comercializados na UE sejam rastreados até a origem, com o objetivo de garantir que não venham de áreas desmatadas após 2020. Para isso, os países exportadores serão classificados em quatro níveis de risco: nulo, baixo, médio e alto, com base nos índices de desmatamento e nas políticas ambientais adotadas por cada um.
Embora o Brasil não deva ser considerado de “baixo risco”, uma posição intermediária seria considerada positiva para o agronegócio nacional, já que facilitaria as exportações, mantendo um nível de rastreabilidade compatível com as exigências europeias.
No entanto, as negociações estão longe de serem simples. A legislação brasileira permite o desmatamento legal em determinadas áreas, desde que as propriedades cumpram exigências como a manutenção de reservas legais – áreas de vegetação nativa que devem ser preservadas nas propriedades rurais.
Na Amazônia, por exemplo, é exigido que 80% da área seja preservada, enquanto em outras regiões a porcentagem pode ser menor. Essa flexibilidade é um ponto de discórdia nas conversas com a União Europeia, que defende a meta de “desmatamento zero”. Para o agronegócio brasileiro, essa abordagem europeia não leva em consideração as particularidades das leis nacionais, que buscam equilibrar o uso agrícola com a preservação ambiental.
Além disso, a nova categorização de risco introduzida pela EUDR, que agora inclui a classificação de “nulo”, foi vista com preocupação por setores do agronegócio. A medida tem o potencial de beneficiar países que já passaram por um estágio de expansão agrícola, criando um descompasso em relação a nações em desenvolvimento, como o Brasil, que ainda estão avançando em sua produção rural e em busca de práticas mais sustentáveis.
O presidente do Instituto do agronegócio (IA), Isan Rezende (foto), expressou a preocupação do setor agropecuário em relação à chamada moratória do desmatamento imposta pela União Europeia. Para ele, a imposição de um bloqueio indiscriminado de produtos de áreas desmatadas pode desconsiderar os avanços realizados pelo Brasil na área de sustentabilidade, sem levar em conta o contexto legislativo brasileiro.

Imagem: assessoria
“Temos que entender que o Brasil, ao contrário de outros países, ainda está em um processo de expansão agrícola, e a moratória pode gerar um descompasso. A imposição de regras que não consideram as particularidades da nossa legislação cria um obstáculo adicional ao crescimento do setor”, disse o presidente do IA. Segundo Rezende, o Brasil tem investido significativamente em tecnologias que tornam a produção mais sustentável, mas a pressão da moratória pode inibir esses avanços ao tornar as exportações mais complexas e onerosas.
Rezende também destacou a necessidade de um diálogo mais equilibrado entre as partes envolvidas. “Acreditamos que uma abordagem mais flexível, que leve em consideração as leis ambientais brasileiras, é fundamental para que possamos manter nossa posição como um dos maiores produtores agrícolas do mundo. A moratória, da maneira como está sendo proposta, é um desafio para o setor, mas seguimos confiantes de que, com negociações justas, conseguiremos chegar a um meio-termo”, disse o presidente do IA.
Esses pontos de divergência devem ser tratados nas próximas rodadas de negociações, previstas para ocorrer entre março e abril deste ano, quando a Comissão Europeia deve detalhar mais claramente os critérios de rastreabilidade e as exigências para cada país. A expectativa do agronegócio brasileiro é de que o país seja posicionado de maneira a garantir uma exportação viável para a UE, sem sobrecargas burocráticas e com uma avaliação justa de suas políticas de preservação e uso da terra.
Dessa forma, o Brasil se prepara para um ano de intensas negociações, com o objetivo de ajustar sua legislação e práticas às exigências europeias, ao mesmo tempo em que busca minimizar os impactos econômicos de uma possível classificação de alto risco. A questão do desmatamento legal será central nas conversas, e o desfecho dessas discussões poderá definir o futuro das exportações brasileiras para o mercado europeu nos próximos anos.
Fonte: Pensar Agro


Sabadinho Divertido retorna à programação do Venâncio Shopping

Projeto altera regra sobre apreensão de arma em situação lícita usada para legítima defesa

Gravidez tardia: mulheres no Distrito Federal preferem ter filhos depois dos 30, diz IBGE

Pré-estreia de “Capitão Astúcia” reúne grandes nomes da cena artística brasileira e anuncia exibições em todo o país

Ana Castela posa ao lado do pai e mostra gado na fazenda: ‘Meu e do meu pai’
politica


Governo Federal reserva R$ 1,166 bilhão para segurança pública nos estados e no DF em 2025
Recursos do Fundo Nacional de Segurança Pública serão liberados para as unidades federativas conforme os planos locais de aplicação do...


Deputado Wellington Luiz Propõe Banco de Dados para Registro de Condenados por Violência contra a Mulher no DF
O deputado Wellington Luiz apresentou um Projeto de Lei (PL) que propõe a criação de um banco de dados para...


Eleições, Reforma Tributária, superfederação partidária e mais: o que esperar do Congresso em 2024
E-book gratuito aponta movimentações políticas para o ano e traz relatório com principais votações e negociações. A casa volta do...
DISTRITO FEDERAL


Sabadinho Divertido retorna à programação do Venâncio Shopping
O Sabadinho Divertido retorna ao Venâncio Shopping em nova temporada com teatro e aventuras para toda família aos sábados, às...


Pré-estreia de “Capitão Astúcia” reúne grandes nomes da cena artística brasileira e anuncia exibições em todo o país
Evento em Botafogo destaca a participação do elenco e do diretor Filipe Gontijo, com programação de salas de cinema para...


Iate Clube tem dois dias de carnaval para a crianças com Bita e Matrakaberta
O Iate Clube preparou para 2025 um Carnaval especial para os pequenos: o Iate Folia Kids, que acontecerá nos dias...
BRASIL E MUNDO


Gravatá movimenta o Agreste do Estado com o Baile Municipal na AABB neste sábado (8)
Um dos eventos mais esperados do Carnaval no Agreste pernambucano será realizado neste sábado (8): o Baile Municipal de Gravatá...


Comitê de cultura do Espírito Santo promove encontro online para capacitar novos agentes culturais
O Instituto de Políticas e Ações Comunitárias (IPAC), em parceria com a União de Negros pela Igualdade do Estado do...


Gravatá lança programação esportiva, lazer e cultural imperdível
A cidade de Gravatá iniciou janeiro e segue até março com uma agenda esportiva, lazer e cultural recheada de atividades...
ECONOMIA


Atividade econômica cresceu 0,1% em novembro de 2024, diz BC
A economia brasileira cresceu 0,1% no mês de novembro, na comparação com outubro, informou hoje (16) o Banco Central (BC)....


Banco Central realiza leilão de venda de dólares nesta segunda-feira
O Banco Central (BC) realiza, nesta segunda-feira (20), dois leilões de dólares com compromisso de recompra futura pela autoridade monetária....


Ritmo de concentração de renda aumenta, mostra relatório Oxfam 2025
Relatório da organização não governamental (ONG) internacional Oxfam sobre concentração de renda e suas condições mostra que o ritmo de concentração...
ESPORTES


Reestreia de Neymar termina em empate frustrante para o Santos
A tão esperada reestreia de Neymar com a camisa do Santos não teve o final feliz que a torcida esperava....


Grêmio perde invencibilidade para o Juventude no Alfredo Jaconi
O Grêmio conheceu sua primeira derrota no Campeonato Gaúcho nesta quarta-feira. Jogando fora de casa, contra o Juventude, no Estádio...


Fluminense vence Vasco de virada em clássico emocionante no Mané Garrincha
Em um jogo movimentado e cheio de emoções, o Fluminense venceu o Vasco por 2 a 1, de virada, nesta...
MAIS LIDAS DA SEMANA
-
TECNOLOGIA2 dias atrás
Samsung lança Galaxy S25: conheça todas as novidades da nova linha de smartphones
-
Notícias Corporativas6 dias atrás
Morgis, nova rede social, chega ao Brasil e promove interação exclusiva entre influenciadores e fãs
-
CIDADES3 dias atrás
Vasco Experience chega pela primeira vez à Brasília, no Alameda Shopping
-
DISTRITO FEDERAL3 dias atrás
Vasco Experience chega pela primeira vez à Brasília, no Alameda Shopping