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Mercado brasileiro de algodão: ritmo moderado e estabilidade nos preços destacam cenário atual

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Apesar da baixa intensidade nas negociações, a expectativa para a safra 2024/25 é de aumento na produtividade, o que pode impactar positivamente os resultados no próximo ciclo. O mercado tem se concentrado em contratos para entregas futuras, e as cotações continuam refletindo um equilíbrio entre oferta e demanda.

Movimentação moderada nas negociações de algodão

Durante a semana, o mercado físico do algodão seguiu com uma movimentação moderada. Os negócios foram pontuais, com maior foco nas transações para entrega futura. No início da semana, as negociações ocorreram em volumes modestos, e as cotações variaram entre estabilidade e leve alta.

Na terça-feira, tanto o mercado spot quanto as entregas programadas para 30 dias apresentaram alguma movimentação, mas sem grande intensidade. A quarta-feira registrou um ritmo ainda mais calmo, com baixa demanda para entrega imediata. No entanto, surgiram alguns contratos para entregas futuras, inclusive para a safra de 2026. Já na quinta-feira, os preços permaneceram praticamente inalterados, com a atividade no mercado de comercialização ainda moderada.

Preços do algodão nos principais polos produtores

Em São Paulo, o valor do algodão colocado na indústria foi cotado a R$ 4,33 por libra-peso na quinta-feira, 8 de maio. Esse valor representou uma leve desvalorização de 0,46% em comparação com a semana anterior, quando o preço estava em R$ 4,35 por libra-peso.

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Em Rondonópolis, no Mato Grosso, o preço pago ao produtor foi de R$ 4,16 por libra-peso no mesmo dia, equivalente a R$ 137,63 por arroba. Esse valor recuou 0,36% em relação ao preço de R$ 4,18 por libra-peso (ou R$ 138,13 por arroba) registrado na semana anterior.

Expectativa de produtividade da safra 2024/25 – Imea

Com o término do beneficiamento do algodão da safra 2023/24 em Mato Grosso, foi possível consolidar a produção do ciclo, que totalizou 2,60 milhões de toneladas. Esse volume ficou 2,03% abaixo da estimativa anterior devido ao menor rendimento da safra, mas ainda assim representa um aumento de 11,91% em comparação com a produção da safra 2022/23.

Em relação à safra 2024/25, as previsões apontam para uma elevação de 2,97% na área plantada, que deve atingir 1,51 milhão de hectares. A expectativa de produtividade também apresentou um aumento, subindo 1,72% em relação à projeção anterior, alcançando 289,15 arroba por hectare. Esse aumento na produtividade é impulsionado pelas condições climáticas favoráveis no estado de Mato Grosso, que permitiram o bom desenvolvimento das lavouras, mesmo com 46,52% da área semeada fora da janela considerada ideal para o cultivo.

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Projeção de aumento na produção de algodão

Diante do aumento da expectativa de produtividade, a produção de algodão em caroço foi projetada em 6,53 milhões de toneladas para a safra 2024/25, o que representa um aumento de 2,07% em relação ao volume projetado para o ciclo anterior. Essa previsão é positiva, considerando o bom desempenho das lavouras e a elevação na área plantada.

O mercado de algodão no Brasil segue com um ritmo moderado e estabilidade nos preços, refletindo uma dinâmica cautelosa entre produtores e compradores. Enquanto as transações futuras ganham relevância, a expectativa é de que a safra 2024/25 traga resultados mais expressivos, com aumento na produtividade e na produção do cereal. Os próximos meses serão determinantes para definir os rumos do mercado no país.

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

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Mercado de Celulose Enfrenta Desafios no Mercado Chinês Devido a Tarifas dos EUA, Afirma Copec

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O mercado de celulose, especialmente no setor florestal chinês, pode se tornar mais desafiador nos próximos meses devido às incertezas sobre as tarifas impostas pelos Estados Unidos. A empresa chilena Copec, em sua mais recente apresentação, destacou que as dificuldades enfrentadas pelos fabricantes de papel da China podem afetar diretamente as negociações no mercado global.

Incerteza nas Tarifas Afeta Compras na China

De acordo com Cristian Infante, diretor da Arauco, braço florestal da Copec, a insegurança sobre os preços dos produtos tem levado os compradores chineses a adotar uma postura mais cautelosa. “A maioria dos nossos clientes exportadores, especialmente para os EUA, não sabe qual será o preço de seus produtos. Isso tem feito com que optem por comprar o mínimo possível”, explicou o executivo.

Lucros da Arauco Caiem com Queda nos Preços da Celulose

A Arauco, principal responsável pelos lucros da Copec, viu uma redução superior a 22% no lucro operacional no primeiro trimestre de 2025. Esse declínio foi impulsionado pela queda nos preços da celulose e pelo volume menor de vendas.

Embora tenha havido uma ligeira recuperação nos preços no início de 2025, a Copec alertou que, a partir de março, os preços da celulose começaram a cair novamente, principalmente devido à guerra comercial entre os EUA e a China. Este cenário levou os fabricantes chineses a buscar alternativas locais para evitar acordos com preços voláteis e prazos longos de entrega.

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Mercado Europeu Também Sente os Efeitos da Instabilidade

O impacto da incerteza tarifária não se limita à China. Na Europa, a Copec reportou uma situação semelhante, com os fabricantes de papel buscando mais cautela diante da perspectiva de novas tarifas dos EUA e possíveis tensões comerciais.

Preços da Celulose Caem 11% em Relação ao Ano Anterior

No primeiro trimestre de 2025, a Copec observou uma queda de 11% nos preços médios da celulose, com o preço da tonelada métrica caindo para US$ 678. Infante indicou que os preços podem continuar a cair em maio, embora as recentes negociações entre os EUA e a China possam trazer alguma instabilidade aos mercados futuros.

Demanda Chinesa Segue Robusta, mas Incertezas Persistem

Apesar dos desafios, Infante destacou que a demanda por celulose na China permanece forte, o que poderia garantir a estabilidade do mercado. No entanto, ele ressaltou que o cenário incerto em relação às tarifas continua sendo um fator limitante.

Mercado Americano: Estabilidade, Mas com Aumento nos Custos

Nos Estados Unidos, a Copec vê o mercado estável, mas com custos crescentes, principalmente devido à volatilidade das políticas tarifárias e ao aumento nos preços de componentes utilizados na produção de painéis de madeira. A empresa prevê que essa volatilidade tenha um impacto significativo no futuro próximo.

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Fábrica de Celulose Sucuriú: Novo Investimento da Arauco no Brasil

Em meio às incertezas globais, a Copec segue com seus planos de expansão. A Arauco está investindo em um projeto de fábrica de celulose no Brasil, com previsão de inauguração até 2027. O projeto, que receberá o nome de Sucuriú, exigirá um investimento de US$ 4,6 bilhões e terá capacidade para produzir 3,5 milhões de toneladas de celulose por ano.

Com esse projeto, a Copec reforça sua estratégia de crescimento e presença global, apesar dos desafios impostos pela instabilidade econômica nos principais mercados consumidores.

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

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