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Produtores paulistas têm até 15 de julho para declarar Cancro Cítrico e Greening

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A Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São Paulo (SAA), lembra aos citricultores que o relatório semestral Cancro/Greening precisa ser enviado até 15 de julho. A declaração, referente às vistorias realizadas de 1.º de janeiro a 30 de junho de 2025, deve ser preenchida no sistema GEDAVE.

Por que o relatório é obrigatório

Relatórios consistentes oferecem à Defesa Agropecuária dados reais sobre incidência e dispersão das doenças, permitindo planejar melhor as ações fitossanitárias e as políticas públicas de apoio ao setor.

Regras e penalidades
  • Portaria MAPA nº 317/2021: institui o Programa Nacional de Prevenção e Controle ao HLB (PNCHLB).
    • Eliminação de plantas sintomáticas é obrigatória em pomares com até oito anos.
    • Monitoramento e controle do psilídeo são exigidos em todas as idades de pomar.
  • Decreto Estadual nº 45.211/2000 (SP): torna a entrega do relatório obrigatória para todos os produtores, independentemente da idade das plantas. Atraso ou omissão gera sanções previstas em lei.
Doenças que exigem atenção
  • Cancro cítrico
    • Causador: bactéria Xanthomonas citri pv. citri.
    • Sintomas: lesões em folhas, frutos e ramos; em alta incidência provoca desfolha e queda de frutos.
    • Status em SP: desde 2017, o estado é área sob Sistema de Mitigação de Risco (SMR), permitindo medidas que reduzem o inóculo e mantêm a comercialização de frutos sem sintomas.
  • HLB (Greening)
    • Causador: bactéria Candidatus Liberibacter spp., transmitida pelo psilídeo (Diaphorina citri).
    • Impacto: afeta todas as plantas cítricas; não há cura e a planta infectada se torna fonte permanente de contaminação.
    • Risco global: considerada hoje a maior ameaça à citricultura mundial.
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Como enviar o relatório
  1. Acesse o GEDAVE com login de produtor.
  2. Localize o módulo “Declaração Cancro/Greening”.
  3. Informe os resultados das vistorias trimestrais de todas as plantas cítricas da propriedade.
  4. Envie o documento até 15 de julho.

O cumprimento do prazo evita penalidades e fortalece a defesa sanitária, assegurando a competitividade da citricultura paulista nos mercados nacional e internacional.

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

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AGRONEGÓCIO

Novas tarifas dos EUA podem impactar gravemente exportações brasileiras do agro

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A recente decisão dos Estados Unidos de elevar tarifas de importação para produtos brasileiros pode comprometer significativamente a competitividade do agronegócio nacional. A medida impacta diretamente setores estratégicos como café, celulose, carne bovina e suco de laranja. As informações são do relatório Radar Agro – Julho 2025, produzido pela Consultoria Agro do Itaú BBA.

Setores mais afetados

Segundo a análise da consultoria, os setores mais vulneráveis às tarifas de até 50% são:

  • Café
  • Celulose
  • Suco de laranja
  • Carne bovina
  • Sebos bovinos

Também foram citadas exportações menores, mas relevantes, como as de ovos e pescados.

Risco de inviabilidade nas exportações

A depender da manutenção das tarifas adicionais — como os 50% somados aos 26,4% já incidentes sobre a carne bovina — as exportações brasileiras podem se tornar inviáveis economicamente. Café e suco de laranja, atualmente com tarifa de 10%, também enfrentariam carga tarifária total próxima a 60%.

Impacto no câmbio e nos insumos

Com o anúncio das tarifas, o câmbio disparou, chegando próximo a R$ 5,60/USD no início do pregão. A desvalorização do real favorece a competitividade das exportações e pode estimular a comercialização de grãos como soja e milho. Por outro lado, o dólar elevado aumenta o custo dos insumos importados, como fertilizantes, que já vinham em alta.

Café: o impacto no maior mercado consumidor do mundo

Os EUA são o maior consumidor de café do planeta, com cerca de 25 milhões de sacas por ano, e o Brasil é o maior produtor de arábica, com 42% da produção mundial. Dada essa dependência, substituir o café brasileiro seria difícil, o que poderia gerar inflação no mercado americano e queda no consumo. Segundo a National Coffee Association (NCA), o setor gera 2,2 milhões de empregos diretos nos EUA, com salários somando US$ 100 bilhões.

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Sebos bovinos: quase toda exportação vai para os EUA

Cerca de 98% do sebo bovino exportado pelo Brasil tem como destino os EUA. Caso as tarifas sejam mantidas, haverá queda nas exportações e possível aumento da oferta doméstica. A Austrália e outros países da América do Sul podem assumir parte do mercado americano.

Açúcar e etanol: participação pequena, mas estratégica

As exportações de açúcar para os EUA representam cerca de 2% do total exportado pelo Brasil, com destaque para uma cota de 147 mil toneladas do Nordeste. Já no etanol, os EUA representam 15% das exportações brasileiras. Mesmo com a nova tarifa, será difícil para os americanos substituírem o etanol brasileiro, feito de cana-de-açúcar e com poucos substitutos no mercado global.

Celulose e madeira perfilada: risco de perda de mercado para o Canadá

As exportações brasileiras de celulose geraram US$ 1,7 bilhão em 2024, sendo o segundo produto agro mais exportado para os EUA, atrás apenas do café. Madeira perfilada gerou US$ 481 milhões. Com as tarifas, a competitividade frente a países como o Canadá pode cair, embora os EUA não sejam autossuficientes nesses produtos.

Carne bovina: tarifa pode chegar a 76,4% fora da cota

Mesmo com crescimento de 132% nas exportações de carne bovina in natura no primeiro semestre de 2025, a aplicação da nova tarifa pode tornar as vendas inviáveis. Hoje, o mercado americano representa 12% das exportações brasileiras, enquanto a China lidera com 49%. A ausência dos EUA pode pressionar os preços do boi gordo internamente.

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Suco de laranja: dependência americana do Brasil é alta

Com produção em queda na Flórida — afetada por greening e furacões —, os EUA devem importar mais de 90% do suco que consomem, sendo o Brasil o principal fornecedor. A tarifa adicional de 50%, somada aos US$ 415/t já existentes, elevaria o custo para US$ 2.600/t, desestimulando as compras. O México, segundo maior fornecedor, ganharia vantagem, já que está isento da nova tarifa.

Exportações do agro: ranking por valor (2024)

De acordo com dados do Comexstat citados no relatório do Itaú BBA, os principais produtos do agronegócio exportados do Brasil para os EUA foram:

  • Café em grão – US$ 1,9 bi
  • Celulose – US$ 1,7 bi
  • Suco de laranja – US$ 1,0 bi
  • Carne bovina desossada congelada – US$ 0,9 bi

A imposição de tarifas pelos Estados Unidos representa um risco direto à competitividade do agronegócio brasileiro em setores-chave. A depender dos desdobramentos diplomáticos e econômicos, os impactos podem ser de curto a médio prazo, exigindo atenção de produtores, exportadores e formuladores de políticas públicas.

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

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