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Programa para jovens indígenas da pesca artesanal promove pesquisa no Acre

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Uma iniciativa pioneira no Brasil está possibilitando que estudantes e professores indígenas das etnias Kaxinawá, Yawanawá e Katukina possam desenvolver pesquisas sobre as comunidades pesqueiras artesanais. Estamos falando do Programa de Bolsas de Iniciação Científica Júnior “Jovem Cientista da Pesca Artesanal”, da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Acre (Fapac), em parceria com o Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA), por meio da Secretaria Nacional de Pesca Artesanal (SNPA). A iniciativa, que envolve 48 estudantes e 12 professores, está promovendo práticas sustentáveis e equilibradas economicamente, ambientalmente e socialmente para os povos indígenas.

A finalidade principal do programa é direcionar apoio financeiro para projetos de pesquisa e bolsas de iniciação científica júnior a alunos do ensino médio e fundamental da rede pública. As ações são voltadas principalmente para pescadores artesanais e seus descendentes, incluindo a juventude indígena das cidades de Tauaracá e Jordão.

De acordo com o presidente da Fapac, Moisés Diniz, o projeto definiu que todas as vagas de professores e estudantes fossem preenchidas por indígenas. “O edital foi aberto no ano passado e fizemos todas as inscrições nas aldeias indígenas. Após isso, treinamos os professores para eles realizarem os projetos de pesquisa. É uma coisa nova, nem um lugar da rede pública vemos isso. Então, é um projeto pioneiro no até no Brasil”, revela.

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“Nós acreditamos nessas ações para essa juventude, que se desdobram em oficinas sobre biojoias, cultural e ecoturismo que valorizem a bioeconomia indígena. Temos uma proposta de criar na principal aldeia, a Igarapé do Caucho do povo Kaxinawá, uma escola de bioeconomia indigena, com computadores e internet para cursos virtuais e presenciais”, completa Moisés.

Os critérios utilizados pelo projeto envolviam a necessidade do estudante ser pescador(a) ou possuir parente em linha reta ou colateral ou responsável, com Registro de Pescador Profissional (RGP), ou Protocolo de solicitação de Registro Inicial. No caso dos pais, parentes em linha colateral ou de responsáveis pelos jovens deverá ter, no mínimo, um ano de RGP; e, caso o jovem pescador ou pescadora tenha esse documento (RGP ou o protocolo de pedido do RGP), que o tempo tenha 6 meses, no mínimo.

Jovem Cientista da Pesca Artesanal

Parte integrante do Programa Povos da Pesca Artesanal, a iniciativa Jovem Cientista da Pesca Artesanal foi criada pelo Decreto Federal nº 11.626 de 2 de agosto de 2023 e abrange uma série de ações interligadas, incluindo extensão pesqueira, cadeia produtiva, formação, gênero, cultura, segurança alimentar, educação, justiça climática, turismo de base comunitária e combate ao racismo ambiental.

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Com a parceria de diversos ministérios e suas secretarias, governos estaduais e municipais, além de organizações sociopolíticas ligadas à pesca artesanal, o Programa conecta os bolsistas a projetos de pesquisa submetidos ou por professores da rede básica de ensino do Estado ou por professores de Instituições de Ensino Superior (IES), a depender das regras estipuladas nos Editais de cada Fundação Estadual de Apoio à Pesquisa (FAPs).

Fonte: Ministério da Pesca e Aquicultura

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Expectativas para a Safra 2025/26 no Centro-Sul: Estabilidade na Moagem e Aumento na Produção de Açúcar

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A StoneX, em sua quarta revisão para a safra 2025/26 (abril-março) no Centro-Sul do Brasil, manteve a previsão de moagem em 608,5 milhões de toneladas, representando uma ligeira queda de 2,1% em comparação à safra anterior. No entanto, a produção de açúcar deve apresentar um crescimento de 3,9%, atingindo 41,75 milhões de toneladas, a segunda maior marca da história dessa região, atrás apenas da safra 2023/24.

Expectativas de Moagem e Área Colhida

Embora a estimativa de moagem tenha se mantido estável, ajustes nas premissas de área colhida e produtividade indicam uma diminuição na área de cultivo de cana-de-açúcar. A área colhida para a safra 2025/26 deve ser de cerca de 7,79 milhões de hectares, apresentando uma queda de 200 mil hectares em relação à safra 2024/25. Essa redução é atribuída ao ritmo acelerado de renovações de canaviais e aos impactos das queimadas registradas entre agosto e setembro de 2024.

Em termos de produtividade, a expectativa para o TCH (toneladas por hectare) foi revisada para 78,1 ton/ha, uma ligeira melhora frente ao ciclo 2024/25, mas ainda abaixo da estimativa anterior, refletindo as condições climáticas do início do ciclo.

Produção de Açúcar e Perspectivas para o Mercado Global

A produção de açúcar, estimada em 41,75 milhões de toneladas, representa um crescimento significativo de 3,9% em relação ao ciclo anterior. Esse aumento coloca a safra 2025/26 como a segunda maior da história, superada apenas pela safra de 2023/24, que alcançou 42,425 milhões de toneladas. As exportações brasileiras de açúcar também devem crescer, alcançando cerca de 32,6 milhões de toneladas, com o pico das vendas projetado para o período de maio a outubro de 2025.

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Cenário do Etanol: Desafios e Oportunidades

O mercado de etanol para a safra 2025/26 apresenta um cenário de maior competitividade com a gasolina, o que pode impactar a produção do biocombustível. A previsão é de uma queda de 1,3% na produção de etanol, que deverá totalizar 34,5 milhões de metros cúbicos, devido à redução do mix açucareiro e à queda na moagem. Contudo, a introdução de etanol de milho poderá amenizar a situação, com a produção de etanol de milho alcançando um aumento significativo de 19,6%, totalizando 9,8 milhões de metros cúbicos.

Além disso, a aprovação do aumento na mistura de anidro na gasolina pode impulsionar a demanda pelo etanol, embora o prazo de implementação ainda seja incerto. As usinas de etanol de milho da região Centro-Sul, especialmente em Mato Grosso, deverão contribuir para o aumento da produção do biocombustível, com novas unidades previstas para iniciar operações até o final de 2025.

Perspectivas para a Região Norte-Nordeste

Em relação à safra 2025/26 na região Norte-Nordeste (NNE), a estimativa inicial é positiva, com uma projeção de moagem de 59,18 milhões de toneladas, um aumento de 3% em relação à safra 2024/25. A produtividade também deve crescer, com o TCH estimado em 62,8 ton/ha, refletindo as condições climáticas favoráveis durante o trimestre de maior precipitação.

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O impacto da crescente produção de etanol de milho na região também será significativo, com novas usinas entrando em operação nos próximos anos. A expectativa é que o etanol de milho compense a queda na produção de açúcar e ajude a manter um mix açucareiro mais favorável na NNE.

Com base nas estimativas da StoneX, o ciclo 2025/26 para o Centro-Sul do Brasil e para a região Norte-Nordeste apresenta um panorama misto, com leve queda na área plantada e nos estoques de etanol, mas com crescimento expressivo na produção de açúcar. A introdução de etanol de milho e as expectativas de exportação de açúcar devem impactar o comércio global e o mercado de biocombustíveis, mantendo a indústria atenta às flutuações climáticas e às políticas energéticas.

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

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