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Tecnologia com sensores inteligentes reduz em até 79% o uso de herbicidas em lavouras de grãos e algodão

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Aplicação localizada com sensores garante economia expressiva no campo

O uso da tecnologia WEED-IT, que promove a pulverização localizada de herbicidas por meio de sensores inteligentes, tem gerado resultados expressivos em lavouras de grãos e algodão no Brasil. De acordo com dados de uma fazenda modelo no oeste da Bahia, a tecnologia proporcionou uma economia média de 79% na aplicação de herbicidas em uma área de 6,7 mil hectares. Apenas entre janeiro e fevereiro de 2025, a economia gerada foi de R$ 1 milhão.

O custo com a calda de herbicida caiu de R$ 197,20 por hectare para apenas R$ 41,35, representando uma economia de R$ 155,85 por hectare. A economia registrada este ano superou a do mesmo período em 2024, quando a redução de custos foi de 75%, totalizando uma economia de pouco mais de R$ 1,2 milhão entre janeiro e março.

Tecnologia de precisão reduz custo de produção em soja e milho

Pesquisas realizadas pela Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) em 2022 reforçam os ganhos promovidos pelo sistema de pulverização inteligente. Os estudos indicam que a aplicação localizada de defensivos, por meio de sensores que atuam em tempo real, reduziu em 2,3 vezes o custo de produção das culturas de soja e milho em comparação com pulverizadores convencionais.

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As análises foram feitas a partir de dados coletados em duas fazendas no município de Mineiros (GO), ao longo de duas safras e em 22 campos cultivados sob sistema de plantio direto.

Uso consolidado da tecnologia no Brasil

A solução de agricultura de precisão já está presente em cerca de 2 milhões de hectares no país, com destaque para as regiões de Goiás, Mato Grosso e Matopiba. O sistema WEED-IT opera por meio de sensores instalados nas barras de pulverização, que identificam com precisão a presença de plantas daninhas e ativam válvulas ultrarrápidas, aplicando o herbicida apenas no ponto necessário e na dosagem ideal.

Facilidade de uso e retorno sobre o investimento

Segundo Marcos Ferraz, diretor comercial da Smart Sensing — empresa responsável pela comercialização do WEED-IT no Brasil —, a tecnologia se destaca por sua facilidade de uso, uma vez que não exige mão de obra especializada nem calibração prévia. “O sistema é intuitivo, e os resultados são evidentes já ao final da primeira aplicação, com a significativa redução no volume de herbicidas utilizados”, afirma.

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Ferraz ressalta ainda que, dependendo da área de aplicação, o retorno sobre o investimento pode ocorrer em até um ano. “O WEED-IT é uma tecnologia holandesa totalmente adaptada às condições agrícolas brasileiras. Além dos ganhos financeiros, contribui para o aumento da produtividade e para práticas mais sustentáveis, ao reduzir o uso de defensivos e os impactos ambientais”, conclui.

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

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AGRONEGÓCIO

Novas tarifas dos EUA podem impactar gravemente exportações brasileiras do agro

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A recente decisão dos Estados Unidos de elevar tarifas de importação para produtos brasileiros pode comprometer significativamente a competitividade do agronegócio nacional. A medida impacta diretamente setores estratégicos como café, celulose, carne bovina e suco de laranja. As informações são do relatório Radar Agro – Julho 2025, produzido pela Consultoria Agro do Itaú BBA.

Setores mais afetados

Segundo a análise da consultoria, os setores mais vulneráveis às tarifas de até 50% são:

  • Café
  • Celulose
  • Suco de laranja
  • Carne bovina
  • Sebos bovinos

Também foram citadas exportações menores, mas relevantes, como as de ovos e pescados.

Risco de inviabilidade nas exportações

A depender da manutenção das tarifas adicionais — como os 50% somados aos 26,4% já incidentes sobre a carne bovina — as exportações brasileiras podem se tornar inviáveis economicamente. Café e suco de laranja, atualmente com tarifa de 10%, também enfrentariam carga tarifária total próxima a 60%.

Impacto no câmbio e nos insumos

Com o anúncio das tarifas, o câmbio disparou, chegando próximo a R$ 5,60/USD no início do pregão. A desvalorização do real favorece a competitividade das exportações e pode estimular a comercialização de grãos como soja e milho. Por outro lado, o dólar elevado aumenta o custo dos insumos importados, como fertilizantes, que já vinham em alta.

Café: o impacto no maior mercado consumidor do mundo

Os EUA são o maior consumidor de café do planeta, com cerca de 25 milhões de sacas por ano, e o Brasil é o maior produtor de arábica, com 42% da produção mundial. Dada essa dependência, substituir o café brasileiro seria difícil, o que poderia gerar inflação no mercado americano e queda no consumo. Segundo a National Coffee Association (NCA), o setor gera 2,2 milhões de empregos diretos nos EUA, com salários somando US$ 100 bilhões.

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Sebos bovinos: quase toda exportação vai para os EUA

Cerca de 98% do sebo bovino exportado pelo Brasil tem como destino os EUA. Caso as tarifas sejam mantidas, haverá queda nas exportações e possível aumento da oferta doméstica. A Austrália e outros países da América do Sul podem assumir parte do mercado americano.

Açúcar e etanol: participação pequena, mas estratégica

As exportações de açúcar para os EUA representam cerca de 2% do total exportado pelo Brasil, com destaque para uma cota de 147 mil toneladas do Nordeste. Já no etanol, os EUA representam 15% das exportações brasileiras. Mesmo com a nova tarifa, será difícil para os americanos substituírem o etanol brasileiro, feito de cana-de-açúcar e com poucos substitutos no mercado global.

Celulose e madeira perfilada: risco de perda de mercado para o Canadá

As exportações brasileiras de celulose geraram US$ 1,7 bilhão em 2024, sendo o segundo produto agro mais exportado para os EUA, atrás apenas do café. Madeira perfilada gerou US$ 481 milhões. Com as tarifas, a competitividade frente a países como o Canadá pode cair, embora os EUA não sejam autossuficientes nesses produtos.

Carne bovina: tarifa pode chegar a 76,4% fora da cota

Mesmo com crescimento de 132% nas exportações de carne bovina in natura no primeiro semestre de 2025, a aplicação da nova tarifa pode tornar as vendas inviáveis. Hoje, o mercado americano representa 12% das exportações brasileiras, enquanto a China lidera com 49%. A ausência dos EUA pode pressionar os preços do boi gordo internamente.

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Suco de laranja: dependência americana do Brasil é alta

Com produção em queda na Flórida — afetada por greening e furacões —, os EUA devem importar mais de 90% do suco que consomem, sendo o Brasil o principal fornecedor. A tarifa adicional de 50%, somada aos US$ 415/t já existentes, elevaria o custo para US$ 2.600/t, desestimulando as compras. O México, segundo maior fornecedor, ganharia vantagem, já que está isento da nova tarifa.

Exportações do agro: ranking por valor (2024)

De acordo com dados do Comexstat citados no relatório do Itaú BBA, os principais produtos do agronegócio exportados do Brasil para os EUA foram:

  • Café em grão – US$ 1,9 bi
  • Celulose – US$ 1,7 bi
  • Suco de laranja – US$ 1,0 bi
  • Carne bovina desossada congelada – US$ 0,9 bi

A imposição de tarifas pelos Estados Unidos representa um risco direto à competitividade do agronegócio brasileiro em setores-chave. A depender dos desdobramentos diplomáticos e econômicos, os impactos podem ser de curto a médio prazo, exigindo atenção de produtores, exportadores e formuladores de políticas públicas.

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

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