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Unifal-MG é selecionada para pesquisar uso de IA na enfermagem

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A Universidade Federal de Alfenas (Unifal-MG), vinculada ao Ministério da Educação (MEC), foi contemplada em um edital internacional da Organização Internacional do Trabalho (OIT) para desenvolver um projeto pioneiro sobre o uso da inteligência artificial (IA) na área de enfermagem. A iniciativa busca investigar os impactos da tecnologia na prática clínica de profissionais de enfermagem, utilizando como base o SisAPEC, um sistema inteligente desenvolvido na própria instituição. 

O projeto se destaca por sua abordagem participativa e centrada no usuário. Proposta pela professora Isabelle Costa, da Escola de Enfermagem, a iniciativa conta com o apoio contínuo do governo federal, por meio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig), que financiam o desenvolvimento e a validação do SisAPEC. Com a seleção da OIT, a organização passa a integrar o grupo de instituições financiadoras. 

De acordo com a professora e coordenadora do projeto, Isabelle Costa, a proposta visa compreender como a IA pode aliviar a carga de trabalho, melhorar a qualidade de vida dos profissionais e promover maior precisão na documentação de enfermagem. “O projeto também busca promover a equidade no cuidado e garantir que os sistemas inteligentes respeitem os princípios éticos, evitando discriminações. O financiamento da OIT valida internacionalmente a relevância científica e social da iniciativa”, argumenta. 

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Desenvolvimento e aplicaçãoAs ações do projeto serão realizadas no município de Alfenas-MG, nas unidades de Atenção Primária à Saúde (APS), com o apoio da Secretaria Municipal de Saúde. O trabalho será dividido em três fases. A primeira etapa consistirá em um estudo quase experimental que avaliará os efeitos do uso do SisAPEC com IA na prática clínica de enfermeiros da APS. Em seguida, a equipe desenvolverá um estudo transversal com abordagem mista para investigar a usabilidade, a aceitação e os impactos no bem-estar profissional. Por fim, será realizado um estudo de caso crítico para analisar os possíveis vieses algorítmicos nos modelos de IA do sistema. 

“O SisAPEC, sistema digital desenvolvido na Unifal-MG desde 2024, será a base da pesquisa. A plataforma será aprimorada com a integração de modelos baseados em GPTs [Generative pre-trained transformer], como o ‘GPT-Clinical Nurse Assistant’, que auxiliará na tomada de decisão clínica”, detalha a coordenadora do projeto. 

Próximos passos e colaboraçõesAs atividades previstas já estão sendo iniciadas, com foco nas ações de campo que serão realizadas ao longo do segundo semestre. “O cronograma está estruturado para garantir a apresentação dos principais resultados até dezembro de 2025, conforme previsto no edital da OIT”, explica Costa. 

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Além da coordenadora, o projeto envolve outros pesquisadores da Unifal-MG das áreas de enfermagem e ciências da computação, bem como estudantes de graduação e pós-graduação. A colaboração internacional é reforçada pela participação da professora Tamara Macieira, da Universidade da Flórida (EUA), referência nas áreas de ciência de dados, IA e enfermagem. 

“A aprovação desse projeto pela OIT reconhece o compromisso da Unifal-MG com a inovação ética na saúde e reforça a importância do protagonismo da enfermagem no desenvolvimento e uso da inteligência artificial. Estamos muito orgulhosos de poder aplicar uma tecnologia criada em nossa universidade em benefício direto da saúde pública local, com potencial de impacto nacional e internacional”, compartilha a professora. A iniciativa representa também uma ação estratégica de internacionalização, inserindo a Unifal-MG entre as instituições líderes no desenvolvimento de soluções digitais para o trabalho em saúde. 

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Este conteúdo é uma produção da Unifal-MG, com apoio da Secretaria de Educação Superior (Sesu/MEC)

Fonte: Ministério da Educação

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Evento discute organização da prática pedagógica na EJA

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O Ministério da Educação (MEC) promoveu, na sexta-feira, 11 de julho, um webinário voltado ao planejamento e à organização da prática pedagógica, como parte do Pacto Nacional pela Superação do Analfabetismo e Qualificação na Educação de Jovens e Adultos (Pacto EJA). O encontro foi organizado pela Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização de Jovens e Adultos, Diversidade e Inclusão (Secadi), em parceria com a Universidade Federal da Paraíba (UFPB), e transmitido pelo canal do MEC no YouTube. 

Direcionado a formadores, coordenadores pedagógicos, professores da educação de jovens e adultos (EJA), gestores educacionais e estudantes de licenciatura, o webinário também dialogou com os setores responsáveis pela formação docente e pelas políticas públicas educacionais. 

O evento reforçou a importância do planejamento pedagógico como instrumento de valorização da prática docente na EJA, com a apresentação de experiências exitosas e reflexões acadêmicas que dialogam com a realidade dos educadores. Além disso, demonstrou como o planejamento pode estar conectado à cultura, aos saberes populares e ao território. 

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“Estamos muito felizes com essa formação, porque consideramos que, num tempo marcado pelo individualismo e pela intolerância, o diálogo é muito mais que um recurso didático ou uma abordagem pedagógica da educação popular, é uma afirmação resistente da humanidade”, destacou o coordenadorgeral de alfabetização da Secadi/MEC, professor Paulo Roberto de Souza Silva. “É o diálogo que nos constrói como seres humanos, e o Pacto EJA é um compromisso pela vida, pelo ser humano”, defendeu. 

O webinário visou contribuir para o fortalecimento da política nacional de formação continuada de educadores da EJA, promovendo reflexões práticas e teóricas sobre o planejamento pedagógico. 

Pacto EJA – Instituído pelo Decreto nº 12.048/2024, o Pacto Nacional pela Superação do Analfabetismo e Qualificação na Educação de Jovens e Adultos é uma política pública construída de forma colaborativa pelo MEC com a União, os estados, o Distrito Federal e os municípios. Os objetivos são superar o analfabetismo; elevar a escolaridade; ampliar a oferta de matrículas da EJA nos sistemas públicos de ensino, inclusive entre os estudantes privados de liberdade; e aumentar a oferta da EJA integrada à educação profissional.     

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Assessoria de Comunicação Social do MEC, com informações da Secadi 

Fonte: Ministério da Educação

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