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Grupo de trabalho discute ações para conter avanço do crime organizado em comunidades indígenas

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Brasília, 13/06/2025 – O Grupo de Trabalho Interministerial para Mitigação e Reparação dos Efeitos do Tráfico de Drogas, coordenado pela Secretaria Nacional de Política sobre Drogas e Gestão de Ativos (Senad), se reuniu na quarta-feira (11), no Palácio da Justiça, em Brasília (DF).

Foram discutidos a implementação de novos Centros de Acesso a Direitos e Inclusão Social (Cais) Povos Indígenas, o desenvolvimento alternativo como uma política de segurança pública preventiva no enfrentamento ao tráfico de drogas e a elaboração de um índice para medir a vulnerabilidade da população originária diante do crime organizado.

A secretária da Senad, Marta Machado, deu início às discussões e destacou a importância de criar e fortalecer locais públicos de acolhimento, diálogo e pesquisa sobre as realidades enfrentadas pelas populações da Amazônia. “Precisamos de espaços que promovam o pensamento crítico e a escuta ativa sobre os impactos que esses territórios vêm enfrentando”, ressaltou.

Marta também destacou os esforços da Senad no campo de pesquisa e monitoramento e anunciou a criação de um espaço específico para sediar pesquisas que vêm sendo desenvolvidas como foco nas dinâmicas do tráfico de drogas na Amazônia e seus impactos sobre as populações locais, especialmente as indígenas.

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A secretária explicou que esse novo espaço funcionará como um repositório de dados e estudos, contribuindo também para a formação de uma rede de pesquisadores que atuam na região. “Hoje, temos muitos estudos sendo produzidos de forma fragmentada, sem uma sistematização que nos diga claramente o que sabemos e o que ainda não sabemos sobre essas realidades”, pontuou.

Na ocasião, a coordenadora da Estratégia Povos Indígenas na Política sobre Drogas, Lara Montenegro, falou que o Cais Povos Indígenas tem como proposta fortalecer a resiliência das comunidades diante do uso abusivo de substâncias e da presença do tráfico em seus territórios.

Lara explicou que a definição dos locais para implementação dessas estruturas é feita com base em estudos sobre a vulnerabilidade das comunidades frente à presença do tráfico e ao uso problemático de substâncias. “O Cais é um serviço pensado com base territorial, que articula saúde, assistência, segurança e promoção de direitos para enfrentar os impactos do tráfico nas comunidades indígenas”, reforçou.

A coordenadora de Desenvolvimento Alternativo na política sobre drogas do MJSP, Nathalia Dutra, disse que há uma articulação para elaboração de um acordo de cooperação técnica interministerial para ampliar iniciativas de desenvolvimento sustentável nos territórios e a atuação integrada e qualificada dos territórios mais impactados pelo tráfico de drogas.

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“Em muitos desses encontros, a falta de alternativas econômicas aparece como fator central para o aliciamento de jovens pelo tráfico, o que reforça a urgência de políticas públicas integradas, que vão além da repressão”, exemplificou Natália.

Por fim, o Centro de Estudos sobre Drogas e Desenvolvimento Social Comunitário apresentou o índice que está sendo criado para a produção de diagnósticos complexos e intersetoriais, com potencial para originar indicadores que mensurem vulnerabilidade de povos indígenas frente ao crime organizado, especialmente em regiões como a Amazônia.

Grupo de trabalho

O Grupo de Trabalho para Mitigação e Reparação dos Efeitos do Tráfico de Drogas sobre as Populações Indígenas, coordenado pela Senad, reúne representantes dos ministérios dos Povos Indígenas; do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar; do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome; Direitos Humanos e da Cidadania; da Educação; da Igualdade Racial; do Meio Ambiente e Mudança do Clima; e da Saúde.

Fonte: Ministério da Justiça e Segurança Pública

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MME defende papel da Margem Equatorial para impulsionar desenvolvimento nas regiões Norte e Nordeste

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O Ministério de Minas e Energia (MME) participou nesta segunda-feira (14/07) do seminário “Gás e Petróleo na Margem Equatorial”, promovido pela Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo do Senado na Assembleia Legislativa do Maranhão. O evento destacou o potencial da Margem Equatorial para reforçar a soberania energética do Brasil e a importância da nova fronteira exploratória para repor as reservas do pré-sal.

Representando o ministro Alexandre Silveira, o secretário Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, Pietro Mendes, destacou que o Brasil não deve abrir mão de pesquisar seu potencial energético com responsabilidade. “É preciso questionar: por que as regiões Norte e Nordeste não podem ter os mesmos benefícios que o Sudeste teve com as descobertas das bacias de Campos e de Santos? Precisamos de uma transição energética justa, que leve desenvolvimento social, geração de empregos e oportunidades para todos os brasileiros. A sustentabilidade não é apenas uma questão ambiental, ela deve ter um aspecto social”, afirmou.

O Maranhão vem ganhando maior relevância no setor de petróleo e gás nos últimos anos. Em 2024, o estado arrecadou R$ 138 milhões em royalties – sendo R$ 45,2 milhões destinados ao estado, R$ 86,2 milhões aos municípios e cerca de R$ 7,4 milhões aos proprietários de terra. Projetos como a Unidade de Liquefação de Gás Natural e a Unidade de Regaseificação na Bacia do Parnaíba somam investimentos de aproximadamente R$ 725 milhões com incentivos do REIDI.

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O secretário reforçou ainda que o setor de exploração e produção de petróleo e gás no Brasil responde por apenas 1% das emissões nacionais de gases de efeito estufa, com projetos que priorizam a sustentabilidade e a baixa emissão de carbono. A perfuração de poços na Margem Equatorial, em especial no bloco FZA-M-59, é vista como estratégica para evitar que o Brasil volte a ser importador de petróleo a partir da próxima década.

Com investimentos estimados em US$ 56 bilhões e potencial arrecadatório de US$ 200 bilhões em receitas governamentais, a Margem Equatorial poderá consolidar uma nova fronteira energética para o país, com geração de centenas de milhares de empregos.

Assessoria Especial de Comunicação Social – MME
Telefone: (61) 2032-5759 | Email: [email protected]


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Fonte: Ministério de Minas e Energia

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