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Exportações de arroz do Brasil mantêm estabilidade no 3º trimestre, apesar da queda nas receitas

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O Brasil encerrou o terceiro trimestre de 2025 com estabilidade nas exportações de arroz, mesmo diante da desvalorização global do produto. Entre julho e setembro, o país exportou 464,2 mil toneladas de arroz em base casca, volume semelhante ao registrado no mesmo período do ano anterior, quando foram embarcadas 473,2 mil toneladas.

Os dados são da Associação Brasileira da Indústria do Arroz (Abiarroz), com base em informações do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).

Em contrapartida, a receita das exportações caiu 33,6%, somando US$ 126,2 milhões no trimestre. Segundo a Abiarroz, a retração é reflexo da queda acentuada nos preços internacionais, provocada pela atuação mais agressiva de grandes exportadores globais, como Índia, Tailândia e Vietnã.

“O trimestre foi marcado por uma baixa acentuada nos preços internacionais do arroz. Ainda assim, o setor conseguiu manter a estabilidade do volume embarcado na comparação com o ano anterior”, destacou Gustavo Trevisan, diretor de Assuntos Internacionais da Abiarroz.

Senegal, Venezuela e Peru lideram as compras do arroz brasileiro

Os principais destinos do arroz brasileiro, em termos de valor, foram Senegal, Venezuela e Peru.

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Do total exportado, 61,7% corresponde a arroz beneficiado, produto que passa por etapas industriais de limpeza, descascamento e polimento antes do envio ao mercado externo.

Importações recuam em volume e valor no trimestre

No mesmo período, o Brasil também reduziu suas importações de arroz. De julho a setembro, foram adquiridas 406,6 mil toneladas (base casca), com desembolso de US$ 112 milhões — uma queda de 8,6% no volume e de 46,8% no valor em relação ao terceiro trimestre de 2024.

A maior parte das compras externas (95,6%) foi de arroz beneficiado, principalmente oriundo de países do Mercosul.

Abiarroz intensifica ações para ampliar presença internacional

Para fortalecer a presença do arroz brasileiro no mercado global, a Abiarroz tem intensificado ações em parceria com a ApexBrasil, por meio do projeto de exportação Brazilian Rice. A iniciativa busca promover o produto nacional em feiras e eventos internacionais, além de abrir novos canais de comercialização.

Nos últimos meses, representantes do setor participaram de missões comerciais no México e na Nigéria, com o objetivo de expandir oportunidades de exportação e firmar parcerias estratégicas. Também foram realizadas visitas técnicas e rodadas de negócios com compradores mexicanos no Rio Grande do Sul, principal polo produtor do país.

“Buscamos, com essas missões, promover o arroz brasileiro e demonstrar nosso interesse em ampliar parcerias estratégicas entre os países”, afirmou o presidente da Abiarroz, Renato Franzner.

Presença confirmada em feiras internacionais em 2025

Recentemente, a Abiarroz marcou presença na Foodex Saudi Expo, realizada em Riade, capital da Arábia Saudita, com estande próprio do projeto Brazilian Rice.

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O próximo evento internacional será a U.S. Private Label Trade Show 2025, programada para novembro, nos Estados Unidos, onde o arroz brasileiro será novamente destaque.

Desde 2012, o projeto Brazilian Rice, desenvolvido pela Abiarroz em parceria com a ApexBrasil, atua na expansão dos mercados internacionais. Atualmente, a iniciativa apoia mais de 30 indústrias e cooperativas e já levou o arroz brasileiro a mais de 100 destinos, consolidando o Brasil entre os dez maiores exportadores mundiais do grão.

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

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Agro Brasil + Sustentável é destaque em painel sobre rastreabilidade na COP30

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O Programa Agro Brasil + Sustentável (AB+S) foi o principal destaque da participação do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) no painel “Can Brazil Deliver Traceable Commodities?”, realizado neste sábado (15) na Green Zone da COP30. Organizado pela Coalizão Brasil, o encontro discutiu como o país pode avançar na rastreabilidade e atender às exigências internacionais de transparência nas cadeias produtivas.

Durante sua fala, o secretário de Desenvolvimento Rural do Mapa, Marcelo Fiadeiro, destacou que é um dos instrumentos centrais da estratégia nacional para garantir conformidade socioambiental e ampliar a competitividade do agro brasileiro nos mercados globais.

“O Brasil não apenas pode entregar commodities rastreáveis. Ele já está construindo, de forma estruturada, as bases para fazê-lo de maneira robusta, transparente e acessível. E esse esforço é compartilhado. A plataforma Agro Brasil + Sustentável democratiza o acesso à informação, reduz custos, diminui a assimetria informacional e fortalece a gestão de risco em todos os elos da cadeia”, afirmou.

A plataforma reúne dados sobre critérios como sobreposição com áreas sensíveis, detecção de desmatamento, embargos do Ibama e inclusão na lista de trabalho análogo à escravidão. De caráter público e gratuito, o AB+S permite que produtores, indústrias e compradores avaliem rapidamente a conformidade de propriedades rurais, trazendo previsibilidade e segurança jurídica para atender regulamentações de mercados mais exigentes.

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No painel, foi destacado que a rastreabilidade depende de sistemas que conversem entre si e funcionem de forma simples para os usuários. O AB+S foi apresentado como uma solução que ajuda a integrar diferentes iniciativas já existentes e facilita o trabalho de produtores, empresas e governos na hora de cumprir as regras socioambientais.

A sessão integrou a Agenda de Ação da Presidência da COP30 ao mostrar que plataformas abertas de dados, como o AB+S, são essenciais para a transição agrícola e climática. As discussões reforçaram que o Brasil avança para se tornar referência global em cadeias agropecuárias sustentáveis, combinando transparência, inovação e governança territorial.

Informações à imprensa
[email protected]

Fonte: Ministério da Agricultura e Pecuária

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