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Mato Grosso une tecnologia e tradição para impulsionar produção de leite e valorizar o setor

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Produção leiteira cresce e se moderniza em Mato Grosso

A pecuária leiteira mato-grossense vive um momento de transformação. De acordo com dados do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (IMEA), o estado alcançou 432,4 milhões de litros de leite produzidos em 2024, consolidando a atividade como uma das mais importantes para a economia regional.

Para se manter competitivo em um cenário de preços pressionados, o setor vem adotando tecnologias inovadoras que aumentam a produtividade e a qualidade do produto, sem abrir mão da tradição e do manejo responsável no campo.

Exemplo de eficiência e sustentabilidade

Um dos exemplos desse avanço é o produtor Irineu de Paula Ferreira, da Fazenda Santa Laura, em Campo Verde. Há 14 anos, ele iniciou sua atividade com apenas uma vaca, que produzia 28 litros de leite por dia. Atualmente, sua propriedade abriga 140 vacas da raça Girolando, com uma produção diária de 3 mil litros de leite.

A fazenda adotou sistemas de confinamento modernos, energia solar, ordenhadeiras automáticas com teteiras de silicone — que reduzem o estresse e evitam ferimentos nas vacas — e uma fábrica de ração automatizada, garantindo nutrição equilibrada. Além disso, utiliza inseminação artificial e transferência de embriões, acelerando o ganho genético do rebanho.

“O maior benefício é o bem-estar animal e a qualidade de vida da equipe. Antes, o manejo era mais trabalhoso e os resultados incertos. Hoje, as vacas têm conforto, produzem mais e com melhor qualidade”, destaca Irineu.

Apoio técnico e incentivo da MT Leite

A expansão da atividade leiteira no estado conta com o apoio da Associação dos Produtores de Leite de Mato Grosso (MT Leite), que promove palestras e capacitações em diferentes regiões. Entre os temas abordados estão “Conseleite-MT na prática” e “Os desafios da sucessão familiar na produção leiteira”, sempre com foco na inovação e no uso de tecnologia no campo.

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Segundo o produtor Irineu, a MT Leite foi decisiva para o crescimento da sua fazenda. “Com o apoio da associação, implementei novas tecnologias, aumentei a produção e aprimorei a gestão da propriedade”, afirmou.

Parcerias fortalecem o setor leiteiro

A MT Leite reforça a importância da assistência técnica promovida por entidades como o Senar-MT e a Empaer-MT, que oferecem suporte contínuo aos produtores. O Sebrae também desempenha papel essencial, especialmente no apoio a produtores de queijos, com orientação técnica, eventos e participação em premiações nacionais e internacionais.

“Com a abertura do mercado e a entrada de leite importado do Mercosul, precisamos ser mais eficientes e reduzir custos com tecnologia. Quem não se adaptar, infelizmente, ficará fora da atividade”, alerta Antônio Carlos Carvalho de Souza, presidente da MT Leite.

Leite A2-A2: inovação e valor agregado

Entre as estratégias de diferenciação, a MT Leite vem incentivando a produção de leite A2-A2, que contém apenas a proteína caseína A2, sendo indicado para consumidores sensíveis à beta-caseína A1.

“Mato Grosso já produz leite A2-A2, que agrega valor e abre novas oportunidades de mercado”, ressalta Antônio Carlos. Ele também reforça a importância de campanhas educativas sobre os benefícios do leite, destacando seu papel essencial para a saúde óssea e a longevidade, especialmente entre mulheres e jovens.

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Campanha valoriza o leite mato-grossense

Com o slogan “Do campo à sua mesa, a qualidade do nosso leite”, a MT Leite lançou uma campanha de valorização do setor lácteo. A iniciativa busca aproximar o consumidor da origem dos produtos, incentivar o consumo consciente e reforçar o orgulho de quem produz com responsabilidade e sustentabilidade.

“O futuro é de crescimento e valorização. Queremos que a sociedade reconheça o valor do leite que consome e se conecte com o campo. Essa é a nossa maior riqueza”, conclui o presidente da associação.

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

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AGRONEGÓCIO

Chuvas aumentam risco de mastite ambiental e exigem manejo rigoroso nas fazendas leiteiras

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O início do período chuvoso traz alívio para as pastagens, mas também acende um sinal de alerta para os produtores de leite. A elevação da umidade e o acúmulo de matéria orgânica nos locais de convivência dos animais criam condições ideais para o avanço da mastite ambiental, uma das principais causas de redução na produtividade e de perdas econômicas nas fazendas brasileiras.

Mastite ambiental causa grandes prejuízos à pecuária leiteira

De acordo com João Paulo Lollato, médico-veterinário e gerente de Produtos & Trade da Biogénesis Bagó, a doença impacta diretamente o volume e a qualidade do leite produzido, gerando prejuízos expressivos para o produtor.

Um estudo da Universidade Estadual do Norte do Paraná (UENP), publicado em 2022, estima que as perdas associadas à mastite cheguem a 1,75 bilhão de litros de leite por ano no Brasil.

A infecção é causada por bactérias oportunistas presentes no ambiente, especialmente em camas úmidas e mal higienizadas. Entre os principais agentes estão Escherichia coli, Klebsiella e outras bactérias gram-negativas que se multiplicam rapidamente em períodos de alta umidade.

“Durante a estação chuvosa, a carga bacteriana no ambiente aumenta muito, elevando o risco de infecção. O controle da mastite passa por uma combinação de boas práticas de manejo, higiene e imunização preventiva”, explica Lollato.

Manejo e higiene: pilares no controle da mastite

O primeiro passo para reduzir os casos de mastite ambiental está no manejo diário do rebanho. Manter camas limpas e secas, realizar higienização adequada dos tetos e dos equipamentos de ordenha, e alimentar as vacas logo após a ordenha — evitando que se deitem com o esfíncter do teto aberto — são medidas essenciais para diminuir o risco de contaminação.

“O produtor precisa compreender que o manejo sanitário é uma ferramenta de produtividade, não um custo. Investir em prevenção é mais eficiente e sustentável do que lidar com perdas recorrentes”, reforça o veterinário.

Vacinação e suplementação fortalecem a imunidade do rebanho

Além da higiene, a imunização preventiva tem papel central na proteção contra a mastite ambiental. A vacinação com o antígeno E. coli J5, presente em produtos como a Rotatec® J5, apresenta eficácia comprovada, reduzindo em até 45% os casos da doença e proporcionando aumento médio de 7% na produção de leite em rebanhos vacinados.

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O especialista também destaca a importância da suplementação nutricional, especialmente com vitaminas e minerais que fortalecem a imunidade natural das vacas. O uso do Adaptador Full é recomendado em períodos de estresse térmico, mudanças bruscas de clima e pré-parto, fases críticas para o sistema imunológico dos animais e que coincidem com o protocolo vacinal contra as mastites.

Atenção redobrada no período chuvoso

A mastite ambiental é mais frequente no início da lactação e em rebanhos com falhas de higiene e manejo. Quando o controle é negligenciado, pode se tornar um problema crônico, comprometendo a longevidade e a produtividade das vacas.

“O período chuvoso exige vigilância constante. Manter a mastite sob controle é sinônimo de leite de qualidade e rebanhos mais produtivos”, conclui Lollato.

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

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