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Mesmo com ampliação de isenções, exportações brasileiras aos EUA seguem com 73,8% sujeitas a tarifas adicionais

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A Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgou nesta sexta-feira (26) uma nota técnica apontando que 73,8% das exportações brasileiras para os Estados Unidos continuam sujeitas a tarifas adicionais, mesmo após a recente atualização da lista de isenções da Ordem Executiva 14.257 do governo americano. Ao todo, 6.033 produtos de diversos setores permanecem sobretaxados.

Antes da revisão da lista, as tarifas incidiam sobre 77,8% das exportações brasileiras, abrangendo 6.037 produtos.

Presidente da CNI reforça urgência de negociação bilateral

Ricardo Alban, presidente da CNI, afirmou que o cenário atual evidencia a necessidade de avanço nas negociações comerciais com os EUA.

“Ainda temos uma parcela altíssima da pauta afetada. O cenário reforça a urgência de avançarmos na negociação. Vemos com entusiasmo a sinalização de uma reunião entre Lula e Trump na próxima semana e esperamos que seja o início de uma negociação oficial para reverter esse cenário. A situação que temos hoje não beneficia ninguém”, destacou Alban.

Produtos isentos e manutenção de tarifas

A atualização da lista incluiu 39 produtos agora isentos das tarifas recíprocas, como minerais críticos, químicos industriais e metais preciosos e de base. Ao mesmo tempo, códigos referentes a produtos de cobre, além de resinas e silicones, foram excluídos da lista de isenções.

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13 desses produtos foram exportados pelo Brasil em 2024, somando aproximadamente US$ 1,7 bilhão, equivalente a 4,1% do total exportado para os EUA.

Dentre eles, três produtos passam a ser totalmente isentos: dois tipos de pastas químicas de madeira conífera e não conífera, e ferroníquel, representando 4% do total exportado aos EUA.

Outros dez produtos, antes sujeitos à tarifa de 50%, permanecem com tarifa adicional de 40%, segundo a Ordem Executiva 14.323. Entre eles estão artigos de metais preciosos, níquel, ímãs permanentes, artigos de ouro e grafite natural, representando 0,1% do total exportado.

84 produtos são retirados da lista de isenção

A última ordem executiva americana retirou 84 produtos da lista de isenções estabelecida em abril, sendo que:

  • 76 produtos são de cobre, já abrangidos pela Seção 232;
  • 8 produtos, incluindo insumos químicos e plásticos industriais, somaram US$ 143,8 milhões em exportações brasileiras aos EUA em 2024 e agora passam a estar sujeitos à tarifa adicional de 50% (10% de tarifa recíproca + 40% específica do Brasil).
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Cenário reforça importância de acordos comerciais

A CNI reforça que, mesmo com avanços pontuais, a maior parte das exportações brasileiras permanece sob pressão tarifária, evidenciando a necessidade de negociações bilaterais para ampliar a competitividade dos produtos nacionais no mercado norte-americano.

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Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

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Agro Brasil + Sustentável é destaque em painel sobre rastreabilidade na COP30

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O Programa Agro Brasil + Sustentável (AB+S) foi o principal destaque da participação do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) no painel “Can Brazil Deliver Traceable Commodities?”, realizado neste sábado (15) na Green Zone da COP30. Organizado pela Coalizão Brasil, o encontro discutiu como o país pode avançar na rastreabilidade e atender às exigências internacionais de transparência nas cadeias produtivas.

Durante sua fala, o secretário de Desenvolvimento Rural do Mapa, Marcelo Fiadeiro, destacou que é um dos instrumentos centrais da estratégia nacional para garantir conformidade socioambiental e ampliar a competitividade do agro brasileiro nos mercados globais.

“O Brasil não apenas pode entregar commodities rastreáveis. Ele já está construindo, de forma estruturada, as bases para fazê-lo de maneira robusta, transparente e acessível. E esse esforço é compartilhado. A plataforma Agro Brasil + Sustentável democratiza o acesso à informação, reduz custos, diminui a assimetria informacional e fortalece a gestão de risco em todos os elos da cadeia”, afirmou.

A plataforma reúne dados sobre critérios como sobreposição com áreas sensíveis, detecção de desmatamento, embargos do Ibama e inclusão na lista de trabalho análogo à escravidão. De caráter público e gratuito, o AB+S permite que produtores, indústrias e compradores avaliem rapidamente a conformidade de propriedades rurais, trazendo previsibilidade e segurança jurídica para atender regulamentações de mercados mais exigentes.

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No painel, foi destacado que a rastreabilidade depende de sistemas que conversem entre si e funcionem de forma simples para os usuários. O AB+S foi apresentado como uma solução que ajuda a integrar diferentes iniciativas já existentes e facilita o trabalho de produtores, empresas e governos na hora de cumprir as regras socioambientais.

A sessão integrou a Agenda de Ação da Presidência da COP30 ao mostrar que plataformas abertas de dados, como o AB+S, são essenciais para a transição agrícola e climática. As discussões reforçaram que o Brasil avança para se tornar referência global em cadeias agropecuárias sustentáveis, combinando transparência, inovação e governança territorial.

Informações à imprensa
[email protected]

Fonte: Ministério da Agricultura e Pecuária

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