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Mercado Modelo encerra participação na Super Mix com a doação de mais de uma tonelada de alimentos a instituições sociais

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Encerrando a 19ª edição da Super Mix com propósito e responsabilidade social, o Mercado Modelo destinou mais de uma tonelada de alimentos e bebidas não alcoólicas para instituições de caridade que atuam no Recife e Região Metropolitana. Os produtos, expostos durante os três dias da feira, foram recolhidos ao final do evento e entregues a entidades que realizam ações contínuas de assistência e acolhimento. Por meio da plataforma nacional de voluntariado Transforma Brasil, braço de atuação da Rede Muda Mundo, três instituições foram beneficiadas: Anjos da Noite, Fraternidade O Caminho (Polo de San Martin) e Anjos do Pilar (Comunidade Madre de Deus).

Para a coordenadora do Mercado Modelo, Mônica Leão, encerrar o projeto com doação já faz parte da identidade do espaço. “Aqui, tudo é pensado para inspirar o varejista, mas também para gerar impacto positivo. Cada parceiro que está no Mercado Modelo contribui não apenas para o negócio, mas para quem está do outro lado, nas ruas, nas comunidades. Isso dá sentido ao nosso trabalho”, afirma.

Representando a Rede Muda Mundo, a co-ceo Luara Návila Alencastro ressaltou a força da ação coletiva que viabiliza a doação. “Estamos aqui, ao lado de diversos projetos sociais, recebendo os alimentos doados no Mercado Modelo após as feiras HFN e Super Mix. Iniciativas como essa são essenciais para seguirmos transformando vidas, fortalecendo territórios e garantindo alimento para quem mais precisa. Agradeço a todos os parceiros e fornecedores que acreditam e abraçam essa causa. Sem essa união, nada disso seria possível”, ressaltou.

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Entre as entidades contempladas, os Anjos da Noite realizam diariamente a distribuição de refeições a pessoas em situação de rua. A voluntária e líder do grupo, Conceição Rodrigues, destacou a importância da parceria contínua. “Já estamos no quarto ano dessa união. Os Anjos da Noite acontecem todos os dias, mas não são os anjos que fazem, somos todos nós que fazemos juntos. O que acontece aqui no Mercado Modelo é simplesmente maravilhoso. A gente consegue beneficiar tantas pessoas que estão na rua sem ter nada e um detalhe importante, com a mesma qualidade que os produtos têm aqui na feira, essa mesma qualidade vai para o prato de cada pessoa que será servida. Isso é dignidade. Então, a minha eterna gratidão. É sobre alimentar vidas. O mercado estava lindo, e agora esse cuidado segue para quem mais precisa”, afirma.

Representando o projeto Anjos do Pilar – Comunidade Madre de Deus, Ademir Júnior reforçou a importância da doação para o trabalho realizado diariamente pela iniciativa. “Essa doação vai chegar à mesa de muita gente que está precisando. Ao final da feira, vocês disponibilizaram os produtos para as entidades, e eu garanto que tudo o que está saindo daqui em forma de mercadoria volta em forma de bênçãos e graças para a nossa comunidade. É um gesto que faz diferença real na vida das pessoas”, agradece.

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Representando a Fraternidade O Caminho – Polo de San Martin, o voluntário Matheus Nasi ressaltou o impacto direto das doações na vida das famílias assistidas pelas irmãs que fizeram voto de pobreza e vivem da providência. “Tudo o que recebemos aqui vai para o convento e também para as famílias da comunidade que vivem ao nosso redor e que estão em situação de vulnerabilidade. Este já é o quinto ano dessa parceria, que faz uma diferença enorme no dia a dia de quem mais precisa. Agradeço de coração. Isso ajuda e alimenta muitas famílias que estão em estado de risco”, conclui.

Todas as instituições atuam em redes de apoio comunitário, doações de alimentos, acolhimento social e articulação de voluntariado, garantindo que o impacto seja ampliado para diferentes territórios.

A 19ª edição da Super Mix, realizada pela Associação Pernambucana de Atacadistas e Distribuidores (ASPA) com co-realização da Associação Pernambucana de Supermercados (APES), organização e promoção da Insight Feiras & Negócios, reforça, mais uma vez, que inovação e responsabilidade social caminham juntas na construção de um setor varejista mais humano e conectado ao território.

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No mês da Consciência Negra, história dos Olympio ganha novo capítulo

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No dia 17 de novembro, Carlos Fonseca promove uma reunião inédita entre descendentes brasileiros e africanos de Francisco Olympio, um dos “retornados” narrados pelo autor na obra finalista do Prêmio Jabuti Acadêmico

 

Em pleno mês da Consciência Negra, uma história que atravessa o Atlântico e mais de um século ganha um novo capítulo no Rio de Janeiro. No dia 17 de novembro, o jornalista, diplomata e escritor Carlos Fonseca organiza, no auditório da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), uma videoconferência que deve reunir, pela primeira vez, dois ramos da mesma família separados pela escravidão e pelo retorno à África: os descendentes de Francisco Olympio da Silva.

Finalista do Prêmio Jabuti Acadêmico em 2025, o livro “Os retornados”, de Carlos Fonseca, recupera a saga de milhares de escravizados libertos que, ao longo do século XIX, deixaram o Brasil e formaram comunidades brasileiras no litoral africano. Entre eles está Francisco Olympio da Silva, nascido na Bahia, que por volta de 1850 embarcou para a África em navio da família Cerqueira Lima, conhecida pelo tráfico de escravizados.

Segundo a tradição oral, Francisco teria se dedicado inicialmente ao próprio comércio de escravizados até meados da década de 1860. Pressionado pela presença da marinha inglesa, abandona o tráfico e passa ao comércio de bens e à agricultura. Nesse momento, rompe simbolicamente com o passado: deixa o sobrenome Silva, associado ao tráfico negreiro, e passa a usar apenas Olympio.

Sua trajetória se desdobra em dezenas de netos – entre eles, Sylvanus Epiphânio Olympio, que décadas depois se torna o primeiro presidente do Togo e figura central na independência do país. Em janeiro de 1963, Sylvanus é assassinado em um golpe de Estado, levando parte da família ao exílio em países vizinhos, como Gana e o Benim. Em 1962, ele chegou a ser fotografado ao lado do presidente francês Charles de Gaulle, símbolo do protagonismo político alcançado por aquela família de origem brasileira.

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A história dos Olympio é uma entre tantas dos chamados “retornados”: libertos que decidiram deixar o Brasil em busca de suas origens, de melhores oportunidades ou fugindo da perseguição em um país que apenas começava a emancipar seus cativos. Ao se instalarem em áreas costeiras, criaram comunidades que hoje se espalham por Gana, Nigéria, Benim e Togo, onde traços culturais brasileiros seguem vivos na arquitetura, na culinária e em festejos como o carnaval e a dança da burrinha, embalados por cantigas em português.

Apesar do vínculo afetivo com o Brasil, a maioria desses retornados perdeu o contato com parentes que ficaram deste lado do Atlântico. Até recentemente, só se conheciam três famílias com ramos conectados entre Brasil e África: Da Rocha, Alakija e Bamboxê Martins, com presença sobretudo na Nigéria e na Bahia. A pesquisa de Carlos Fonseca em “Os retornados” revelou um quarto caso: os Olympio do Togo teriam descendentes vivendo hoje no Rio de Janeiro.

A tradição oral do ramo brasileiro – que já não carrega o sobrenome Olympio – conta que Francisco teria deixado parentes na Bahia, que mais tarde migraram para a então capital do Império. Gerações depois, esses descendentes seguem interessados em reconstruir sua história e vêm tentando, sem sucesso, estabelecer contato com os parentes africanos.

Esse encontro inédito deve, enfim, acontecer no dia 17 de novembro. A videoconferência, organizada por Carlos Fonseca com a colaboração de membros dos dois ramos, reunirá do lado brasileiro parentes no auditório da ABI, no Rio de Janeiro, para acompanhar em tempo real o diálogo com os descendentes africanos de Francisco Olympio.

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Em um mês dedicado à reflexão sobre racismo, memória e identidade negra, o encontro entre os dois lados da família Olympio vai além da emoção do reencontro. Ele concretiza, na tela de uma videoconferência, o que “Os retornados” revela em suas páginas: a história ainda pouco conhecida de brasileiros que voltaram à África, deixaram marcas profundas em sociedades de lá e mantêm laços invisíveis com o Brasil – laços que agora começam a ser reatados, nomeados e celebrados.

Sobre o livro

Em “Os retornados”, Fonseca combina rigor documental e narrativa envolvente para resgatar memórias muitas vezes silenciadas, oferecendo uma nova perspectiva sobre a diáspora brasileira e seus desdobramentos históricos. “Ao reconstituir a história dos retornados brasileiros na África, Carlos Fonseca produziu uma obra de beleza e fôlego ímpares. É ao mesmo tempo um documentário, um registro histórico e uma belíssima e competente reportagem, resultado de mais de vinte anos de viagens, entrevistas, pesquisas e convivência próxima com a maioria dos personagens que povoam este livro (…) Essa fascinante e surpreendente história preenche as páginas desta obra escrita com maestria, que prende, seduz e encanta os leitores da primeira à última linha” – Laurentino Gomes, autor do best-seller 1808.

Sobre o autor

Carlos Fonseca é diplomata e escritor. Com uma carreira marcada pelo interesse em relações internacionais, memória e diáspora africana, desenvolveu um extenso trabalho de pesquisa para escrever Os Retornados. A obra marca um importante passo em sua trajetória como autor e é fruto de anos de investigação histórica e entrevistas em países africanos de língua francesa e inglesa.

Serviço: “Os Retornados”, de Carlos Fonseca

Editora: Record, disponível nas principais livrarias físicas e plataformas digitais

Gênero: História/Narrativa jornalística

Temas: Diáspora africana, pós-escravidão, identidade, cultura afro-brasileira, Brasil-África

Amazon: www.amazon.com.br/Os-retornados-Carlos-Fonseca-ebook/dp/B0D4SB1D34/

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