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Estimativa nacional de soja sobe levemente com expansão em Goiás

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De acordo com a empresa, a leve alta reflete o otimismo dos produtores goianos diante das boas perspectivas de mercado e da rentabilidade esperada para a oleaginosa. Apesar disso, o cenário climático segue sendo o principal fator de atenção para o desenvolvimento das lavouras.

Chuvas irregulares afetam o plantio e trazem risco de replantio

As chuvas irregulares registradas nas últimas semanas têm causado atrasos na semeadura da soja em várias regiões produtoras do país, forçando inclusive replantios em áreas onde o déficit hídrico prejudicou a germinação.

Meteorologistas, no entanto, apontam que os próximos meses devem ser mais chuvosos, com precipitações regulares, o que tende a favorecer o desenvolvimento das lavouras e manter o país no caminho para uma safra recorde.

Milho verão mantém estimativa estável e depende do clima

Para o milho verão, a StoneX manteve a projeção de 25,6 milhões de toneladas, sem alterações em relação ao relatório de outubro. O volume estimado permanece ligeiramente acima do registrado no ciclo anterior.

Assim como ocorre com a soja, o clima segue como variável determinante para o desempenho do cereal, que tem produção concentrada nos estados de Minas Gerais e Rio Grande do Sul.

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A consultoria destaca que as condições climáticas durante o verão serão decisivas para a definição dos resultados, uma vez que boa parte da produção ocorre sob regime de chuvas.

Exportações de soja e consumo interno de milho ganham destaque

No campo da oferta e demanda, as atenções se voltam para as exportações de soja, após os avanços nas negociações comerciais entre China e Estados Unidos. Esse movimento pode redefinir a dinâmica global do mercado da oleaginosa e influenciar o ritmo das vendas brasileiras.

Já para o milho, a StoneX prevê aquecimento no consumo interno, impulsionado principalmente pela expansão da produção de etanol de milho, segmento que continua em crescimento no Centro-Oeste.

Safrinha de milho 2025/26 deve ter menor produtividade, alerta StoneX

A primeira estimativa da safrinha de milho 2025/26 aponta para uma produção de 107 milhões de toneladas, o que representa queda de 4,1% em relação à temporada anterior.

Embora a área plantada deva aumentar 1,3%, favorecida pela boa rentabilidade observada na safra 2024/25, a produtividade ainda é incerta. O cultivo após a soja costuma enfrentar riscos climáticos, como falta de chuvas e atrasos no plantio, o que pode comprometer o rendimento.

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A StoneX ressalta que ainda é cedo para definições sobre área e produtividade, uma vez que o plantio da segunda safra só deve ocorrer no início de 2025.

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

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STF confirma validade da lei mato-grossense que veta incentivos a empresas signatárias

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O Supremo Tribunal Federal (STF) formou nesta segunda-feira (03.11) maioria de votos para manter em vigor a Lei 12.709/2024, aprovada em Mato Grosso, que impede o governo estadual de conceder benefícios fiscais e terras públicas a empresas signatárias da Moratória da Soja. Com essa decisão, os efeitos da norma voltarão a valer a partir de janeiro de 2026.

O julgamento ocorre no plenário virtual da Corte e já conta com sete votos favoráveis e dois contrários. O relator, ministro Flávio Dino, foi acompanhado pelos ministros Alexandre de Moraes, Gilmar Mendes, Cármen Lúcia, Cristiano Zanin, Edson Fachin e Nunes Marques (estes dois com ressalvas). Ainda faltam votar André Mendonça e Luiz Fux.

O relator do processo, ministro Flávio Dino, defendeu que a lei é válida porque respeita a autonomia dos estados para definir suas políticas de estímulo econômico. Segundo ele, acordos privados, mesmo aqueles voltados à sustentabilidade, não obrigam o poder público a segui-los. Dino foi acompanhado pelos ministros Alexandre de Moraes, Gilmar Mendes, Cármen Lúcia, Cristiano Zanin, Edson Fachin e Nunes Marques — os dois últimos com ressalvas. André Mendonça e Luiz Fux são os únicos que ainda não apresentaram voto.

O QUE MUDOU – A mesma lei chegou a ser suspensa em dezembro de 2024 pelo próprio ministro Dino, depois de questionamentos feitos por partidos políticos. Os autores da ação argumentavam que a medida criava barreiras injustas e prejudicava empresas que aderiram à Moratória da Soja, um compromisso voluntário de não comprar soja de áreas desmatadas da Amazônia.

Meses depois, em abril de 2025, o magistrado reviu parte da sua posição. Após receber manifestações do governo estadual, da Assembleia Legislativa e de entidades do agronegócio, ele entendeu que a norma não interfere em questões ambientais, mas apenas define critérios para a concessão de benefícios públicos. Assim, o Supremo passou a discutir o mérito da lei, e agora a tendência é consolidar sua validade.

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IMPACTO PARA O PRODUTOR – Com a manutenção da lei, o governo de Mato Grosso poderá oferecer incentivos apenas a companhias que não sejam signatárias de acordos restritivos como a Moratória da Soja. Isso significa, na prática, mais liberdade para produtores venderem sua produção sem depender de políticas privadas que não têm força de lei.

Entidades de produtores comemoraram a posição do STF, afirmando que o acordo da Moratória prejudica cerca de 4 mil agricultores em Mato Grosso. Segundo estimativas da Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja), cerca de 1,8 milhão de hectares deixam de ser utilizados no estado por causa das restrições, o que representaria até R$ 60 bilhões em perdas potenciais de receita.

Já organizações ambientais e parte da indústria exportadora consideram a decisão um retrocesso, por entenderem que a Moratória foi essencial para conter o desmatamento ilegal e proteger a imagem da soja brasileira no mercado internacional.

Apesar das divergências, o resultado reforça um ponto importante: os estados continuam tendo poder para definir suas regras de estímulo econômico, mesmo em temas sensíveis ligados à sustentabilidade e ao comércio internacional.

Isan Rezende

UMA VITÓRIA – “O restabelecimento dessa lei é mais que uma vitória jurídica, é um marco para a autonomia dos estados na condução das suas políticas de incentivo ao setor produtivo. Em Mato Grosso, isso significa que o produtor rural ganha mais liberdade e segurança para comercializar sua soja sem depender de regras impostas por interesses de fora, muitas vezes desconectados da realidade local”, avalia Isan Rezende, presidente do Instituto do Agronegócio (IA) e da Federação de Engenheiros Agrônomos de Mato Grosso (Feagro-MT).

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Para Rezende, a norma protege milhares de famílias que vivem do campo e ajuda a evitar restrições que, segundo ele, injustamente penalizavam o trabalho rural. “Cerca de 4,2 mil produtores estavam impedidos de acessar benefícios, mesmo cumprindo suas obrigações ambientais e legais. Agora, com a lei em vigor, Mato Grosso pode ampliar seu potencial produtivo e garantir renda em regiões que antes estavam travadas por acordos privados, sem amparo na legislação nacional”.

O presidente do IA também destaca o impacto econômico positivo. “A proibição dos incentivos a empresas que aderem à Moratória da Soja pode destravar mais de 1,8 milhão de hectares para produção, estimulando investimentos e geração de empregos. Estimamos que só em receitas o estado pode recuperar até 60 bilhões de reais, valorizando a cadeia produtiva e dando mais competitividade aos produtores que cumprem todas as regras brasileiras”, completa.

Fonte: Pensar Agro

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