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BNDES aprova R$ 1,6 bilhão em tempo recorde para empresas ampliarem exportações e buscarem novos mercados

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BNDES acelera liberações e apoia empresas afetadas por tarifas dos EUA

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou, em tempo recorde, R$ 1,6 bilhão em crédito para empresas brasileiras ampliarem sua presença internacional e reduzirem os impactos do tarifaço imposto pelos Estados Unidos.

Os financiamentos fazem parte do Plano Brasil Soberano, e tiveram um tempo médio de análise e aprovação de apenas 18 dias, bem abaixo dos 60 dias tradicionais da instituição.

Segundo o banco, a agilidade faz parte do esforço para garantir competitividade às exportações nacionais e fortalecer a presença do Brasil em novos mercados globais.

Café, açúcar e equipamentos elétricos lideram aprovações

Ao todo, foram 47 operações aprovadas na linha Giro Diversificação, destinada a apoiar empresas na busca de novos destinos comerciais.

Entre os destaques estão:

  • Setor de café: R$ 108,9 milhões;
  • Açúcar: R$ 220 milhões;
  • Equipamentos elétricos: R$ 191,1 milhões;
  • Outros alimentos: R$ 249,7 milhões;
  • Utensílios domésticos e industriais: R$ 79,5 milhões.
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Os financiamentos buscam impulsionar as exportações brasileiras em meio a um cenário de maior competição internacional, contribuindo para a diversificação da pauta exportadora e o fortalecimento da indústria nacional.

Novos destinos e expansão global das exportações brasileiras

Os recursos aprovados vão beneficiar empresas que pretendem expandir suas operações para novos mercados, incluindo Suíça, Reino Unido, Canadá, França, Argentina, Bolívia, Equador, Chile, Paraguai, República Dominicana e Uruguai.

Essa diversificação de destinos representa um passo estratégico para reduzir a dependência de mercados tradicionais e ampliar as oportunidades comerciais do Brasil.

Mais R$ 2 bilhões em análise no BNDES

De acordo com o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, o desempenho reflete o comprometimento dos técnicos do banco em atender às diretrizes do governo federal e garantir apoio rápido às empresas brasileiras.

“A agilidade na aprovação de projetos para que as empresas busquem novos mercados é resultado do empenho dos empregados do BNDES em atender ao chamado do presidente Lula de não deixar nenhuma empresa para trás. E o trabalho não para. Outras 66 operações, na mesma linha, estão em análise no Banco, somando mais R$ 2 bilhões em projetos”, afirmou Mercadante.

As novas propostas seguem em avaliação e devem ampliar o alcance do programa nos próximos meses, reforçando o papel do BNDES como agente de fomento ao comércio exterior e à reindustrialização nacional.

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Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

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Expansão do etanol de milho pressiona preços do açúcar e desafia usinas de cana no Brasil

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A rápida expansão da produção de etanol de milho no Brasil está provocando mudanças profundas no setor sucroenergético e contribuindo para uma queda nos preços globais do açúcar. O movimento tem desviado parte das usinas de cana-de-açúcar do mercado de biocombustíveis, levando-as a direcionar uma quantidade recorde da safra para a fabricação de açúcar, o que aumentou a oferta e derrubou os preços da commodity ao menor nível em quatro anos.

Etanol de milho ganha espaço e muda o equilíbrio do setor

A competitividade crescente do etanol derivado do milho está redefinindo o papel das usinas canavieiras. Tradicionalmente, empresas como Raízen e São Martinho alternavam sua produção entre açúcar e etanol, conforme as oscilações de preço. Agora, com o biocombustível de milho ganhando força, muitas delas tendem a manter o foco na produção de açúcar, mesmo diante de margens reduzidas.

“O problema do mercado hoje é que temos outro elemento que é o etanol de milho”, afirmou Jeremy Austin, diretor-geral da trading Sucres et Denrées, durante a Sugar Week, em São Paulo. Segundo ele, as perspectivas de preços seguem desafiadoras para os produtores.

Preços do açúcar recuam e projeções indicam novas quedas

Os contratos futuros do açúcar acumulam queda superior a 20% em 2025, o que coloca a commodity no caminho da maior perda anual desde 2018. O recuo reflete a previsão de aumento da oferta global, que deve superar o consumo em 2,8 milhões de toneladas no novo ano comercial, de acordo com a consultoria StoneX.

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Além disso, os preços futuros apontam para valores ainda menores em 2026, reforçando a pressão sobre o setor.

Usinas devem produzir volume recorde de açúcar

De acordo com a Datagro, as usinas da principal região produtora do Brasil estão prestes a alcançar uma produção recorde de 43 milhões de toneladas de açúcar na próxima safra — um aumento de 4,6% em relação ao ciclo anterior.

Esse movimento ocorre em um contexto em que o etanol de milho ganha participação expressiva, tornando-se mais barato de produzir do que o derivado da cana. Ainda que o etanol de cana continue predominante, a StoneX projeta que o milho responderá por 32% da produção nacional de etanol na safra que começa em abril, ante 23% na atual.

Oferta recorde pode pressionar preços e reforçar aposta no açúcar

A expectativa de uma oferta recorde de etanol na próxima temporada tende a pressionar os preços do combustível, tornando o açúcar uma alternativa mais rentável para as usinas de cana, especialmente no estado de São Paulo, maior produtor do país.

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Segundo Camila Lima, analista da StoneX, a tendência é que o avanço do etanol de milho mantenha as usinas de cana concentradas na produção açucareira, mesmo diante da desvalorização da commodity.

Ações das usinas recuam e refletem cenário desafiador

O impacto do novo cenário já se reflete nas bolsas. As ações da Raízen, maior processadora de cana do Brasil, despencaram 56% em 2025, enquanto empresas menores, como Jalles Machado e São Martinho, registraram perdas de 42% e 36%, respectivamente.

Nos últimos anos, essas companhias ampliaram a capacidade de produção de açúcar como estratégia para enfrentar a crescente competição do etanol de milho e aproveitar a valorização da commodity entre 2022 e 2023.

Setor busca adaptação diante de nova realidade

Para o economista Bruno Wanderley de Freitas, da Datagro, o cenário é claro: os usineiros brasileiros não terão outra escolha senão produzir mais açúcar. Ele destaca que o avanço do etanol de milho está transformando de forma estrutural a indústria canavieira, que precisará se reinventar para preservar sua competitividade nos próximos anos.

Fonte: Portal do Agronegócio

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