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Demanda por combustíveis do Ciclo Otto deve atingir recorde em 2025, aponta StoneX

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A StoneX, consultoria global de serviços financeiros, projeta que a demanda por combustíveis do Ciclo Otto atinja 60,8 milhões de metros cúbicos em 2025, estabelecendo um novo recorde histórico. O cenário reflete expectativas de crescimento na venda de gasolina C e retração no consumo de etanol hidratado.

Segundo o relatório, as vendas de gasolina C devem subir 4,4%, revisando para baixo a estimativa anterior de 5%. Já o etanol hidratado deve registrar queda de 4,8% em relação a 2024, especialmente no quarto trimestre.

“O consumo de gasolina C deve se manter forte até o fim do ano, impulsionado pela competitividade em relação ao etanol hidratado”, afirma Isabela Garcia, analista de Inteligência de Mercado da StoneX.

“Por outro lado, o etanol deve se retrair no curto prazo, mas há espaço para recuperação em 2026, com melhoria nas condições de preço e renda”, complementa Marcelo Di Bonifácio, analista da mesma área.

Expectativa para 2026: crescimento moderado, mas ainda positivo

Para o próximo ano, a StoneX projeta demanda total de 61,7 milhões de m³, o que representaria mais um recorde histórico. No entanto, o ritmo de expansão deve ser mais moderado, limitado por fatores como o arrefecimento do mercado de trabalho e a queda nos índices de confiança do consumidor.

“O crescimento em 2026 dependerá de políticas que aumentem a renda real das famílias e melhorem o mercado de crédito e emprego”, avalia Garcia.

Nesse contexto, o etanol hidratado deve começar a se recuperar, enquanto as vendas de gasolina C devem se estabilizar, aproximando-se dos níveis observados em 2024.

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Gasolina C deve registrar recorde em 2025

A StoneX projeta que as vendas de gasolina C alcancem 46,33 milhões de m³ em 2025, alta de 4,4% em relação a 2024. O desempenho é sustentado pela paridade favorável nas bombas, que reforçou a preferência dos consumidores pelo derivado fóssil em detrimento do etanol, além do aumento do consumo de combustíveis leves. O ritmo deve permanecer positivo no quarto trimestre.

Para 2026, o crescimento da gasolina C deve desacelerar para 0,7%, totalizando 46,6 milhões de m³. O movimento reflete a moderação da demanda total do Ciclo Otto, a recuperação da competitividade do etanol hidratado e fatores como o reajuste do ICMS em R$ 0,10/litro e a maior oferta de etanol de milho.

Além disso, a gasolina A deve recuar para 32,6 milhões de m³ em 2026, impactada pela manutenção da mistura E30, que direciona parte do consumo ao etanol anidro.

Etanol hidratado deve iniciar recuperação em 2026

O consumo de etanol hidratado somou 15,7 milhões de m³ até setembro, queda de 2,3% frente a 2024, devido à menor moagem de cana no Centro-Sul e à priorização do açúcar no mix açucareiro, que elevou o preço do biocombustível. A produção total deve cair quase 4 milhões de m³, parcialmente compensada pelo crescimento do etanol de milho em 1,6 milhão de m³.

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Para o restante de 2025, a demanda do hidratado deve continuar fraca, com estoques reduzidos e paridade de preço em torno de 69%, favorecendo a gasolina C. Em 2026, no entanto, a consultoria prevê recuperação do consumo, impulsionada pelo aumento de 26% na produção de etanol de milho, que pode ultrapassar 12 milhões de m³.

“A oferta mais robusta deve reequilibrar o mercado e tornar o etanol mais competitivo”, avalia Di Bonifácio.

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

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Duroc transforma a carne suína no Brasil e conquista cortes premium em restaurantes estrelados

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O consumo de carne suína no Brasil vem crescendo de forma contínua, alcançando 16 kg per capita em 2021, e passa por uma transformação cultural com a introdução da raça Duroc, originária dos Estados Unidos. Reconhecida pela maciez, marmoreio e sabor, o Duroc foi a primeira raça introduzida no país em 1956, marcando o início do melhoramento genético e da tecnificação da suinocultura.

Estudos da PUC Goiás mostram que o Duroc, junto a outras duas raças, compõe mais de 90% da base genética dos suínos de abate no Brasil.

Cortes premium elevam a carne suína a outro patamar

A chef e especialista em cortes suínos Flávia Brunelli, pioneira no desenvolvimento de cortes premium de Duroc, transformou a percepção do consumidor sobre a carne suína no país. Sob sua liderança na Del Veneto, cortes como stinco, prime rib e bife de ancho, adaptados do universo bovino, conquistaram o mercado gourmet.

“Antes, a carne suína era associada apenas a lombo, costela e panceta. Com o Duroc, abrimos espaço para novos cortes, inovando no preparo e na experiência gastronômica”, afirma Brunelli.

Qualidade genética e marmoreio natural

Os suínos Duroc utilizados pela Del Veneto pesam, em média, 150 a 170 kg, apresentando equilíbrio entre gordura e músculo. A carne possui fibras curtas para maciez e gordura intramuscular, responsável pelo marmoreio natural, garantindo suculência e sabor, atributos que fizeram a raça ser apelidada de “Angus suíno”.

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A rusticidade da raça aliada à precocidade, boa conversão alimentar e ganho de peso acelerado torna o Duroc ideal para sistemas de criação tropicais e para produção de carcaças de alta qualidade.

Duroc conquista restaurantes estrelados

O ingresso da carne Duroc em restaurantes com estrelas Michelin marcou um divisor de águas para o setor. Entre eles, o D.O.M., do chef Alex Atala, utiliza cortes como ancho suíno, filé mignon suíno e pancetta, enquanto o Evvai, de Luiz Filipe Souza, aposta na pancetta de leitão em seu menu ítalo-brasileiro.

“Hoje os chefs exploram sabores e texturas de forma criativa, elevando a carne suína a um patamar antes inexistente no Brasil”, destaca Brunelli.

Impacto na cadeia produtiva e no mercado

A introdução do Duroc movimenta toda a cadeia produtiva: produtores investem em genética, manejo e bem-estar animal, enquanto frigoríficos e distribuidores se adaptam à demanda de consumidores mais exigentes.

A Del Veneto oferece mais de 100 produtos premium de Duroc, com preços que refletem o padrão diferenciado. Entre os destaques estão:

  • Ancho suíno (300 g) por R$ 34,90
  • T-bone suíno (4 unidades de 200 g) por R$ 42,99
  • Guanciale (bochecha do porco, 250 g) por R$ 39,99
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Outro produto inovador é o leitão de leite Duroc, apreciado em menus degustação por sua textura diferenciada e sabor delicado.

Mudança cultural e consumo de carne suína

O avanço da carne suína premium mostra que o desafio agora é aproximar o consumidor da experiência gastronômica dos restaurantes estrelados, demonstrando que o Duroc pode estar presente tanto no churrasco de fim de semana quanto em preparos elaborados da alta gastronomia.

“Queremos mostrar que a carne suína não é apenas tradicional, mas uma proteína versátil e gourmet, capaz de atender desde o lar até restaurantes de alta gastronomia”, conclui Brunelli.

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

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