BRASÍLIA

AGRONEGÓCIO

Dólar acelera frente ao real após anúncio de acordo comercial EUA-China e sinalização cautelosa do Fed

Publicado em

O dólar à vista abriu o dia em alta no Brasil, repercutindo o fortalecimento da moeda norte-americana frente a várias outras divisas. Na manhã desta quinta-feira, o câmbio comercial era cotado em cerca de R$ 5,3895 por dólar, segundo dados em tempo real.

Nos contratos futuros de primeiro vencimento negociados na B3, o dólar futuro avançava aproximadamente 0,40%.

Acordo comercial entre EUA e China impulsiona mercados cambiais

Durante encontro em Busan, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o presidente da China, Xi Jinping, anunciaram um acordo para redução tarifária sobre produtos chineses. As tarifas sobre importações da China devem cair de 57% para 47%. Em contrapartida, China concordou em suspender por um ano controles de exportação sobre terras raras, insumos cruciais para indústrias como automotiva, aeroespacial e de defesa. Também há compromisso de conter o comércio ilícito de fentanil, opioide sintético que tem sido foco das autoridades americanas.

Esse anúncio reforça a busca global por risco reduzido e afeta positivamente diversos pares cambiais, gerando valorização do dólar frente a moedas de países emergentes.

Leia Também:  Relatório Agro Mensal do Itaú BBA Analisa o Mercado de Algodão em 2024
Influência da política monetária dos EUA

Na véspera, o Federal Reserve (Fed) reduziu sua taxa básica de juros em 25 pontos base, ajustando a faixa para cerca de 3,75% – 4,00%. Essa foi a segunda redução do ano, em meio a sinais de arrefecimento no mercado de trabalho americano. No entanto, o presidente do Fed, Jerome Powell, indicou que cortes adicionais não são garantidos no próximo encontro de dezembro.

A postura cautelosa reduz expectativas de estímulo contínuo, o que impacta mercados globais — especialmente os de títulos públicos dos EUA, cujos rendimentos têm avançado.

Cenário doméstico e implicações para economia e agronegócio

Com o dólar mais caro, importações tornam-se mais onerosas, elevando custos para insumos agrícolas que dependem de componentes importados. Ao mesmo tempo, exportadores do agronegócio podem se beneficiar da conversão em real mais favorável para receitas em dólar.

A variação cambial mais intensa também pressiona setores como fertilizantes, defensivos ou peças agrícolas importadas.

Perspectivas de mercado financeiro

Os mercados internacionais reagiram com cautela: apesar da redução de juros nos EUA, a incerteza quanto a novos cortes assustou investidores, ampliando a aversão ao risco e impulsionando o dólar.

Leia Também:  Setor arrozeiro cobra união entre produtores, indústria e governo para evitar colapso econômico

No Brasil, esse movimento cambial pode agravar pressões inflacionárias, impactando custos de produção no setor agrícola e gerando volatilidade nos contratos futuros de commodities.

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

COMENTE ABAIXO:
Advertisement

AGRONEGÓCIO

Duroc transforma a carne suína no Brasil e conquista cortes premium em restaurantes estrelados

Published

on

O consumo de carne suína no Brasil vem crescendo de forma contínua, alcançando 16 kg per capita em 2021, e passa por uma transformação cultural com a introdução da raça Duroc, originária dos Estados Unidos. Reconhecida pela maciez, marmoreio e sabor, o Duroc foi a primeira raça introduzida no país em 1956, marcando o início do melhoramento genético e da tecnificação da suinocultura.

Estudos da PUC Goiás mostram que o Duroc, junto a outras duas raças, compõe mais de 90% da base genética dos suínos de abate no Brasil.

Cortes premium elevam a carne suína a outro patamar

A chef e especialista em cortes suínos Flávia Brunelli, pioneira no desenvolvimento de cortes premium de Duroc, transformou a percepção do consumidor sobre a carne suína no país. Sob sua liderança na Del Veneto, cortes como stinco, prime rib e bife de ancho, adaptados do universo bovino, conquistaram o mercado gourmet.

“Antes, a carne suína era associada apenas a lombo, costela e panceta. Com o Duroc, abrimos espaço para novos cortes, inovando no preparo e na experiência gastronômica”, afirma Brunelli.

Qualidade genética e marmoreio natural

Os suínos Duroc utilizados pela Del Veneto pesam, em média, 150 a 170 kg, apresentando equilíbrio entre gordura e músculo. A carne possui fibras curtas para maciez e gordura intramuscular, responsável pelo marmoreio natural, garantindo suculência e sabor, atributos que fizeram a raça ser apelidada de “Angus suíno”.

Leia Também:  Relatório Agro Mensal do Itaú BBA Analisa o Mercado de Algodão em 2024

A rusticidade da raça aliada à precocidade, boa conversão alimentar e ganho de peso acelerado torna o Duroc ideal para sistemas de criação tropicais e para produção de carcaças de alta qualidade.

Duroc conquista restaurantes estrelados

O ingresso da carne Duroc em restaurantes com estrelas Michelin marcou um divisor de águas para o setor. Entre eles, o D.O.M., do chef Alex Atala, utiliza cortes como ancho suíno, filé mignon suíno e pancetta, enquanto o Evvai, de Luiz Filipe Souza, aposta na pancetta de leitão em seu menu ítalo-brasileiro.

“Hoje os chefs exploram sabores e texturas de forma criativa, elevando a carne suína a um patamar antes inexistente no Brasil”, destaca Brunelli.

Impacto na cadeia produtiva e no mercado

A introdução do Duroc movimenta toda a cadeia produtiva: produtores investem em genética, manejo e bem-estar animal, enquanto frigoríficos e distribuidores se adaptam à demanda de consumidores mais exigentes.

A Del Veneto oferece mais de 100 produtos premium de Duroc, com preços que refletem o padrão diferenciado. Entre os destaques estão:

  • Ancho suíno (300 g) por R$ 34,90
  • T-bone suíno (4 unidades de 200 g) por R$ 42,99
  • Guanciale (bochecha do porco, 250 g) por R$ 39,99
Leia Também:  Haddad anuncia que governo lançará plano de proteção para indústria e agro após tarifas dos EUA

Outro produto inovador é o leitão de leite Duroc, apreciado em menus degustação por sua textura diferenciada e sabor delicado.

Mudança cultural e consumo de carne suína

O avanço da carne suína premium mostra que o desafio agora é aproximar o consumidor da experiência gastronômica dos restaurantes estrelados, demonstrando que o Duroc pode estar presente tanto no churrasco de fim de semana quanto em preparos elaborados da alta gastronomia.

“Queremos mostrar que a carne suína não é apenas tradicional, mas uma proteína versátil e gourmet, capaz de atender desde o lar até restaurantes de alta gastronomia”, conclui Brunelli.

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

COMENTE ABAIXO:
Continue Reading

politica

DISTRITO FEDERAL

BRASIL E MUNDO

ECONOMIA

ESPORTES

MAIS LIDAS DA SEMANA

Botão WhatsApp - Canal TI
Botão WhatsApp - Canal TI