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Dólar sobe após prévia do PIB brasileiro e rebaixamento da nota de crédito dos EUA

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O dólar abriu em alta nesta segunda-feira (19), reagindo à divulgação do Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), considerado uma prévia do PIB brasileiro, e à notícia do rebaixamento da nota de crédito dos Estados Unidos pela agência Moody’s.

PIB brasileiro surpreende com alta de 1,3% no primeiro trimestre

De acordo com o Banco Central, o IBC-Br cresceu 1,3% no primeiro trimestre de 2025, impulsionado principalmente pelo setor agropecuário. Em março, o avanço foi de 0,8%, superando a projeção do mercado, que esperava alta de 0,5%.

O economista Rafael Perez, da Suno Research, destaca que a economia brasileira segue resiliente, mesmo com sinais de desaceleração em alguns setores, como o de serviços. Segundo ele, o consumo das famílias e o mercado de trabalho aquecido continuam sustentando a atividade econômica.

Moody’s rebaixa nota de crédito dos EUA e aumenta cautela nos mercados

Na última sexta-feira (16), a Moody’s rebaixou a nota de crédito dos Estados Unidos de “AAA” para “AA1”, com perspectiva alterada de “negativa” para “estável”. A justificativa foi o aumento da dívida americana e os juros elevados em comparação com outros países com nota semelhante.

A notícia trouxe preocupação aos mercados, já que reforça incertezas sobre a trajetória fiscal dos EUA. O dólar, que vinha registrando ganhos consecutivos nas últimas semanas, apresentou volatilidade frente às principais moedas globais.

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Dólar sobe nesta segunda-feira

Às 9h33, o dólar subia 0,26%, cotado a R$ 5,6832. Na sexta-feira (16), a moeda norte-americana havia encerrado o pregão com queda de 0,19%, a R$ 5,6685. Na parcial do ano, o dólar acumula queda de 8,27%, embora registre alta de 0,24% na semana e recuo de 0,15% no mês.

Ibovespa recua após queda de ações do Banco do Brasil

Na sexta-feira, o Ibovespa, principal índice da B3, caiu 0,11%, fechando aos 139.187 pontos. A baixa foi influenciada, principalmente, pelo desempenho negativo das ações do Banco do Brasil. Apesar da queda, o índice acumulou ganhos de 1,96% na semana, 3,05% no mês e 15,72% no ano.

Política monetária segue como foco do Banco Central

Apesar do bom desempenho da economia no primeiro trimestre, o Banco Central ainda trabalha com a expectativa de desaceleração da atividade econômica ao longo de 2025. O objetivo é conter pressões inflacionárias por meio do aumento da taxa básica de juros (Selic), atualmente projetada em 14,75% ao ano.

Segundo o relatório Focus, a previsão de crescimento do PIB para 2025 é de 2,02%, abaixo dos 3,4% registrados em 2024. A estimativa para a inflação também foi ajustada para baixo pela quinta semana consecutiva, passando de 5,51% para 5,50%.

Cenário político nos EUA agrava preocupações fiscais

O rebaixamento da nota dos EUA ocorre em meio a disputas no Congresso para aprovação do orçamento até julho. O governo Trump tenta viabilizar um pacote de cortes de impostos que pode adicionar até US$ 5 trilhões à dívida pública em dez anos, atualmente em torno de US$ 36 trilhões.

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Kenneth Broux, chefe de pesquisa do Société Générale, comentou que a notícia reacende dúvidas sobre o status dos títulos do Tesouro como porto seguro. Segundo ele, “hoje é um lembrete da fragilidade do dólar”.

Guerra comercial: EUA buscam novos acordos tarifários

A política tarifária do presidente Donald Trump também segue no radar dos mercados. A expectativa é de que os EUA consigam fechar novos acordos com parceiros comerciais para evitar impactos inflacionários e uma possível recessão.

Nesta segunda-feira, a China pediu aos EUA que adotem políticas responsáveis para garantir a estabilidade financeira global. Já o secretário do Tesouro, Scott Bessent, afirmou que tarifas serão mantidas contra países que não negociarem de forma adequada.

Apesar do impasse, uma reportagem do Financial Times revelou avanços nas negociações com a União Europeia. O governo americano também já firmou acordos com o Reino Unido e sinalizou negociações com Índia, Japão e Coreia do Sul.

*Com informações da agência de notícias Reuters.

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

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Cautela dos frigoríficos mantém estabilidade nos preços da carne suína, aponta Safras & Mercado

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O mercado de carne suína manteve-se estável nesta semana, tanto no preço do quilo vivo quanto nos principais cortes no atacado, de acordo com levantamento da Safras & Mercado.

Segundo o analista Allan Maia, os suinocultores relatam que a oferta de animais segue controlada, mas os preços enfrentam resistência para subir devido à postura conservadora dos frigoríficos.

“Os frigoríficos mantêm cautela e monitoram o comportamento do atacado, que segue com pouca variação e perspectivas desafiadoras no curto prazo”, explicou Maia.

Consumo interno fraco limita reajustes, mas exportações ajudam

A redução no poder de compra da população continua sendo um fator de preocupação, segundo o analista, pois pode afetar o consumo doméstico e dificultar a reposição dos estoques até o fim do mês.

Em contrapartida, as exportações de carne suína seguem em ritmo positivo, o que tem ajudado a evitar excesso de oferta no mercado interno e contribuído para a manutenção do equilíbrio nos preços.

Preços do suíno vivo e cortes seguem estáveis nas principais regiões

O levantamento da Safras & Mercado mostra que o quilo do suíno vivo registrou média de R$ 7,91, sem variação na semana.

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No atacado, o pernil manteve média de R$ 13,40, enquanto a carcaça suína foi negociada a R$ 12,49.

Em São Paulo, a arroba suína subiu levemente, de R$ 166,00 para R$ 167,00. Já nas demais regiões, os preços permaneceram estáveis:

  • Rio Grande do Sul: integração a R$ 6,75 e interior a R$ 8,40;
  • Santa Catarina: integração a R$ 6,70 e interior a R$ 8,40;
  • Paraná: mercado livre a R$ 8,50 e integração a R$ 6,90;
  • Mato Grosso do Sul: Campo Grande a R$ 8,05 e integração a R$ 6,70;
  • Goiás: cotação estável em R$ 8,00;
  • Minas Gerais: leve queda no interior, de R$ 8,40 para R$ 8,30, enquanto o mercado independente se manteve em R$ 8,50;
  • Mato Grosso: Rondonópolis a R$ 8,00 e integração a R$ 7,20.
Exportações de carne suína registram alta em outubro

As exportações de carne suína “in natura” continuam sustentando o mercado. Nos 13 primeiros dias úteis de outubro, o Brasil exportou 76,17 mil toneladas, com média diária de 5,86 mil toneladas e receita de US$ 193,41 milhões — o equivalente a US$ 14,87 milhões por dia.

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O preço médio das exportações ficou em US$ 2.538,90 por tonelada, registrando alta de 11,1% no valor médio diário, avanço de 10,8% na quantidade embarcada e leve aumento de 0,3% no preço médio em comparação com outubro de 2024.

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

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