O mercado de carne suína manteve-se estável nesta semana, tanto no preço do quilo vivo quanto nos principais cortes no atacado, de acordo com levantamento da Safras & Mercado.
Segundo o analista Allan Maia, os suinocultores relatam que a oferta de animais segue controlada, mas os preços enfrentam resistência para subir devido à postura conservadora dos frigoríficos.
“Os frigoríficos mantêm cautela e monitoram o comportamento do atacado, que segue com pouca variação e perspectivas desafiadoras no curto prazo”, explicou Maia.
Consumo interno fraco limita reajustes, mas exportações ajudam
A redução no poder de compra da população continua sendo um fator de preocupação, segundo o analista, pois pode afetar o consumo doméstico e dificultar a reposição dos estoques até o fim do mês.
Em contrapartida, as exportações de carne suína seguem em ritmo positivo, o que tem ajudado a evitar excesso de oferta no mercado interno e contribuído para a manutenção do equilíbrio nos preços.
Preços do suíno vivo e cortes seguem estáveis nas principais regiões
O levantamento da Safras & Mercado mostra que o quilo do suíno vivo registrou média de R$ 7,91, sem variação na semana.
No atacado, o pernil manteve média de R$ 13,40, enquanto a carcaça suína foi negociada a R$ 12,49.
Em São Paulo, a arroba suína subiu levemente, de R$ 166,00 para R$ 167,00. Já nas demais regiões, os preços permaneceram estáveis:
- Rio Grande do Sul: integração a R$ 6,75 e interior a R$ 8,40;
- Santa Catarina: integração a R$ 6,70 e interior a R$ 8,40;
- Paraná: mercado livre a R$ 8,50 e integração a R$ 6,90;
- Mato Grosso do Sul: Campo Grande a R$ 8,05 e integração a R$ 6,70;
- Goiás: cotação estável em R$ 8,00;
- Minas Gerais: leve queda no interior, de R$ 8,40 para R$ 8,30, enquanto o mercado independente se manteve em R$ 8,50;
- Mato Grosso: Rondonópolis a R$ 8,00 e integração a R$ 7,20.
Exportações de carne suína registram alta em outubro
As exportações de carne suína “in natura” continuam sustentando o mercado. Nos 13 primeiros dias úteis de outubro, o Brasil exportou 76,17 mil toneladas, com média diária de 5,86 mil toneladas e receita de US$ 193,41 milhões — o equivalente a US$ 14,87 milhões por dia.
O preço médio das exportações ficou em US$ 2.538,90 por tonelada, registrando alta de 11,1% no valor médio diário, avanço de 10,8% na quantidade embarcada e leve aumento de 0,3% no preço médio em comparação com outubro de 2024.
Fonte: Portal do Agronegócio
Fonte: Portal do Agronegócio