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Preços da carne de frango voltam a subir com expectativa de recuperação no mercado interno

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O mercado brasileiro de carne de frango registrou preços mais firmes a estáveis tanto no mercado vivo quanto no atacado ao longo da última semana. A avaliação é do analista da Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, que aponta uma expectativa de recuperação gradativa dos preços no cenário doméstico, acompanhando também a normalização das exportações.

Exportações ganham ritmo, mas China e União Europeia mantêm embargos

Segundo Iglesias, a retomada das compras pelas Filipinas na última semana representa um avanço importante para o setor. No entanto, China e União Europeia ainda mantêm embargos aos produtos avícolas brasileiros, o que limita o ritmo de recuperação das exportações.

Custos de produção tendem a cair no segundo semestre

O analista destaca ainda que os custos com nutrição animal devem se manter sob controle no segundo semestre, com a chegada de uma safrinha de grandes proporções. Também é esperado um recuo nos preços do farelo de soja no mercado interno, o que deve aliviar os custos para os produtores.

Atacado registra recuperação nos preços

No atacado, os preços da carne de frango começaram a reagir positivamente na segunda semana de julho. A tendência, segundo Iglesias, é de continuidade dessa recuperação, impulsionada pela maior competitividade da carne de frango frente às demais proteínas, principalmente a bovina.

Além disso, a entrada dos salários na economia favorece a reposição de estoques entre o atacado e o varejo, estimulando a valorização dos preços.

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Desempenho das exportações em junho

Apesar do movimento positivo em julho, os embarques de carne de frango em junho apresentaram queda. De acordo com dados da Safras & Mercado, houve um recuo de cerca de 23% no volume exportado em comparação com o mesmo mês de 2024.

Variação dos preços internos

Levantamento da Safras & Mercado revelou alterações nos preços dos cortes congelados e resfriados de frango no atacado e na distribuição em São Paulo:

Cortes congelados (atacado):

  • Peito: de R$ 9,90 para R$ 10,00/kg
  • Coxa: estável em R$ 6,90/kg
  • Asa: de R$ 10,00 para R$ 10,40/kg

Cortes congelados (distribuição):

  • Peito: de R$ 10,00 para R$ 10,10/kg
  • Coxa: estável em R$ 7,00/kg
  • Asa: de R$ 10,20 para R$ 10,60/kg

Cortes resfriados (atacado):

  • Peito: de R$ 10,00 para R$ 10,10/kg
  • Coxa: estável em R$ 6,90/kg
  • Asa: de R$ 10,10 para R$ 10,50/kg

Cortes resfriados (distribuição):

  • Peito: de R$ 10,10 para R$ 10,20/kg
  • Coxa: estável em R$ 7,10/kg
  • Asa: de R$ 10,30 para R$ 10,70/kg
Preços do frango vivo por região

O levantamento semanal nas principais praças do país apontou os seguintes valores para o quilo do frango vivo:

  • Minas Gerais: de R$ 5,60 para R$ 5,70
  • São Paulo: estável em R$ 5,80
  • Mato Grosso do Sul: de R$ 5,50 para R$ 5,55
  • Goiás: de R$ 5,55 para R$ 5,65
  • Distrito Federal: de R$ 5,60 para R$ 5,70
  • Pernambuco: de R$ 5,90 para R$ 6,00
  • Ceará: de R$ 5,00 para R$ 6,20
  • Pará: de R$ 6,00 para R$ 6,50
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Nas integrações, os preços permaneceram estáveis:

  • Santa Catarina: R$ 4,70
  • Oeste do Paraná: R$ 4,80
  • Rio Grande do Sul: R$ 4,75
Desempenho das exportações em julho

Nos primeiros quatro dias úteis de julho, as exportações brasileiras de carne de aves e miudezas comestíveis (frescas, refrigeradas ou congeladas) somaram US$ 131,427 milhões, com média diária de US$ 32,856 milhões. Foram embarcadas 75,157 mil toneladas, com média diária de 18,789 mil toneladas, e preço médio de US$ 1.748,70 por tonelada.

Em comparação com julho de 2024, os dados da Secretaria de Comércio Exterior apontam:

  • Queda de 8,2% no valor médio diário exportado
  • Redução de 0,8% na quantidade média diária
  • Recuo de 7,5% no preço médio da tonelada

A expectativa para os próximos meses é de recuperação contínua, com suporte vindo tanto da demanda interna quanto de uma possível reabertura de mercados atualmente embargados.

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

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AGRONEGÓCIO

Cautela dos frigoríficos mantém estabilidade nos preços da carne suína, aponta Safras & Mercado

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O mercado de carne suína manteve-se estável nesta semana, tanto no preço do quilo vivo quanto nos principais cortes no atacado, de acordo com levantamento da Safras & Mercado.

Segundo o analista Allan Maia, os suinocultores relatam que a oferta de animais segue controlada, mas os preços enfrentam resistência para subir devido à postura conservadora dos frigoríficos.

“Os frigoríficos mantêm cautela e monitoram o comportamento do atacado, que segue com pouca variação e perspectivas desafiadoras no curto prazo”, explicou Maia.

Consumo interno fraco limita reajustes, mas exportações ajudam

A redução no poder de compra da população continua sendo um fator de preocupação, segundo o analista, pois pode afetar o consumo doméstico e dificultar a reposição dos estoques até o fim do mês.

Em contrapartida, as exportações de carne suína seguem em ritmo positivo, o que tem ajudado a evitar excesso de oferta no mercado interno e contribuído para a manutenção do equilíbrio nos preços.

Preços do suíno vivo e cortes seguem estáveis nas principais regiões

O levantamento da Safras & Mercado mostra que o quilo do suíno vivo registrou média de R$ 7,91, sem variação na semana.

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No atacado, o pernil manteve média de R$ 13,40, enquanto a carcaça suína foi negociada a R$ 12,49.

Em São Paulo, a arroba suína subiu levemente, de R$ 166,00 para R$ 167,00. Já nas demais regiões, os preços permaneceram estáveis:

  • Rio Grande do Sul: integração a R$ 6,75 e interior a R$ 8,40;
  • Santa Catarina: integração a R$ 6,70 e interior a R$ 8,40;
  • Paraná: mercado livre a R$ 8,50 e integração a R$ 6,90;
  • Mato Grosso do Sul: Campo Grande a R$ 8,05 e integração a R$ 6,70;
  • Goiás: cotação estável em R$ 8,00;
  • Minas Gerais: leve queda no interior, de R$ 8,40 para R$ 8,30, enquanto o mercado independente se manteve em R$ 8,50;
  • Mato Grosso: Rondonópolis a R$ 8,00 e integração a R$ 7,20.
Exportações de carne suína registram alta em outubro

As exportações de carne suína “in natura” continuam sustentando o mercado. Nos 13 primeiros dias úteis de outubro, o Brasil exportou 76,17 mil toneladas, com média diária de 5,86 mil toneladas e receita de US$ 193,41 milhões — o equivalente a US$ 14,87 milhões por dia.

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O preço médio das exportações ficou em US$ 2.538,90 por tonelada, registrando alta de 11,1% no valor médio diário, avanço de 10,8% na quantidade embarcada e leve aumento de 0,3% no preço médio em comparação com outubro de 2024.

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

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