Pneus, garrafas e latas são recolhidos em ação de conscientização da preservação de recursos hídricos do DF
Pneus, garrafas e latas são retirados do lago Paranoá nesta 12ª edição do Lago Limpo, que aconteceu neste sábado, no Deck Sul. Foi recolhida 1 tonelada e 560 quilos de lixo nas margens e fundo do Lago. O material foi retirado, acondicionado e encaminhado para triagem e, em seguida, ser feita a destinação adequada de acordo com a classe do resíduo. Em 2023, foram retirados 7 toneladas de resíduos no Pontão do Lago Sul.
O objetivo da ação foi alertar e conscientizar a população para o descarte correto de resíduos e a importância da preservação dos recursos hídricos. Mergulhadores voluntários se uniram em um mutirão de limpeza no Lago Paranoá, com apoio dos Bombeiros e do Batalhão Lacustre e Capitania Fluvial de Brasília. Mais de 70 mergulhadores participaram dessa força-tarefa, dedicando seu tempo para limpar as margens e o fundo do lago.
A programação contou com atividades educativas e ambientais, com dinâmicas relacionadas à limpeza do lago e ao descarte correto de resíduos. A unidade móvel de água da Caesb também marcou presença no evento, para hidratar o público que trabalhou como voluntário e a população que foi prestigiar a ação. A mascote da Companhia, Cristal, também animou a criançada.
“Este sábado ficou marcado pela união e compromisso da Caesb e de vários órgãos do GDF com a preservação dos recursos hídricos da capital, sob o comando do governador Ibaneis Rocha”, afirmou o presidente da Caesb, Luís Antônio Reis. Reis comemora que Brasília tem um lago mais limpo e livre de resíduos. “O Lago Paranoá tem uma história de superação. E a Caesb teve um papel fundamental nesse processo. O sucesso do Programa de Despoluição do Lago Paranoá possibilitou transformar um corpo receptor de esgotos em um novo manancial de água para a população do Distrito Federal, além de ser utilizado para esportes náuticos, pesca recreacional e atividades de lazer”.
Ação voluntária
Tirar o sábado de folga para participar de ações como essa é marcante. O mergulhador é economista, Esteves Colnago, de 50 anos, esteve como voluntário na Semana do Lago Limpo. Com 30 anos de experiência em mergulho, essa é a primeira vez que ele participa de uma ação no Lago Paranoá. O mergulho começou como um hobby na sua vida. Segundo o Esteves, “o mergulho permite ter um outro olhar para a natureza. Já participei de uma ação em Brazlandia, lá na Veredinha. Naquela ocasião foram retirados muitos pneus, garrafas, pedaços de madeira e, por incrível que pareça, postes de quadra de vôlei”, relatou ó economista.
Para ele participar dessa ação “é valorizar o cartão postal de Brasília, que é o Lago Paranoá. É um trabalho fantástico que faz com que as pessoas sejam conscientizadas de não jogar o lixo no lago”. Ele também elogiou o trabalho que os órgãos do governo do DF fazem com os mananciais da capital. “O lago acaba sendo transformado como uma forma de lazer e atividades esportivas. A ação ajuda a conscientizar as pessoas de não jogar lixo no lago, lá não é depósito, não pode ter garrafas, pneus, porque isso faz mal não só para as pessoas, como também para a natureza”.
Para a aposentada e hoje dona de casa, Maria de Fátima Portela, de 62 anos, moradora de Santa Maria, o evento é super importante. “A lição que fica pra gente é a importância de se preservar a natureza e o meio ambiente. Eu mesma saio de casa sempre com sacola de lixo e recolhendo as coisas na rua. Sempre faço a minha parte”.
A aposentada Maria ainda reconhece a ação. “Quero parabenizar ao GDF e ao governador Ibaneis Rocha pelo excelente trabalho que tem sido feito no DF e na preservação dos recursos hídricos”, elogiou.
Associações de mergulhadores presentes
O mergulhador e presidente da DF SUB – Associação Brasiliense de pesca sub e mergulho livre, Marcelo Reisman, explicou que já fizeram de forma oficial 7 limpezas em mananciais do Distrito Federal, fora as ações que acontecem de forma individual.
“Essas são iniciativas de mergulhadores e também de órgãos do governo. Realizamos esse trabalho de limpeza tanto no DF quanto no estado de Goiás e Minas Gerais”, explicou.
Para Marcelo, é preciso uma conscientização maior das pessoas. “As pessoas jogam o lixo no Lago Paranoá. O lugar do lixo não é no meio aquático, é na lixeira”, reforçou Marcelo.
Crédito das fotos: Marco Peixoto (Caesb)