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Uma viagem musical pelo sertão de Zé Ramalho chega a Brasília para temporada no Teatro Nacional

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“O Admirável Sertão de Zé Ramalho” presta homenagem ao artista paraibano com sessões gratuitas e populares no Teatro Nacional

A força, o lirismo e a mística do Nordeste desembarcam em Brasília com o musical “O Admirável Sertão de Zé Ramalho”, espetáculo que celebra a trajetória e a obra de um dos maiores nomes da música popular brasileira. Com estreia marcada para 29 de outubro, na Sala Martins Pena do Teatro Nacional Cláudio Santoro, a montagem tem entrada franca na primeira sessão e ingressos populares nos dias seguintes, variando entre R$ 25 e R$ 200.

Visto por mais de 15 mil pessoas em dez cidades do país, o espetáculo presta uma homenagem poética e simbólica a Zé Ramalho, artista paraibano que há décadas traduz o sertão em versos e melodias que misturam rock, blues, cordel e crítica social.

“Quando pensei neste espetáculo, quis ir além do formato biográfico tradicional. A ideia era transformar a obra de Zé em narrativa, e o sertão, em território poético”, explica Eduardo Barata, idealizador e produtor artístico da montagem.


Música como narrativa

Com dramaturgia de Pedro Kosovski e direção de Marco André Nunes, “O Admirável Sertão de Zé Ramalho” constrói uma encenação não literal, onde cada canção se transforma em um fragmento de memória, tempo e imaginação. “As músicas revelam momentos da vida desse grande artista. O texto escuta o que as letras dizem — é um convite a mergulhar nas imagens que elas evocam”, afirma Kosovski.

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A montagem é dividida em cinco módulos, representando diferentes fases da vida do cantor:

  • Brejo do Cruz, as origens (Duda Barata);

  • Campina Grande, o despertar para a música (Muato);

  • João Pessoa, o nascimento das composições (Tiago Herz);

  • Rio de Janeiro, a luta por espaço (Nizaj);

  • Popstar, a consagração (Marcello Melo).

Esses cinco intérpretes formam um retrato múltiplo e afetivo de Zé Ramalho, recriando em cena as vozes, os sertões e as forças que moldaram sua arte.

O elenco ainda conta com Ceiça Moreno, Cesar Werneck, Diego Zangado e Eli Ferreira, compondo um mosaico que entrelaça teatro, música e poesia. A direção musical é assinada por Plínio Profeta e Muato, com direção de movimento de Caroline Monlleo, cenário de Marco André Nunes e Uirá Clemente, e figurinos de Wanderley Gomes.


Um tributo ao “Bob Dylan do Sertão”

Natural de Brejo do Cruz (PB), Zé Ramalho é reconhecido por unir a modernidade da Jovem Guarda à tradição nordestina, criando uma sonoridade singular que o consagrou como o “Bob Dylan do Sertão”. Seu repertório reúne religiosidade, crítica social, resistência e lirismo — temas que o musical traduz em uma experiência cênica intensa e poética.

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Com patrocínio da Petrobras, por meio do Programa Petrobras Cultural, o espetáculo reafirma o papel da arte como instrumento de memória e transformação. “O Admirável Sertão de Zé Ramalho” não é apenas um tributo, mas um encontro entre arte, identidade e resistência cultural, que celebra o poder criativo e atemporal do Nordeste.


Serviço

Espetáculo: O Admirável Sertão de Zé Ramalho
📍 Local: Teatro Nacional Cláudio Santoro – Sala Martins Pena (SBN Quadra 501, Conjunto 03, Edifício Aterro do Palácio, Brasília – DF)
📅 Datas: 29 e 30 de outubro, 1º e 2 de novembro de 2025
🕓 Horários: Quarta, quinta e sábado às 20h; domingo às 18h
🎟 Ingressos:

  • 29/10 – Entrada franca

  • 30/10 – R$ 25 a R$ 50

  • 01 e 02/11 – R$ 25 a R$ 200
    💻 Vendas: Bilheteria online e bilheteria local

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Cultura

Conheça o curta vencedor da etapa on-line do Festival Taguá de Cinema

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A produção amazonense Mata-Gato foi a grande vencedora pelo voto popular, e segue para mostra competitiva do festival

O público assistiu e decidiu: o grande vencedor da etapa on-line do Festival Taguá de Cinema é o curta-metragem amazonense Mata-Gato, dirigido por André Cunha. A obra foi escolhida por 1.372 espectadores, que acessaram o site do festival e assistiram aos filmes que concorreram pela vaga na mostra competitiva, além do prêmio de R$ 1 mil.

André comemora o destaque dado pelo público do Taguá. “É muito importante para o cinema do Norte receber visibilidade e reconhecimento do público”, celebra o cineasta. O curta tem como tema os bichinhos que muita gente tem em casa: os gatos. No entanto, a trama não é bobinha e surpreende o espectador. “Por mais que seja terror, traz uma mensagem de preocupação ambiental e com a saúde pública, ao mesmo tempo que fala da terceira idade, solidão e violência”, detalha Cunha.

Outros curtas também se destacaram entre os mais de 300 inscritos para a competição on-line, oriundos de todas as regiões do país. O segundo lugar mais votado foi a produção pernambucana Em Vigília, com 471 votos, com direção de Analice Bezerra. Garrote, também do Amazonas, ficou em terceiro lugar, com 420 votos, curta comando por Bruno Pantoja.

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Também foram destaques os filmes João Parapeito (RJ), Ver. Amarelo. Vermelho (SP), O Dilema de Antônia (SP), Oitavo Anjo (DF), Medo Monstro (PE), PX Origens (PE) e Cinemas de Verdade (RJ). Todos os curtas que participaram da etapa on-line continuam disponíveis no site do festival, nas categorias documentário, ficção, experimental, animação, infantil e produções do Distrito Federal.

Festival Taguá de Cinema 

Em 2025, o Festival Taguá propõe um retorno às origens do audiovisual como instrumento de expressão e crítica social. A programação vai reunir  produções que transitam entre ficção, documentário, animação e experimentais, revelando a pluralidade estética e política que marca o cinema brasileiro contemporâneo.

Segundo William Alves, idealizador do evento, “as inscrições deste ano superaram e muito as nossas expectativas, atingimos o nosso limite máximo de 500 filmes, seis dias antes de encerrarmos. O que  confirma o alcance nacional e o vigor da produção independente”.

De acordo com a organização do evento, as obras vieram de todas as regiões: Sudeste (219), Nordeste (117), Centro-Oeste (71), Sul (71) e Norte (23). Entre os estados com maior número de participações estão São Paulo (104), Rio de Janeiro (66) e Distrito Federal (44), consolidando o festival como um dos mais abrangentes do país.

Os dados revelam ainda a diversidade temática das criações contemporâneas: infância e juventude (154 filmes), questões de gênero (144) e movimentos sociais (136) estão entre os assuntos mais presentes nas telas. Outros temas, como racismo, patrimônio cultural e especulações sobre o futuro, também ganham destaque, reafirmando o compromisso do festival com a diversidade de olhares e com o enfrentamento das desigualdades.

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O evento ocorre entre os dias 19 a 22 de novembro, no Cine Teatro do Centro de Ensino Médio Taguatinga Norte ( CEMTN), com exibições presenciais, debates, mostras especiais e encontros.

Conheça o Festival 

Criado em 1998, o Festival Taguatinga de Cinema consolidou-se como um espaço de resistência e experimentação no Distrito Federal. Ao longo de quase três décadas, transformou telas em trincheiras e filmes em ferramentas de transformação, valorizando narrativas vindas das periferias, dos quilombos, das aldeias e das ruas, territórios onde o cinema nasce como gesto político e poético.

“O Festival segue fiel à sua essência: ser território de resistência, de vozes plurais e da arte feita longe dos grandes centros. E, como sempre, dá protagonismo ao público”, finaliza William.

Serviço – 18º Festival Taguá de Cinema

Data: 19 a 22 de novembro
Local: CineTeatro do CTNM, Taguatinga Norte (DF)
Entrada gratuita
Mais informações: https://festivaltaguatinga.com.br/

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