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Investimento garante bons resultados às operadoras de saúde

Paulo Bittencourt, CEO do Plano Brasil Saúde, fala sobre o faturamento positivo das empresas que priorizaram a prevenção e o atendimento primário

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Investimento garante bons resultados às operadoras de saúde

Com a entrega dos balanços financeiros das empresas, referentes ao ano de 2022, é possível constatar que grandes corporações, inclusive as do mercado da saúde, apresentaram resultados muito aquém do esperado. Segundo o executivo Paulo Bittencourt, no setor de saúde é fácil identificar onde está o problema e que a sinistralidade é a palavra de controle de performance de operadoras. Ele explica que as operadoras de saúde e planos de autogestão, que investiram em atendimento primário de saúde e prevenção, conseguiram alcançar bons resultados e estão performando bem.

Paulo Bittencourt é CEO da healthtech Plano Brasil Saúde e atua no setor de saúde há mais de 20 anos. Na área hospitalar já trabalhou desde a atenção básica até a alta complexidade, sempre voltado ao setor público e há dois anos passou a investir em saúde suplementar. Nesta entrevista ele faz uma avaliação do setor e oferece dicas de como as operadoras podem enfrentar a crise.

1) Por que algumas operadoras não conseguiram bons resultados em 2022?

Paulo Bittencourt – Analisando o setor como um todo, é possível verificar que as operadoras que continuam atuando de modo tradicional, com serviços de prateleira, no qual o usuário escolhe o que tem que fazer e o que não tem, não estão mais atendendo aos acionistas, e isso devido a sinistralidade que tem aumentado significativamente.

2) Como algumas operadoras conseguiram crescer mesmo com um cenário adverso?

P.B. – As empresas que investiram em atendimento primário de saúde e prevenção, conseguiram alcançar bons resultados e estão performando bem. A healthtech Plano Brasil Saúde, por exemplo, especializada em gestão de saúde corporativa, tem obtido crescimento muito forte e encerrou o ano de 2021 com 4.966 vidas e o ano de 2022 com 13.331 vidas. Agora, no início de 2023, já está com 15 mil vidas. A expectativa da operadora é finalizar este ano com 40 mil vidas e atingir em torno de 60 mil vidas em 2024.

3) Houve crescimento também no faturamento?

P.B. – Com a sinistralidade controlada a receita da Plano Brasil também cresceu, passando de R$ 3 milhões para R$ 12 milhões, resultando em uma taxa de resolução na PS de 82% e o ticket médio de R$ 172,00, ou seja, conseguiu controlar, na parte ambulatorial, o sinistro da massa que está que está sendo atendida.

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4) Como evitar o aumento da sinistralidade nas unidades de emergência dos hospitais, onde as operadoras perdem o controle sobre o atendimento ao usuário?

P.B. – Visando controlar também a sinistralidade hospitalar, a Plano Brasil Saúde está investindo nas Unidades Resolutivas de Saúde – URSAs, que já estão sendo implantadas na Bahia, no Rio Grande do Norte, em Goiás e no Rio de Janeiro.

5) Qual o objetivo das URSAs?

P.B. – O objetivo de uma URSA é evitar eventos adversos em unidades de emergência, onde as operadoras perdem o controle do usuário, que fica suscetível ao que as emergências vão fazer, bem como com as condutas que as unidades de hospitais da rede credenciada vão adotar. Nesses casos, o atendimento ao usuário é como se fosse um cheque em branco que a operadora coloca na unidade hospitalar, perdendo o controle da estrutura para segurar os custos de sinistralidade.

6) Qual será a atuação das URSAs?

P.B. – As URSAs irão funcionar como emergência e podem contar até com um hospital pequeno, com duas salas de centro cirúrgico, como a que será instalada na Bahia. Esses eventos adversos de acidentes, de cirurgias de emergência, que as operadoras têm que efetivamente arcar, no caso do Plano Brasil Saúde, serão mitigados com a atuação das URSAs.

7) Pode-se dizer que no futuro as URSAs irão transformar a healthtech em grandes hospitais?

P.B. – Este modelo, que está sendo adotado pelo Plano Brasil Saúde não pretende verticalizar a operadora, isso porque todo hospital tem unidades grandes em vários estados do país. Além disso, o investimento seria muito elevado e o custo financeiro desse investimento seria muito oneroso, tanto para o usuário final como para o sistema como um todo. O objetivo é trabalhar sem desperdício, prestar um atendimento justo e correto para a saúde do beneficiário, trazendo mais produtividade para o sistema. Afinal, não adianta ter na unidade de saúde 200 leitos e ficar com eles ociosos, ou arcar com esse investimento, com o custo financeiro e trazer mais carga para o ticket, pois é possível ter uma rede particular em todas as unidades do Brasil, que pode ser utilizada da melhor forma. Portanto, a tendência é o Plano Brasil se tornar um grande comprador de serviços.

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8) Um dado nacional mostra que 20% dos usuários de planos de saúde vão gastar 80% dos recursos, o que tem provocado o aumento da sinistralidade. Como enfrentar esse desafio?

P.B. – O ideal é focar nesses 20%, visando evitar que eles fiquem ainda mais doentes. Para atingir esse objetivo o Médico da Saúde da Família é a melhor opção. Trata-se de um modelo bom para o usuário, que vai ficar menos doente, bom para a empresa, que terá menos absenteísmo, e bom também para o plano de saúde, pois a sinistralidade será menor, favorecendo todo o sistema, reduzindo os desperdícios. 

9) Qual a especialidade do médico da família?

P.B. – O médico da Família não é um clínico, sua especialidade é voltada para esse tipo de atendimento, por isso, ele sabe como atuar com os seus pacientes, pois tem o conhecimento dos usuários que atende e do que eles precisam. Por outro lado, o beneficiário tem uma experiência muito positiva com o médico da família.

10) Quanto a operadora consegue economizar com o controle da sinistralidade?

P.B. – Para demonstrar vou fazer uma comparação simples. A média de exames que o Plano Brasil Saúde oferece por beneficiário é 0,94 exame por paciente, enquanto que a média da ANS é de 5 exames por paciente, o que dá uma ideia de quanto a operadora consegue economizar.

11) E como o usuário reage a este pequeno número de exames?

P.B. O Plano Brasil Saúde obtém um índice de satisfação de 81%. Quando o usuário utiliza o MCI, que é Modelo de Cuidado Individualizado da operadora, que pode ser online ou presencial, ele tem uma experiência positiva, o que se traduz no índice de satisfação.

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Mercado imobiliário de São Paulo atrai investidores de todo o país

São Paulo vive um marco histórico no mercado imobiliário, com mais de 130 mil apartamentos lançados em 12 meses — média de 350 por dia, segundo a Brain. O preço do metro quadrado subiu quase 10% em um ano, atingindo R$ 15.887. O avanço dos compactos (85,4% do estoque) atrai investidores de outros estados, reforçando a cidade como polo de liquidez, mobilidade e rentabilidade.

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Mercado imobiliário de São Paulo atrai investidores de todo o país

São Paulo registra neste ano um marco histórico no mercado imobiliário. Segundo levantamento da consultoria Brain Inteligência Estratégica, nos últimos 12 meses foram lançados mais de 130 mil apartamentos na capital paulista, média superior a 350 lançamentos por dia. O número reflete o dinamismo da cidade e a confiança de investidores, que continuam a ver a cidade como um dos mercados mais atrativos do país.

A valorização do imóvel em São Paulo é um dos fatores que explica esse fenômeno. Entre junho de 2024 e junho de 2025, o preço médio do metro quadrado na capital passou de R$ 14.481 para R$ 15.887, um avanço de quase 10% em apenas um ano, de acordo com a Brain. O levantamento aponta ainda a expansão dos apartamentos compactos, com 85,4% do estoque atual sendo formado por unidades de um ou dois dormitórios, e 60,3% com até 39 metros quadrados.

Com atuação no desenvolvimento de apartamentos compactos com foco no público investidor, a incorporadora Vitacon observa de perto essa tendência. Mais da metade dos investidores da companhia que adquirem imóveis na capital paulista vêm de outros estados. Esse perfil reforça a percepção de São Paulo como cidade estratégica para quem busca combinar investimento, mobilidade e oportunidades de moradia temporária.

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“O mercado paulistano combina alta liquidez, infraestrutura consolidada, conectividade e diversidade de opções habitacionais, fatores que tornam a cidade extremamente atrativa para investidores de outros estados, com destaque para Bahia (10%), Minas Gerais (10%) e Rio de Janeiro (3%)”, afirma o CEO da Vitacon, Ariel Frankel.

De acordo com a incorporadora, a estratégia de investimento tem se tornado cada vez mais híbrida. Os apartamentos funcionam como base de apoio na cidade, permitindo aos proprietários estabelecerem uma base de apoio na cidade quando necessário, mas, quando ausentes, os imóveis podem ser alugados no modelo short stay, gerando rentabilidade adicional e aproveitamento máximo do ativo.

“O aumento dos lançamentos amplia a oferta de imóveis bem localizados, especialmente próximos a centros comerciais e transporte público, reforçando o potencial de valorização para quem investe. No nosso caso, a procura dos investidores de outros estados é maior para os empreendimentos na região da Avenida Paulista, Jardins e Moema”, acrescenta.

Novas demandas urbanas

O recorde de lançamentos também evidencia a adaptação do mercado às novas demandas urbanas. Com o aumento do trabalho híbrido e preferência por praticidade e mobilidade, apartamentos compactos e versáteis se consolidam como escolha estratégica tanto para investidores quanto para moradores.

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“A expectativa é que essa tendência por apartamentos compactos e bem localizados continue ao longo dos próximos anos, mantendo São Paulo no topo da atratividade nacional para investimentos imobiliários”, finaliza o executivo.

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