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Deputado Ricardo Vale e outros deputados apresentam projeto que revoga lei sobre o “Dia da Memória das Vítimas do Comunismo” no DF

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A Câmara Legislativa do Distrito Federal discute a revogação da Lei nº 7.754/25, que criou o “Dia da Memória das Vítimas do Comunismo” no calendário oficial do DF. O novo projeto de lei, apresentado de forma coletiva, já conta com as assinaturas do vice-presidente da Casa, deputado Ricardo Vale (PT), e dos deputados Chico Vigilante (PT), Gabriel Magno (PT), Fábio Félix (PSOL) e Max Maciel (PSOL).

O objetivo é revogar a lei sancionada recentemente, que institui a data de 4 de junho para ações voltadas à “reflexão sobre os danos causados pelas ditaduras comunistas”. Segundo os parlamentares, a norma é ideológica, sem base na realidade brasileira e contrária aos princípios da educação democrática e plural.

“Essa lei não tem qualquer fundamento histórico no Brasil e representa uma tentativa perigosa de reescrever a nossa história recente. O nosso país nunca teve vítimas do comunismo, mas teve milhares de vítimas da ditadura militar, que perseguiu, torturou e matou em nome do anticomunismo. Revogar essa lei é um ato de respeito à verdade, à memória e à democracia”, afirmou o deputado Ricardo Vale.

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A lei gerou forte reação da sociedade civil, do meio acadêmico e de ex-gestores públicos. Em carta aberta, o ex-secretário de Cultura do DF, Bartolomeu Rodrigues, chamou a criação da data de “lei abjeta” e “agressão à memória das verdadeiras vítimas da ditadura militar”. Ele pediu exoneração do cargo após a sanção da norma.

O Observatório Social de Brasília também se posicionou contra a medida. Em nota assinada por Welder Rodrigues Lima e Onésimo Staffuzza, a entidade afirmou que a lei tem “caráter ideológico e sem relevância para o interesse público”, além de representar “revisionismo histórico perigoso”.

Com o novo projeto, os deputados autores reforçam o compromisso da CLDF com a verdade histórica, o respeito à memória e à democracia, e destacam que o Legislativo deve promover debates baseados em fatos e na realidade do país.

O texto agora segue para análise nas comissões permanentes da Casa antes de ser levado ao plenário para votação.

Assessoria de Comunicação

Deputado Ricardo Vale

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Comissão Especial sobre Inteligência Artificial é instalada na Câmara, mas especialistas alertam: “Projeto é insuficiente e democracia está em risco”

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Instalada na Câmara dos Deputados, a comissão que analisará o PL da Inteligência Artificial reacende debate sobre os riscos da tecnologia à democracia. Especialistas defendem ajustes urgentes no texto para garantir transparência, proteção cidadã e integridade institucional
A Câmara dos Deputados instalou oficialmente nesta segunda-feira (20) a Comissão Especial que analisará o Projeto de Lei 2338/2023, voltado à regulamentação da inteligência artificial no Brasil. A medida representa um avanço institucional esperado há quase dois anos e marca o início de uma nova etapa no debate legislativo sobre o tema. Contudo, especialistas apontam que o texto em discussão é limitado e não contempla os riscos reais que a tecnologia representa para o processo democrático.
A comissão será presidida pela deputada Luísa Canziani (PSD-PR), com relatoria do deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB). O PL, originado no Senado a partir de uma proposta de juristas, foca principalmente na proteção do consumidor e no incentivo à inovação econômica. Para lideranças da sociedade civil e especialistas no tema, esse escopo é insuficiente diante da complexidade e do impacto social da IA.
“O que está em jogo não é apenas como empresas vão recomendar produtos ou otimizar serviços. Estamos falando de um risco concreto à integridade da informação, à confiança pública e à própria governabilidade democrática”, afirma Marcelo Senise, presidente do IRIA (Instituto Brasileiro para a Regulamentação da Inteligência Artificial), que acompanha de perto a tramitação da proposta. “O projeto precisa ser redesenhado com base na proteção à cidadania e à democracia como eixo central.”

Marcelo Senise

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