BRASÍLIA

AGRONEGÓCIO

Angus Antecipando o Nascimento dos Primeiros Animais do Projeto de Edição Gênica

Publicado em

Entre o final de março e o início de abril de 2025, o projeto de edição gênica da Associação Brasileira de Angus e Ultrablack, em parceria com a Embrapa Gado de Leite, registrará o nascimento de seus primeiros animais. Serão cinco exemplares, originados de reprodutoras previamente selecionadas, cujas gestações estão sendo acompanhadas pela unidade da Embrapa em Juiz de Fora, Minas Gerais. O principal objetivo da pesquisa é o desenvolvimento de exemplares mais resistentes ao calor e a doenças comuns à espécie, além de outras melhorias genéticas, como maior resistência ao carrapato.

Luiz Sérgio de Almeida Camargo, professor e pesquisador da Embrapa, também membro suplente da Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio), explica que as etapas iniciais do projeto começaram em 2024, com a seleção de reprodutores para doação de sêmen, seguido da produção e edição dos embriões e sua transferência para as receptoras. A pesquisa continua com o nascimento dos animais e a realização de testes para avaliar a eficácia da edição gênica. Camargo destaca o cumprimento rigoroso da legislação vigente em cada etapa do processo.

Leia Também:  Soja avança em Chicago com expectativa de menor área nos EUA, aponta USDA

“As características almejadas nos embriões e nos animais que nascerão são as mesmas que poderiam surgir em um processo de cruzamento natural. Essa prática já é reconhecida pela legislação brasileira e por países como os Estados Unidos e a Argentina. A engenharia genética realizada aqui não configura transgenia, pois os genes editados são naturais da espécie”, esclarece Camargo.

O pesquisador ainda acrescenta que todo o processo será submetido à análise da CTNBio para validação dos procedimentos e dos resultados obtidos. “Após o nascimento dos animais, continuaremos os estudos e enviaremos uma carta-consulta à Comissão Técnica Nacional de Biossegurança, para que sejam reconhecidos como não transgênicos, visto que, apesar de passarem por edição genética, os animais não contêm DNA estranho à espécie”, afirma.

A Associação Brasileira de Angus, responsável pela organização do projeto, segue acompanhando atentamente as etapas para garantir que a raça, seus criadores e associados tenham acesso ao que há de mais avançado em termos de tecnologia e estudos técnicos. José Paulo Cairoli, presidente da Associação, reforça o compromisso com o respeito às normas e à legislação em todas as fases do projeto.

Leia Também:  Arroba do boi gordo se estabiliza e a previsão para o fim de ano é de alta no consumo de carne

“Nossa prioridade é a evolução da raça, sempre buscando animais que se adaptem de forma eficiente ao ambiente e ao clima brasileiros, sem jamais abrir mão do respeito às normas e legislações, que são essenciais no programa de edição gênica”, destaca Cairoli.

Para Mateus Pivato, diretor-executivo da Associação, os avanços em pesquisa são fundamentais para continuar valorizando a raça Angus. “O papel da Associação é estar na vanguarda do melhoramento genético e proporcionar as melhores tecnologias para os criadores. Por isso, acompanhamos de perto os resultados dos estudos, observando como os animais se comportam, se atendem às expectativas, como tolerância ao calor e adaptação, sem prejudicar outras características. A edição gênica é uma evolução muito positiva”, avalia.

Pivato também destaca que, além da evolução genética desejada, a manutenção e o fortalecimento do sistema imunológico da raça, com maior resistência a doenças, são aspectos essenciais para as futuras parcerias e pesquisas conduzidas pela Associação.

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

COMENTE ABAIXO:
Advertisement

AGRONEGÓCIO

Ministro Carlos Fávaro recebe representantes da ABCZ e Aprosoja Brasil para diálogo sobre medidas de apoio aos produtores rurais

Published

on

O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, recebeu nesta quinta-feira (25) o diretor de Relações Governamentais da Associação dos Criadores de Zebu (ABCZ), Romildo Machadinho, e o diretor executivo da Aprosoja Brasil, Fabrício Rosa, para dialogar sobre o detalhamento da Medida Provisória (MP) nº 1.314/2025, anunciada pelo Governo Federal, para a renegociação de dívidas de produtores rurais prejudicados por secas e enchentes nos últimos anos.

A medida prevê R$ 12 bilhões em recursos, com a expectativa de beneficiar até 100 mil produtores rurais, em especial pequenos e médios agricultores. Também autoriza as instituições financeiras a abrirem, em 2025 e 2026, linhas próprias de crédito rural com recursos livres, ampliando as possibilidades de renegociação de dívidas. O objetivo é dar fôlego ao setor produtivo, com atenção especial aos agricultores enquadrados no Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) e no Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp).

O ministro Fávaro aproveitou a oportunidade para explicar a medida e enfatizar a importância da iniciativa para apoiar os produtores. “Uma medida fundamental para a continuidade do desempenho do setor no Brasil, porque ela tem dois objetivos muito claros: apoiar a produção agropecuária nas regiões afetadas, fortalecendo quem está no campo e incentivar a ampliação do crédito ao setor pelos bancos”, destacou ele.

Outro ponto importante da reunião foi a Resolução do Conselho Monetário Nacional (CMN) nº 5.247, que regulamenta a MP e define os critérios de elegibilidade para que municípios com perdas possam acessar a nova linha de crédito com recursos públicos. Com base nesses parâmetros, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), divulgará a lista dos 1.363 municípios aptos a participar.

Leia Também:  Mapa sedia exposição com o tema "Amendoim: Orgulho Nacional e Qualidade Certificada"

“Uma das nossas maiores preocupações era em relação à renegociação a juros livres, já que a MP 1.314 trata justamente da renegociação de dívidas. O ministro nos tranquilizou ao afirmar que as instituições financeiras não irão aplicar juros impraticáveis, garantindo condições que caibam no bolso do produtor”, enfatizou Machadinho.

Estiveram presentes na reunião o secretário de Política Agrícola do Mapa, Guilherme Campos; o diretor de Política de Financiamento ao Setor Agropecuário, Tiago Dahdah; e o assessor da senadora Professora Dorinha, Nelson Vieira Filho.

RELEMBRE A MEDIDA PROVISÓRIA

GARANTIA – A iniciativa prevê capacidade de alcançar cerca de 96% dos pequenos e médios agricultores que hoje estão inadimplentes ou com dívidas prorrogadas. “Nos últimos anos, secas prolongadas e fortes enchentes causaram grandes perdas aos agricultores, gerando dívidas e travando o crédito para a preparação da nova safra. Por isso, tomei a decisão de darmos mais uma garantia ao setor”, explicou o presidente. Dívidas não renegociadas podem travar o acesso ao Plano Safra, comprometer a produção de alimentos e a capacidade de moderação de preços no mercado.

CRITÉRIOS – Para aderir à renegociação, o produtor precisa comprovar perdas relevantes de safra nos últimos cinco anos e estar localizado em municípios que decretaram estado de calamidade ao menos duas vezes nesse período. O prazo de pagamento dos produtores será de até nove anos, com carência de um ano.

BENEFÍCIOS – O presidente Lula ressaltou que a medida gera benefícios para toda a população. “Com a medida, o produtor recupera crédito e volta a plantar com segurança. O consumidor ganha mais oferta de alimentos e preços mais estáveis, e o Brasil fortalece a agricultura, preserva empregos na cadeia produtiva do campo e aumenta a resiliência do país diante dos eventos climáticos. Tudo com responsabilidade e compromisso de cuidar e apoiar quem produz alimentos no Brasil”, destacou.

Leia Também:  Soja avança em Chicago com expectativa de menor área nos EUA, aponta USDA

COMO FUNCIONA – O financiamento das renegociações vem do Tesouro Nacional, que repassa os recursos para bancos públicos, privados e cooperativas de crédito, com o BNDES na estruturação. Serão R$ 12 bilhões em recursos diretos do Tesouro, além da entrada de aproximadamente R$ 20 bilhões em recursos próprios dos bancos, estimulados por incentivos tributários.

TAXAS DE JUROS – As taxas de juros serão bem mais baixas que as praticadas no mercado, variando conforme o porte do produtor: cerca de 6% ao ano para pequenos, 8% para médios e 10% para os demais. Os limites de crédito vão de R$ 250 mil no Pronaf até R$ 1,5 milhão no Pronamp e R$ 3 milhões para os demais produtores. A regulamentação das condições será definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), responsável por estabelecer os tetos e parâmetros finais. Já o risco de crédito será integralmente assumido pelas instituições financeiras, sem transferência para o Tesouro.

ESTÍMULOS – Na prática, a medida também cria estímulos para que os bancos renegociem dívidas com recursos próprios, o que deve ajudar a limpar as carteiras de crédito, reduzir a inadimplência e reabrir espaço para novas operações de financiamento no campo. Isso fortalece a agricultura nacional, garante estabilidade no abastecimento e ajuda a conter a inflação dos alimentos.

Informações à imprensa
[email protected]

Fonte: Ministério da Agricultura e Pecuária

COMENTE ABAIXO:
Continue Reading

politica

DISTRITO FEDERAL

BRASIL E MUNDO

ECONOMIA

ESPORTES

MAIS LIDAS DA SEMANA

Botão WhatsApp - Canal TI
Botão WhatsApp - Canal TI