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Exportações de café mantêm queda em setembro, mas preços seguem em alta

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As exportações brasileiras de café não torrado (café verde) apresentaram retração na 3ª semana de setembro de 2025, segundo dados divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) nesta segunda-feira (22).

A média diária embarcada foi de 9,227 toneladas nos 15 primeiros dias úteis do mês, uma queda de 20,3% em comparação com setembro de 2024, quando a média foi de 11,576 toneladas.

No acumulado parcial de setembro de 2025, o volume total exportado alcançou 138,413 milhões de toneladas, contra 243,101 milhões de toneladas em todo o mês de setembro do ano anterior.

Receita com café verde apresenta avanço diário

Apesar da queda nos embarques, o faturamento mostrou desempenho positivo. O total obtido com as exportações do grão somou US$ 822,749 milhões até a 3ª semana, ante US$ 1,071 bilhão em setembro de 2024.

No recorte diário, houve crescimento de 7,5% no faturamento médio, atingindo US$ 54,850 milhões, frente a US$ 51,005 milhões registrados na média de setembro de 2024.

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Preços do café verde em forte valorização

O preço médio do café não torrado também apresentou avanço expressivo. Nos 15 primeiros dias úteis de setembro de 2025, a cotação ficou em US$ 5.944,20 por tonelada, alta de 34,9% em relação ao valor médio de setembro de 2024, que havia sido de US$ 4.406,10.

Café torrado, extratos e concentrados seguem a mesma tendência

As exportações de café torrado, extratos, essências e concentrados também registraram queda em volume, mas avanço nos preços.

O faturamento médio diário foi de US$ 5,183 milhões na 3ª semana de setembro de 2025, alta de 0,5% sobre os US$ 5,158 milhões de setembro de 2024.

O valor total exportado até a 3ª semana somou US$ 77,754 milhões, abaixo dos US$ 108,326 milhões de todo o mês de setembro de 2024.

Redução no volume embarcado de café torrado

O volume exportado de café torrado e seus derivados chegou a 6,270 toneladas nos 15 primeiros dias úteis de setembro/25, frente a 10,344 toneladas em setembro/24. A média diária caiu para 418 toneladas, redução de 15,1% em relação às 492 toneladas registradas no mesmo período do ano passado.

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Valorização do café torrado impulsiona receita

O preço médio do café torrado foi de US$ 12.400,10 por tonelada até a 3ª semana de setembro, o que representa um avanço de 18,4% em comparação com setembro de 2024, quando o valor havia sido de US$ 10.471,90.

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

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AGRONEGÓCIO

Varejo alimentar cresce 4,5% em agosto impulsionado pelo aumento de preços, aponta pesquisa

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Uma pesquisa recente da Rock Encantech, com base em 160 milhões de transações, revela crescimento no varejo alimentar brasileiro em agosto, destacando o impacto dos preços e do comportamento dos consumidores nos resultados do setor.

Alta de 4,5% no varejo em agosto

O levantamento da Rock Encantech indica que o varejo alimentar registrou alta de 4,5% em agosto em comparação com julho. A análise por canais mostra resultados distintos:

  • Supermercados: crescimento de 3,7%, impulsionado pelo aumento de itens por carrinho (+5,9%) e do ticket médio (+4,4%), mesmo com queda de 1,3% na frequência de compras.
  • Atacarejos: avanço de 2,2%, resultado do crescimento na quantidade de produtos por compra (+1%), no ticket médio (+0,8%) e na frequência de idas às lojas (+1,8%).

Além disso, o Índice de Fidelidade e Engajamento do Varejo (IFEV) apresentou 108,7% nos atacarejos e 108,5% nos supermercados, indicando que shoppers fidelizados mantêm maior gasto médio que os não fidelizados.

Fatores que impulsionam o crescimento

Para Fernando Gibotti, vice-presidente de Varejo e Indústria da Rock Encantech, o aumento nos preços tem sido determinante para os resultados. “Apesar da sazonalidade de cinco fins de semana em agosto, que contribuiu para a frequência de compras, o crescimento do setor está diretamente ligado ao aumento do ticket médio”, afirma.

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Panorama histórico do varejo alimentar

Os resultados de agosto seguem a tendência de crescimento observada em julho, quando o setor avançou 4,8% em relação ao mês anterior:

  • Atacarejos cresceram 3,9%, puxados pelo aumento do gasto médio (+1,8%), frequência de visitas (+2,5%) e número de itens por compra (+0,4%).
  • Supermercados avançaram 3,3%, com crescimento no gasto médio (+0,8%) e frequência (+2,5%), mas queda de 1,1% na quantidade de itens por carrinho.

O comparativo anual também evidencia o efeito do aumento de preços: em agosto de 2025, frente a agosto de 2024, os supermercados cresceram 2,9% e os atacarejos recuaram 2,6%, mas o ticket médio e o gasto médio subiram em ambos os canais.

Análise e desafios para o setor

Segundo Gibotti, o desempenho do varejo não pode ser analisado apenas pelos percentuais de crescimento ou retração. “Fatores como inflação, reajustes, política e relações comerciais influenciam diretamente a forma como os produtos chegam ao shopper. Cada varejista precisa compreender o comportamento do consumidor e ajustar estratégias para lidar com imprevistos”, alerta.

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Perspectivas para os próximos meses

Com o crescimento sustentado e o impacto dos preços nos resultados, o setor deve continuar atento às tendências de consumo, ajustando estratégias de marketing, promoções e fidelização para manter o desempenho positivo.

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

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