O milho continua sendo a base da nutrição animal no Brasil, representando cerca de 70% das rações produzidas para diversas espécies, segundo o Sindicato Nacional da Indústria de Alimentação Animal (Sindirações). Para 2025, a entidade projeta a produção de 94 milhões de toneladas de rações e concentrados, crescimento de 3% em relação ao ano passado.
O avanço acompanha a safra de milho, que deve alcançar 137,6 milhões de toneladas no ciclo 2024/25, aumento de 2,9% sobre o ciclo anterior. Esse cenário reforça a disponibilidade de insumos proteicos e energéticos, como DDG (grãos secos de destilaria com solúveis) e WDG (grãos úmidos), utilizados na alimentação animal.
Melhoramento genético impulsiona rendimento e sustentabilidade
Segundo José Flávio Silva, gerente de Pesquisa da TMG — Tropical Melhoramento & Genética, o crescimento da produtividade está diretamente ligado ao melhoramento genético de híbridos de milho. “O uso de híbridos geneticamente melhorados garante maior rendimento no campo. Além disso, os coprodutos do etanol aumentam a disponibilidade de insumos para rações, impactando diretamente o ganho de peso e a eficiência de conversão alimentar dos animais”, afirma.
O especialista destaca que o melhoramento genético gera benefícios econômicos e ambientais, otimizando recursos naturais e reduzindo custos, ao mesmo tempo em que sustenta a produção de carne, leite e ovos, consolidando o Brasil como líder global em exportação de proteína animal.
Adaptação climática garante estabilidade produtiva
A inovação genética também contribui para a resiliência das lavouras, permitindo adaptação a diferentes condições de solo e clima. “Plantas melhoradas garantem abastecimento contínuo e seguro de insumos para a cadeia animal, mesmo em anos de adversidades climáticas”, explica Silva.
Novos híbridos prometem ganhos consistentes de produtividade
O Programa de Melhoramento de Híbridos de Milho da TMG foi iniciado em 2013, focando em soluções adaptadas às condições brasileiras. O primeiro híbrido foi lançado em 2022, e para a segunda safra de 2025, a empresa apresentará três novos híbridos com tecnologia Agrisure Viptera3, oferecendo maior tolerância a pragas e ganhos consistentes de produtividade, elevando a rentabilidade do produtor de forma sustentável.
Até 2031, a TMG planeja investir R$ 2 bilhões em P&D nas culturas de soja, milho e algodão, aplicando tecnologias como drones e automação, que permitem mais precisão no melhoramento genético e aceleram a oferta de híbridos com produtividade, estabilidade e adaptação às diversas condições de clima e solo no Brasil.
Fonte: Portal do Agronegócio
Fonte: Portal do Agronegócio