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Mercado do trigo em baixa: oportunidade para moinhos e desafios para produtores

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O mercado do trigo segue pressionado tanto no cenário nacional quanto internacional, com quedas nos preços que oferecem oportunidades estratégicas para moinhos, mas impõem desafios aos produtores. A tendência de baixa deve permanecer até que o consumo global reduza os estoques, destacam especialistas.

Preços internacionais e brasileiros em queda

Segundo a TF Agroeconômica, os preços do trigo permanecem pressionados devido à oferta abundante no Hemisfério Norte e à boa safra no Hemisfério Sul. A diminuição da demanda chinesa, a forte produção na Austrália e Argentina, além da retração nas exportações dos EUA, mantém a tendência de queda.

No Brasil, o início da colheita no Paraná e no Rio Grande do Sul reforça a pressão sobre os valores domésticos. Entre 8 e 14 de agosto, os preços no Rio Grande do Sul ficaram em R$ 70,00 por saco, e no Paraná, R$ 75,00, segundo a Central Internacional de Análises Econômicas e de Estudos de Mercado Agropecuário (Ceema).

O Cepea confirma a tendência: em agosto, os valores médios por tonelada apresentaram recuos em todas as regiões avaliadas. No Rio Grande do Sul, a média caiu 2% em relação a julho e 12,2% frente a agosto de 2024; no Paraná, houve queda de 2,9% no comparativo mensal e 9,4% no anual. Em São Paulo, a redução foi de 4,6% e 12,6%, e em Santa Catarina, de 0,6% e 7,6%, respectivamente.

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Estratégias para moinhos e produtores

Para os moinhos com capacidade de compra, o momento é considerado favorável para adquirir o trigo físico de forma escalonada, aproveitando a baixa antes de uma provável alta futura. Já os produtores que precisam de caixa imediato podem optar por vendas antecipadas, considerando que os preços no Brasil e na Argentina podem continuar caindo até dezembro.

Especialistas recomendam acompanhamento constante das cotações em Chicago e planejamento de compras graduais, mesmo para quem possui armazenamento limitado. A gestão estratégica nesse período pode garantir vantagens quando a entressafra do Hemisfério Norte reduzir a oferta global e impulsionar os preços.

Produção e desafios no Rio Grande do Sul

O plantio no Rio Grande do Sul registrou redução de 9%, totalizando 1,2 milhão de hectares, impactado pelo alto custo de produção, incertezas climáticas e dificuldade de acesso a crédito. Na região de Passo Fundo, a Emater aponta que o investimento médio na lavoura é de R$ 4.000,00 por hectare, equivalente a mais de 60 sacos/ha, com potencial de produção entre 70 e 80 sacos/ha, dependendo do clima.

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Os preços variam conforme a qualidade do grão: trigos com PH acima de 78 recebem valores de mercado entre R$ 69,00 e R$ 70,00 por saco, enquanto os abaixo de 75 podem ser vendidos por cerca de R$ 40,00, destinados à ração.

Uma novidade para 2025 é a possibilidade de destinar parte da produção à indústria de etanol. Em Passo Fundo, a fábrica da Be8 deve absorver grãos fora do padrão exigido pelos moinhos, com preços entre R$ 50,00 e R$ 60,00 para PH abaixo de 70.

Perspectivas e oportunidades

Apesar dos desafios, o trigo mantém relevância no sistema produtivo brasileiro, contribuindo para a cobertura do solo, controle de plantas daninhas e preparação da terra para o cultivo de verão. Para moinhos e produtores com capacidade de planejamento e armazenamento, o cenário de baixa oferece oportunidade de se posicionar estrategicamente, aproveitando preços mais baixos antes da alta que pode ocorrer durante a entressafra global.

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

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Zoetis reforça cuidados estratégicos na entrada de confinamento para aumentar saúde e produtividade do gado

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A entrada no confinamento é um dos períodos mais críticos da pecuária de corte intensiva. Nessa fase, os bovinos enfrentam desafios como transporte, mudança de ambiente, formação de novos lotes e transição para dietas ricas em concentrados. Todos esses fatores exigem atenção redobrada dos produtores para garantir a saúde, o bem-estar e o desempenho zootécnico desde os primeiros dias.

Manejo estratégico é essencial para proteção e desempenho

Para que o confinamento alcance seu potencial produtivo, o manejo de entrada deve ser conduzido de forma estratégica, com protocolos sanitários e nutricionais bem definidos. A avaliação clínica dos animais na chegada permite identificar desvios de escore corporal, sinais de doenças e outras condições que possam comprometer a performance futura.

Principais desafios sanitários na fase de entrada

Entre os riscos mais relevantes estão:

  • Doença Respiratória Bovina (DRB): causa mortalidade e redução de ganho de peso; estudos indicam perdas médias de 14 kg em animais acometidos, chegando a 23 kg em lotes acompanhados por 28 dias, impactando eficiência alimentar, tempo de permanência e rentabilidade.
  • Doença de casco: compromete a locomoção, reduz consumo de ração e afeta o bem-estar geral.
  • Verminose e coccidiose: prejudicam o trato gastrointestinal, reduzindo desenvolvimento e aumentando custos de produção.
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Confinamento Protegido: prevenção desde o primeiro dia

Para reduzir riscos, a Zoetis apresenta o conceito de Confinamento Protegido, que prioriza a proteção do rebanho logo na entrada do sistema intensivo. Por meio de protocolos sanitários estratégicos, os bovinos mantêm saúde e bem-estar, podendo expressar todo o seu potencial genético de ganho de peso, aumentando produtividade e rentabilidade.

“Cada detalhe na fase de entrada faz diferença no desempenho final do lote. Protocolos preventivos bem estruturados protegem contra os principais desafios sanitários, reduzindo perdas e permitindo que os animais expressem todo seu potencial produtivo. Prevenir antes da entrada é a chave para transformar saúde em rentabilidade”, afirma Daniel Miranda, Gerente de Produto da linha de terminação de bovinos da Zoetis.

Soluções Zoetis para fase crítica de confinamento

Entre as ferramentas destacadas:

  • Cydectin®: endectocida à base de moxidectina, controla parasitas internos e externos com ação prolongada e amplo espectro.
  • Bovishield Gold One Shot®: vacina que protege contra os principais agentes do complexo da DRB.
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Benefícios de protocolos de entrada bem estruturados

Investir em protocolos preventivos garante:

  • Adaptação eficiente ao confinamento
  • Potencialização do ganho médio diário
  • Melhor conversão alimentar
  • Redução de perdas ao longo do ciclo
  • Maior retorno sobre o investimento

“Quando o produtor inicia o confinamento com foco em prevenção, ele não apenas assegura resultados econômicos, mas também contribui para uma pecuária mais eficiente, sustentável e preparada para os desafios futuros”, conclui Daniel Miranda.

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

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