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Mercados acionários da China encerram com variações discretas; expectativas de estímulos impulsionam setor

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Os principais índices acionários da China e de Hong Kong apresentaram resultados praticamente estáveis nesta quarta-feira, com a realização de lucros após a recente valorização das ações de tecnologia sendo contrabalançada pelas expectativas de impacto positivo das novas medidas de estímulo à economia implementadas por Pequim.

O índice CSI300, que reúne as maiores empresas listadas em Xangai e Shenzhen, registrou um leve avanço de 0,06%, enquanto o índice SSEC, da Bolsa de Xangai, apresentou uma queda de 0,1%. Por sua vez, o índice Hang Seng, de Hong Kong, fechou com alta de 0,12%.

De acordo com operadores do Morgan Stanley, a semana passada foi marcada pela primeira realização significativa de lucros por parte de hedge funds na região desde o início da recuperação das ações. Embora esses fundos tenham reduzido substancialmente suas posições em ações chinesas desde janeiro, cerca de 30% dos fluxos de entrada em ações de Hong Kong ainda não foram revertidos.

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As ações das empresas de inteligência artificial na China apresentaram queda de 2%, enquanto o índice de tecnologia de Hong Kong registrou recuo de 1,1%. Por outro lado, os papéis da Xiaomi, terceira maior fabricante de smartphones do mundo, subiram 0,7%, após a empresa anunciar um crescimento de quase 50% em sua receita no quarto trimestre, superando as expectativas dos analistas. A Xiaomi também elevou sua meta de entregas de veículos elétricos.

Jacqueline Rong, economista-chefe do BNP Paribas para a China, destacou que, após um início forte em 2025, espera-se que o ímpeto de crescimento da China diminua, devido ao impacto das tarifas dos Estados Unidos e ao esfriamento dos efeitos dos estímulos estatais.

Na semana anterior, o governo chinês divulgou um plano de ação para impulsionar o consumo interno, incluindo medidas como aumento da renda da população e a criação de um esquema de subsídios para serviços infantis. Apesar de considerar que o estímulo é um passo na direção certa, Rong avaliou que a maior parte das políticas terá um impacto marginal.

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No cenário asiático, o índice Nikkei, de Tóquio, recuou 0,25%, fechando aos 37.751 pontos, enquanto o índice KOSPI de Seul teve uma valorização de 0,62%, a 2.628 pontos. O índice TAIEX de Taiwan registrou uma queda de 1,40%, a 21.960 pontos, enquanto o índice Straits Times de Cingapura subiu 0,34%, a 3.908 pontos. Em Sydney, o índice S&P/ASX 200 teve uma leve desvalorização de 0,41%, fechando aos 7.828 pontos.

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

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Ministro Carlos Fávaro recebe representantes da ABCZ e Aprosoja Brasil para diálogo sobre medidas de apoio aos produtores rurais

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O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, recebeu nesta quinta-feira (25) o diretor de Relações Governamentais da Associação dos Criadores de Zebu (ABCZ), Romildo Machadinho, e o diretor executivo da Aprosoja Brasil, Fabrício Rosa, para dialogar sobre o detalhamento da Medida Provisória (MP) nº 1.314/2025, anunciada pelo Governo Federal, para a renegociação de dívidas de produtores rurais prejudicados por secas e enchentes nos últimos anos.

A medida prevê R$ 12 bilhões em recursos, com a expectativa de beneficiar até 100 mil produtores rurais, em especial pequenos e médios agricultores. Também autoriza as instituições financeiras a abrirem, em 2025 e 2026, linhas próprias de crédito rural com recursos livres, ampliando as possibilidades de renegociação de dívidas. O objetivo é dar fôlego ao setor produtivo, com atenção especial aos agricultores enquadrados no Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) e no Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp).

O ministro Fávaro aproveitou a oportunidade para explicar a medida e enfatizar a importância da iniciativa para apoiar os produtores. “Uma medida fundamental para a continuidade do desempenho do setor no Brasil, porque ela tem dois objetivos muito claros: apoiar a produção agropecuária nas regiões afetadas, fortalecendo quem está no campo e incentivar a ampliação do crédito ao setor pelos bancos”, destacou ele.

Outro ponto importante da reunião foi a Resolução do Conselho Monetário Nacional (CMN) nº 5.247, que regulamenta a MP e define os critérios de elegibilidade para que municípios com perdas possam acessar a nova linha de crédito com recursos públicos. Com base nesses parâmetros, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), divulgará a lista dos 1.363 municípios aptos a participar.

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“Uma das nossas maiores preocupações era em relação à renegociação a juros livres, já que a MP 1.314 trata justamente da renegociação de dívidas. O ministro nos tranquilizou ao afirmar que as instituições financeiras não irão aplicar juros impraticáveis, garantindo condições que caibam no bolso do produtor”, enfatizou Machadinho.

Estiveram presentes na reunião o secretário de Política Agrícola do Mapa, Guilherme Campos; o diretor de Política de Financiamento ao Setor Agropecuário, Tiago Dahdah; e o assessor da senadora Professora Dorinha, Nelson Vieira Filho.

RELEMBRE A MEDIDA PROVISÓRIA

GARANTIA – A iniciativa prevê capacidade de alcançar cerca de 96% dos pequenos e médios agricultores que hoje estão inadimplentes ou com dívidas prorrogadas. “Nos últimos anos, secas prolongadas e fortes enchentes causaram grandes perdas aos agricultores, gerando dívidas e travando o crédito para a preparação da nova safra. Por isso, tomei a decisão de darmos mais uma garantia ao setor”, explicou o presidente. Dívidas não renegociadas podem travar o acesso ao Plano Safra, comprometer a produção de alimentos e a capacidade de moderação de preços no mercado.

CRITÉRIOS – Para aderir à renegociação, o produtor precisa comprovar perdas relevantes de safra nos últimos cinco anos e estar localizado em municípios que decretaram estado de calamidade ao menos duas vezes nesse período. O prazo de pagamento dos produtores será de até nove anos, com carência de um ano.

BENEFÍCIOS – O presidente Lula ressaltou que a medida gera benefícios para toda a população. “Com a medida, o produtor recupera crédito e volta a plantar com segurança. O consumidor ganha mais oferta de alimentos e preços mais estáveis, e o Brasil fortalece a agricultura, preserva empregos na cadeia produtiva do campo e aumenta a resiliência do país diante dos eventos climáticos. Tudo com responsabilidade e compromisso de cuidar e apoiar quem produz alimentos no Brasil”, destacou.

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COMO FUNCIONA – O financiamento das renegociações vem do Tesouro Nacional, que repassa os recursos para bancos públicos, privados e cooperativas de crédito, com o BNDES na estruturação. Serão R$ 12 bilhões em recursos diretos do Tesouro, além da entrada de aproximadamente R$ 20 bilhões em recursos próprios dos bancos, estimulados por incentivos tributários.

TAXAS DE JUROS – As taxas de juros serão bem mais baixas que as praticadas no mercado, variando conforme o porte do produtor: cerca de 6% ao ano para pequenos, 8% para médios e 10% para os demais. Os limites de crédito vão de R$ 250 mil no Pronaf até R$ 1,5 milhão no Pronamp e R$ 3 milhões para os demais produtores. A regulamentação das condições será definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), responsável por estabelecer os tetos e parâmetros finais. Já o risco de crédito será integralmente assumido pelas instituições financeiras, sem transferência para o Tesouro.

ESTÍMULOS – Na prática, a medida também cria estímulos para que os bancos renegociem dívidas com recursos próprios, o que deve ajudar a limpar as carteiras de crédito, reduzir a inadimplência e reabrir espaço para novas operações de financiamento no campo. Isso fortalece a agricultura nacional, garante estabilidade no abastecimento e ajuda a conter a inflação dos alimentos.

Informações à imprensa
[email protected]

Fonte: Ministério da Agricultura e Pecuária

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