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Preços do frango sobem no mercado interno e exportações mantêm ritmo positivo

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O mercado brasileiro de carne de frango registrou avanços nos preços ao longo da última semana, tanto no mercado vivo quanto no atacado. Segundo o analista da Safras & Mercado, Allan Maia, a valorização foi consequência de uma oferta mais ajustada frente à demanda.

Além disso, cresce a expectativa com a chegada de uma delegação chinesa ao Brasil na próxima semana, que deve avaliar a possível retomada das exportações para o país asiático.

Custos de produção favorecem margens

De acordo com Maia, os custos com nutrição animal permanecem em níveis favoráveis, o que contribui para margens positivas dos produtores. A demanda interna também segue firme, especialmente pela competitividade da carne de frango em relação às proteínas concorrentes, como bovina e suína.

Cotações do frango no atacado e na distribuição

O levantamento semanal da Safras & Mercado mostrou reajustes nos preços dos cortes congelados e resfriados de frango no mercado paulista:

  • Congelados – Atacado/SP:
    • Peito: de R$ 9,70 para R$ 9,90/kg
    • Coxa: de R$ 6,90 para R$ 7,30/kg
    • Asa: de R$ 9,90 para R$ 10,80/kg
  • Congelados – Distribuição/SP:
    • Peito: de R$ 9,90 para R$ 10,00/kg
    • Coxa: de R$ 7,10 para R$ 7,50/kg
    • Asa: de R$ 10,10 para R$ 11,00/kg
  • Resfriados – Atacado/SP:
    • Peito: de R$ 9,80 para R$ 10,00/kg
    • Coxa: de R$ 7,00 para R$ 7,40/kg
    • Asa: de R$ 10,00 para R$ 10,90/kg
  • Resfriados – Distribuição/SP:
    • Peito: de R$ 10,00 para R$ 10,10/kg
    • Coxa: de R$ 7,20 para R$ 7,60/kg
    • Asa: de R$ 10,20 para R$ 11,10/kg
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Preços regionais do frango vivo

As principais praças de comercialização do país também registraram alta no preço do frango vivo:

  • Minas Gerais: de R$ 5,35 para R$ 5,75/kg
  • São Paulo: de R$ 5,70 para R$ 6,20/kg
  • Mato Grosso do Sul: de R$ 5,30 para R$ 5,70/kg
  • Goiás: de R$ 5,30 para R$ 5,70/kg
  • Distrito Federal: de R$ 5,35 para R$ 5,75/kg
  • Pernambuco: de R$ 5,80 para R$ 7,00/kg
  • Ceará: de R$ 6,00 para R$ 7,50/kg
  • Pará: de R$ 6,15 para R$ 7,25/kg

Já nas integrações, os preços permaneceram estáveis: Santa Catarina (R$ 4,75/kg), Oeste do Paraná (R$ 4,90/kg) e Rio Grande do Sul (R$ 4,75/kg).

Exportações seguem em crescimento

Os embarques de carne de aves e miudezas comestíveis (frescas, refrigeradas ou congeladas) somaram US$ 415,1 milhões em setembro (até o dia 13, com 10 dias úteis).

  • Volume exportado: 234,4 mil toneladas
  • Média diária: 23,4 mil toneladas
  • Preço médio da tonelada: US$ 1.771

Na comparação com setembro de 2024, houve alta de 0,7% no valor médio diário e crescimento de 9,1% no volume médio diário exportado, embora com queda de 7,7% no preço médio.

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Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

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Ministro Carlos Fávaro recebe representantes da ABCZ e Aprosoja Brasil para diálogo sobre medidas de apoio aos produtores rurais

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O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, recebeu nesta quinta-feira (25) o diretor de Relações Governamentais da Associação dos Criadores de Zebu (ABCZ), Romildo Machadinho, e o diretor executivo da Aprosoja Brasil, Fabrício Rosa, para dialogar sobre o detalhamento da Medida Provisória (MP) nº 1.314/2025, anunciada pelo Governo Federal, para a renegociação de dívidas de produtores rurais prejudicados por secas e enchentes nos últimos anos.

A medida prevê R$ 12 bilhões em recursos, com a expectativa de beneficiar até 100 mil produtores rurais, em especial pequenos e médios agricultores. Também autoriza as instituições financeiras a abrirem, em 2025 e 2026, linhas próprias de crédito rural com recursos livres, ampliando as possibilidades de renegociação de dívidas. O objetivo é dar fôlego ao setor produtivo, com atenção especial aos agricultores enquadrados no Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) e no Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp).

O ministro Fávaro aproveitou a oportunidade para explicar a medida e enfatizar a importância da iniciativa para apoiar os produtores. “Uma medida fundamental para a continuidade do desempenho do setor no Brasil, porque ela tem dois objetivos muito claros: apoiar a produção agropecuária nas regiões afetadas, fortalecendo quem está no campo e incentivar a ampliação do crédito ao setor pelos bancos”, destacou ele.

Outro ponto importante da reunião foi a Resolução do Conselho Monetário Nacional (CMN) nº 5.247, que regulamenta a MP e define os critérios de elegibilidade para que municípios com perdas possam acessar a nova linha de crédito com recursos públicos. Com base nesses parâmetros, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), divulgará a lista dos 1.363 municípios aptos a participar.

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“Uma das nossas maiores preocupações era em relação à renegociação a juros livres, já que a MP 1.314 trata justamente da renegociação de dívidas. O ministro nos tranquilizou ao afirmar que as instituições financeiras não irão aplicar juros impraticáveis, garantindo condições que caibam no bolso do produtor”, enfatizou Machadinho.

Estiveram presentes na reunião o secretário de Política Agrícola do Mapa, Guilherme Campos; o diretor de Política de Financiamento ao Setor Agropecuário, Tiago Dahdah; e o assessor da senadora Professora Dorinha, Nelson Vieira Filho.

RELEMBRE A MEDIDA PROVISÓRIA

GARANTIA – A iniciativa prevê capacidade de alcançar cerca de 96% dos pequenos e médios agricultores que hoje estão inadimplentes ou com dívidas prorrogadas. “Nos últimos anos, secas prolongadas e fortes enchentes causaram grandes perdas aos agricultores, gerando dívidas e travando o crédito para a preparação da nova safra. Por isso, tomei a decisão de darmos mais uma garantia ao setor”, explicou o presidente. Dívidas não renegociadas podem travar o acesso ao Plano Safra, comprometer a produção de alimentos e a capacidade de moderação de preços no mercado.

CRITÉRIOS – Para aderir à renegociação, o produtor precisa comprovar perdas relevantes de safra nos últimos cinco anos e estar localizado em municípios que decretaram estado de calamidade ao menos duas vezes nesse período. O prazo de pagamento dos produtores será de até nove anos, com carência de um ano.

BENEFÍCIOS – O presidente Lula ressaltou que a medida gera benefícios para toda a população. “Com a medida, o produtor recupera crédito e volta a plantar com segurança. O consumidor ganha mais oferta de alimentos e preços mais estáveis, e o Brasil fortalece a agricultura, preserva empregos na cadeia produtiva do campo e aumenta a resiliência do país diante dos eventos climáticos. Tudo com responsabilidade e compromisso de cuidar e apoiar quem produz alimentos no Brasil”, destacou.

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COMO FUNCIONA – O financiamento das renegociações vem do Tesouro Nacional, que repassa os recursos para bancos públicos, privados e cooperativas de crédito, com o BNDES na estruturação. Serão R$ 12 bilhões em recursos diretos do Tesouro, além da entrada de aproximadamente R$ 20 bilhões em recursos próprios dos bancos, estimulados por incentivos tributários.

TAXAS DE JUROS – As taxas de juros serão bem mais baixas que as praticadas no mercado, variando conforme o porte do produtor: cerca de 6% ao ano para pequenos, 8% para médios e 10% para os demais. Os limites de crédito vão de R$ 250 mil no Pronaf até R$ 1,5 milhão no Pronamp e R$ 3 milhões para os demais produtores. A regulamentação das condições será definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), responsável por estabelecer os tetos e parâmetros finais. Já o risco de crédito será integralmente assumido pelas instituições financeiras, sem transferência para o Tesouro.

ESTÍMULOS – Na prática, a medida também cria estímulos para que os bancos renegociem dívidas com recursos próprios, o que deve ajudar a limpar as carteiras de crédito, reduzir a inadimplência e reabrir espaço para novas operações de financiamento no campo. Isso fortalece a agricultura nacional, garante estabilidade no abastecimento e ajuda a conter a inflação dos alimentos.

Informações à imprensa
[email protected]

Fonte: Ministério da Agricultura e Pecuária

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