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Manutenção preventiva do carro evita dor de cabeça e gera economia

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Dados mostram que revisões regulares reduzem gastos em até cem vezes

Motoristas brasileiros vão movimentar R$ 269,5 bilhões no setor de reparação automotiva este ano. O valor, projetado pelo Sindipeças, representa crescimento de 5% sobre os R$ 256,7 bilhões registrados em 2024. Mais de 72 milhões de veículos devem passar por oficinas ao longo do ano, segundo dados do portal Reparação Automotiva.

A conta é simples: uma troca de óleo preventiva sai por cerca de R$ 100. Ignorar o procedimento pode resultar em motor fundido, reparo que, dependendo da gravidade, pode chegar a R$ 10 mil. Essa proporção de 1 para 100 pode se repetir em outros componentes do veículo, porém, no geral, consertos emergenciais custam duas a três vezes mais que revisões programadas. 

O setor de reparação representa 2% do PIB nacional, e os investimentos devem alcançar R$ 7 bilhões este ano, alta de 9,4% ante os R$ 6,2 bilhões de 2024. Os recursos vão para modernização de oficinas, treinamento de profissionais e desenvolvimento de novas tecnologias de diagnóstico. Cerca de 41,8 milhões de unidades precisarão de algum tipo de serviço automotivo no próximo ano. O volume inclui automóveis, comerciais leves, caminhões, ônibus, motos e tratores, conforme o Sindipeças.

Pane custa caro para quem depende do carro para trabalhar

Superaquecimento, óleo vencido e bateria descarregada são capazes de interditar um carro. Motoristas que dependem do veículo para trabalhar perdem faturamento a cada hora parada. Quem possui veículo próprio precisa planejar esses gastos no orçamento. Já aqueles que optam pelo aluguel de carro para Uber em São Paulo, ou demais centros urbanos do país, transferem essas revisões para a locadora. 

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Para motoristas de aplicativo, um dia sem trabalhar pode significar centenas de reais de prejuízo. No mercado de locação veicular, popular nesse segmento, empresas como a Kovi absorvem esses custos de manutenção, oferecendo previsibilidade total de despesas para o motorista profissional.

Troca de óleo e revisão de pneus são campeões de procura

Troca de óleo, alinhamento, balanceamento e revisão de pneus lideram a lista de serviços mais procurados. Lanternagem e substituição de lâmpadas também entram nas estatísticas. Por ano, as concessionárias atendem 8,7 milhões de veículos, enquanto autocenters recebem 10,4 milhões. Oficinas independentes respondem pelo maior volume: 21,5 milhões de atendimentos.

A sazonalidade marca o setor. Janeiro registra o maior pico de demanda, com índice 21% acima da média anual. Mais de 4,1 milhões de veículos procuram oficinas logo no primeiro mês do ano. O índice de demanda atinge 1,210 em janeiro, caindo para 1,150 em fevereiro. Em março, a procura cai em 15%, marcando índice de 0,852. Junho e julho também registram picos de movimento.

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Descuido com manutenção pode render multa de trânsito

A Norma Brasileira NBR-5462 estabelece que a manutenção preventiva deve seguir intervalos predeterminados. Os fabricantes recomendam revisões a cada 10 a 15 mil quilômetros rodados ou seis meses, o que ocorrer primeiro. Os principais itens verificados são óleo do motor, pneus, freios, alinhamento e balanceamento.

Filtros obstruídos e pneus descalibrados elevam o consumo de combustível. Pneus desgastados comprometem a segurança e podem render multas, conforme regulamentação do Conselho Nacional de Trânsito. 

Luzes queimadas também geram infrações. Pastilhas de freio devem ser substituídas a cada 10 mil quilômetros, enquanto o fluido de freio precisa ser trocado anualmente. Postergar esses procedimentos danifica outros componentes do sistema, e um problema ignorado pode virar um reparo caro em pouco tempo.

No geral, o setor especializado elenca três tipos de manutenção. A preventiva antecipa problemas; a corretiva conserta depois que o problema apareceu; e a preditiva usa sensores e análises para prever falhas. Das três, a preventiva oferece melhor custo-benefício para a maioria dos motoristas. Veículos com manutenção em dia também valem mais na revenda ou no aluguel, com a diferença podendo chegar a 20% do valor total. 

 

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ECONOMIA

O que é gestão financeira proativa?

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Abordagem antecipada de problemas financeiros ganha força nas empresas brasileiras

A gestão financeira proativa se apresenta como estratégia para as empresas que buscam antecipar soluções para momentos de crise. Diferente das práticas convencionais, que agem após o surgimento dos problemas, a metodologia trabalha com prevenção, identificando sinais de alerta e criando mecanismos de proteção antes que as dificuldades se concretizem. 

A Fundação Instituto Administração (FIA) define a gestão financeira como “etapa obrigatória para alcançar objetivos que dependem de dinheiro”. No contexto corporativo, destaca que, sem ela, “as empresas flertam perigosamente com o prejuízo e, no médio e longo prazo, com a falência total.” 

A abordagem proativa possibilita a projeção de cenários, inclusive os adversos, com o propósito de estabelecer um planejamento com a orientação sobre as medidas a serem tomadas. Para isso, o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) defende que é necessária a mudança cultural da empresa.

A cultura de uma organização pode ser compreendida como conjunto de práticas, valores e comportamentos que refletem como uma empresa se conduz, como informa o Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC).

 

Para o Sebrae, a gestão financeira proativa exige que as lideranças deixem de lado uma postura reativa e assumam um papel de monitoramento e prevenção. Dessa forma, o trabalho deve focar em planejamento, controle e análise contínua das atividades financeiras do negócio.

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Na prática, a empresa pode se antecipar sobre como será a sua atuação em um cenário de retração do mercado interno, por exemplo. Por meio da gestão financeira proativa, é possível pensar alternativas para garantir os resultados diante desse contexto. E para cada medida pensada, estabelecer um plano de ação.

Nesse mesmo exemplo, se a empresa opta pela internacionalização dos negócios para não depender exclusivamente do mercado interno, o plano de ação dessa medida deve incluir desde uma avaliação sobre por que abrir uma conta internacional em uma instituição financeira até uma pesquisa de mercado sobre demanda, oferta e público-alvo, passando também pelo conhecimento das regras para exportação.

Como implementar a gestão proativa

A implantação de uma gestão financeira proativa inclui quatro pilares: planejamento, controle, análise e investimento, como informa a FIA. Para planejar é preciso conhecer muito bem a realidade do negócio, o que inclui não só as finanças, mas também a rotina operacional para entender os custos existentes. 

Já o controle deve ser realizado diariamente por meio do gerenciamento dos fluxos de capital. Além do acompanhamento de entradas e saídas do fluxo de caixa, é necessária a conciliação bancária para ver se a apuração coincide com o saldo da conta, orienta a FIA.

A análise consiste na compreensão dos dados financeiros e das movimentações a fim de garantir maior embasamento para as decisões. O investimento consolida todo esse planejamento e deve incluir a adoção de tecnologias que facilitem todo o processo.

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Ferramentas

Uma boa gestão financeira exige a sincronia entre os setores de compras, comercial, contas a pagar e a receber e o controle da produção. Para essa integração, ferramentas tecnológicas, como tag de cobrança automática, podem ser utilizadas para otimizar processos de pagamento e reduzir riscos operacionais.

Outra ferramenta que pode facilitar o processo é o Demonstrativo de Resultados (DRE), que detalha receitas, despesas, ganhos e perdas de um determinado período. Já os sistemas ERP (Enterprise Resource Planning) conseguem automatizar grande parte dos processos financeiros que antes demandavam horas de trabalho manual, desde o lançamento de notas fiscais até a conciliação bancária.

Benefícios

De acordo com o Sebrae, a proatividade na gestão financeira pode trazer muitos benefícios para os negócios. Ao ter uma visão ampla da saúde do negócio e se antecipar a possíveis momentos de dificuldade, que podem incluir não apenas crises econômicas, como também a própria sazonalidade de alguns negócios, a empresa identifica desperdícios, se prepara para superar momentos de dificuldade e consolida uma boa reputação no mercado, o que é capaz de atrair o interesse de clientes e investidores.

 

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