Com o tema central “a segurança transfronteiriça diante do crime organizado transnacional”, a Cúpula é promovida pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e acontece em coordenação com o Ministério da Segurança Nacional da Argentina.   

O encontro reúne ministros da justiça e da segurança da região, bem como representantes de países não regionais membros do BID, parceiros estratégicos e atores-chave, com o objetivo de fortalecer alianças, compartilhar experiências e definir um plano de ação conjunto até 2026.  

Durante o evento, serão abordadas questões cruciais como a persecução penal eficaz, o fortalecimento institucional e a cooperação internacional, construindo assim uma agenda mais coordenada, abrangente e sustentável para enfrentar os desafios comuns da região.  

O secretário Nacional de Segurança Pública (Senasp), do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), Mario Sarrubbo, participou, na tarde de hoje (8), do Painel Processo judicial estratégico: fortalecendo as capacidades para reduzir a impunidade e desmantelar as redes criminosas. Ele destacou que a importância da segurança transfronteiriça e as ameaças comuns devem ser soluções compartilhadas para combater o crime organizado, que é transnacional.   

“Esse é um encontro muito positivo, pois se discute estratégias para ações integradas e alterações legislativas, que podem fazer diferença no combate à criminalidade organizada transnacional. Por outro lado, não podemos desprezar nunca as oportunidades que temos de conhecer bons projetos e de apresentar o que o Brasil tem nesse campo para os outros países da América Latina e Caribe”, declarou Mario Sarrubbo.  

Cúpula Regional de Segurança Cidadã  

A América Latina e o Caribe concentram alguns dos mais altos índices de violência letal do mundo, ao mesmo tempo em que experimenta uma crescente diversificação e sofisticação dos grupos criminosos organizados. Esses fenômenos têm um impacto profundo na coesão social, no desenvolvimento econômico e na confiança do público nas instituições públicas.  

Diante dessa situação, é essencial fortalecer as respostas institucionais dos Estados, com abordagens mais coordenadas, abrangentes e baseadas em evidências. A natureza cada vez mais transnacional e diversificada das economias ilícitas, bem como dos crimes relacionados, como o tráfico de pessoas, a lavagem de dinheiro e o recrutamento de crianças, exige uma resposta coordenada entre os diferentes atores estatais envolvidos na prevenção, investigação, acusação e punição de crimes, bem como uma cooperação regional mais estreita.  

A Aliança para Segurança, Justiça e Desenvolvimento, lançada em dezembro de 2024 e com a participação de 22 países da região e 11 aliados estratégicos, busca fornecer respostas coordenadas ao crime organizado.  

A Cúpula Regional sobre Segurança Cidadã e Justiça tem como objetivo gerar um espaço de diálogo, troca de experiências, fortalecimento de alianças e definição de ações conjuntas entre atores do setor de segurança e justiça e outros setores estratégicos da América Latina e do Caribe e parceiros globais.  

Nesse contexto, a Cúpula está estruturada em torno de quatro áreas que foram identificadas como prioritárias: persecução penal eficaz para responder ao crime organizado; cooperação transfronteiriça e segurança nas fronteiras; estratégias abrangentes contra a lavagem de dinheiro e os mercados ilícitos; e proteção de populações vulneráveis no contexto do crime organizado.

Fonte: Ministério da Justiça e Segurança Pública