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Tecnologia fortalece compliance no mercado financeiro

Pesquisa da Grant Thornton revela que 63% das empresas brasileiras sofreram fraudes no último ano; integração entre tecnologia, auditoria e governança é caminho para enfrentar o problema com mais eficiência

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Tecnologia fortalece compliance no mercado financeiro

As fraudes corporativas seguem como uma das maiores ameaças à integridade e à estabilidade financeira das empresas no Brasil. Segundo a pesquisa Diagnóstico das Fraudes no Brasil, realizada pela Grant Thornton, 63% das empresas relataram ter identificado ao menos um caso de fraude nos últimos 12 meses — sendo a maioria motivada por ganhos financeiros (73%) e oportunidades geradas por falhas nos controles internos (94%).

Diante desse cenário, o uso estratégico da tecnologia e da inteligência de dados tem se mostrado um dos caminhos mais eficazes para o fortalecimento da área de compliance, especialmente no mercado financeiro — um dos mais regulamentados e sensíveis a riscos.

“Fraudes não são eventos isolados. Elas refletem lacunas sistêmicas nas estruturas de controle e na cultura organizacional”, afirma Alessandro Gratão, líder de Serviços Forenses da Grant Thornton Brasil. “A tecnologia é uma aliada essencial na detecção precoce de comportamentos atípicos e na resposta a incidentes. Mas isso só funciona quando há uma governança forte por trás, com processos bem definidos e dados confiáveis”, completa.

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A pesquisa mostra que os departamentos de Compras, Tesouraria, Contas a Pagar, Faturamento e Estoque são os mais vulneráveis, e que a maioria das fraudes (47%) foi cometida por pessoas em cargos de liderança, com acesso privilegiado a informações críticas. Em 59% dos casos, a fraude só foi descoberta após denúncia — evidência clara de que os controles automatizados ainda são insuficientes em muitas organizações.

Nesse contexto, Elias Zoghbi, líder da GT Digital e da Indústria Financeira da Grant Thornton Brasil, destaca que o mercado financeiro tem uma oportunidade única de liderar essa transformação. “O setor já nasce orientado por dados e normas regulatórias. O desafio, agora, é integrar inteligência artificial, análise preditiva e auditoria contínua como parte do processo decisório e do monitoramento de riscos em tempo real.”

Zoghbi ressalta que o uso de IA e automação não se limita à segurança cibernética. “Estamos falando de ferramentas que ajudam a antecipar riscos, cruzar informações de diferentes fontes e entregar relatórios de conformidade mais assertivos aos comitês e conselhos. A governança digital precisa ser parte da estratégia de negócio”, afirma.

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A pesquisa da Grant Thornton aponta que somente 38% das empresas utilizam tecnologias para captação e gestão de denúncias, enquanto o uso de monitoramento contínuo e análise de big data ainda é incipiente — aplicado por 15% e 6% das empresas, respectivamente. Cerca de 30% dos respondentes afirmaram não utilizar nenhum tipo de tecnologia nas ações de prevenção e monitoramento de fraudes.

Para Gratão, o momento exige uma virada de chave: “Ainda existe resistência orçamentária, mas os prejuízos com fraudes e os danos reputacionais podem ser devastadores. Investir em mecanismos de prevenção, investigação e responsabilização não é mais opcional, é uma medida de sobrevivência no mercado.”

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Neurociência reforça gestão de equipes em ambientes de saúde

Estudo do comportamento explica como cérebro e emoções influenciam decisões e produtividade das equipes. Leila Bonadeo, diretora de Operações e Serviços do Grupo Maestria, aponta características da estratégia de liderança emocionalmente inteligente

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Neurociência reforça gestão de equipes em ambientes de saúde

A neurociência comportamental estuda como o cérebro e o sistema nervoso influenciam o comportamento humano, incluindo cognição, emoções, memória, aprendizagem e motivação. O estudo integra disciplinas como psicologia, biologia, genética, farmacologia e ciência cognitiva e tem aplicações em áreas como educação, saúde, economia e gestão organizacional.

A Federação Brasileira dos Administradores (FEBRAD) aponta que a aplicação de conhecimentos da neurociência na gestão é essencial para aumentar a eficácia das equipes. De acordo com a entidade, líderes que compreendem os mecanismos cerebrais conseguem tomar decisões mais assertivas, melhorar a comunicação e gerenciar melhor o estresse, promovendo um ambiente de trabalho mais produtivo e equilibrado.

Leila Bonadeo, mestre e especialista em gestão empresarial, certificada em liderança, coach de equipes, pós-graduanda em neurociência e produtividade aplicada a negócios, diretora de Operações e Serviços da empresa de gestão e terceirização de profissionais de saúde do Grupo Maestria, enfatiza que a aplicabilidade da neurociência no exercício da gestão de equipes é uma ferramenta para o desenvolvimento de líderes mais eficazes, conscientes e empáticos.

“Com este conhecimento, é possível desenvolver autocontrole emocional, fundamental para tomar decisões mais racionais e menos impulsivas, com abertura a feedbacks e aprendizado contínuo, além de e contribuir para a compreensão de como o cérebro reage ao estresse, à pressão e às emoções intensas”, afirma a especialista.

Um levantamento da McKinsey, feito com CEOs de empresas da África, Ásia, Europa e Oriente Médio, mostra que líderes enfrentam desafios na gestão de equipes como equilibrar o desempenho individual com o coletivo, empoderar os liderados enquanto mantém o controle dos resultados e confiança para delegar responsabilidades e decisões cotidianas.

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Bonadeo pontua que o trabalho em saúde envolve lidar diariamente com a frustração de outras pessoas, o que pode afetar o bem-estar emocional da equipe. Ela destaca que o estresse, a ansiedade e a síndrome de burnout estão entre as principais doenças que acometem os profissionais de saúde.

“Seja pela dor de uma doença grave ou pela perda de um paciente, em se tratando de equilíbrio emocional dos profissionais que atuam em hospitais e demais instituições de saúde, o principal desafio da liderança está em considerar a gestão das emoções diante dos resultados desejados”, comenta a profissional.

Aplicação à equipes de saúde

Para a especialista, a priorização sobre a compreensão de como o cérebro funciona e seus impactos na produtividade da equipe é uma questão de sobrevivência de toda a organização, especialmente com equipes de saúde, onde a atenção deve ser redobrada por tratar do atendimento humanizado e seguro ao paciente.

“O estudo da neurociência pode ajudar as lideranças a entenderem melhor o comportamento de suas equipes, inclusive na utilização de ferramentas que possam auxiliar a melhor administrar o consumo de energia, para que quando acionados em situações mais complexas e de urgência, haja estoque suficiente necessário para prestar um atendimento de forma eficaz e segura”, esclarece Bonadeo.

A profissional ressalta que o princípio básico da liderança emocionalmente inteligente é o reconhecimento das emoções, que contribui para uma comunicação efetiva com a equipe, e um dos principais impactos é a resiliência diante das mudanças e dos imprevistos, que auxilia a tomada de decisão de forma mais consciente e menos precipitada.

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“O reconhecimento das emoções acontece através do autoconhecimento e com ajuda de ferramentas de perfil comportamental, que promovem maior engajamento e motivação em prol dos objetivos estabelecidos. Já a resiliência às mudanças e imprevistos que acontecem com frequência nos ambientes de saúde reduz os riscos de erros no direcionamento das equipes”, declara a especialista.

Para a pós-graduanda em neurociência e produtividade aplicada a negócios, ao considerar mente, emoção e desempenho, há dois atributos fundamentais que colocam uma liderança à frente no mercado e contribuem para gerar engajamento das equipes em prol dos resultados pretendidos, a liderança com verdade e autenticidade e a liderança com emoção.

“No atual contexto vulnerável das relações profissionais e corporativas, a verdade e a autenticidade se tornaram diferenciais competitivos no mercado. Estes princípios fortalecem a confiança e o engajamento em prol do propósito assumido com a instituição na prestação dos serviços de saúde”, orienta a profissional.

Bonadeo reforça que as emoções têm poder de mover as pessoas em prol de resultados positivos ou negativos, a depender de como elas são gerenciadas, e a inteligência emocional é uma das competências mais valorizadas atualmente nas organizações. Segundo ela, o líder que conseguir desenvolvê-la e praticá-la rotineiramente, fomentará a melhora do clima organizacional.

“Considerando a associação dos aspectos de mente, emoção e desempenho, a liderança exige a compreensão de como a programação do cérebro afeta as decisões e o jeito de liderar, ou seja, para onde as emoções movem o líder e para onde movem sua equipe”, conclui.

Para mais informações, basta acessar: mss.com.br/

 

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