O novo jogo do time de supervilões da DC chega em breve e se passará no mesmo universo dos games lendários do Batman da Rocksteady

Quando Batman: Arkham Asylum foi lançado em 2009, se tornou um título revolucionário e moldou uma nova fórmula mostrando o que os games de super-heróis podiam ser. A influência da série Arkham estende-se além das mecânicas de combate, sendo notada em controles, exploração, enredo, designs modernos e muito mais.

Uma franquia tão marcante quanto Arkham claramente não ficaria limitada a 4 games. No dia 2 de fevereiro de 2024, a Rocksteady planeja expandir este universo (que já era grande) oferecendo aos jogadores a oportunidade de encarnar supervilões da DC em uma missão de combater a Liga da Justiça que foi tomada por Brainiac.

Nessa ocasião, relembramos aqui todos os jogos da série Arkham e um breve resumo de cada história para você se preparar devidamente para Suicide Squad: Kill de Justice League:

ATENÇÃO! O conteúdo abaixo contém spoilers da série Batman: Arkham:

Batman: Arkham Asylum (2009)

O arqui-inimigo do Homem-Morcego se entrega facilmente e é levado pelo herói direto ao Asilo Arkham. Algo parecia errado… E estava. Mesmo sendo escoltado com segurança máxima, Coringa consegue se livrar e conta com a ajuda de Harley Quinn (Arlequina) para rapidamente tomar controle da ilha.

Um início icônico para uma série lendária de games

O plano do proclamado Príncipe do Crime era de criar um exército de soldados geneticamente modificados com a substância Titan, extraída do corpo de Bane pela Dra. Young, para aterrorizar Gotham City e ficar mais poderoso do que nunca. Em seus momentos de poder no asilo, Coringa também permite que diversos outros vilões de Batman saiam de trás das grades para combater o herói.

Apesar da curta aparição, o papel de Bane na trama é importante para desenvolver os arcos da Dra. Young e do Coringa

Antes de Arkham Asylum, os jogos de super-heróis não eram tão bons e por essa razão, o game não criou expectativas no pré-lançamento. Sua chegada foi um marco na história dos videogames apresentando mecânicas de combate, stealth e investigação excelentes e uma narrativa profunda, se aproveitando da lore encontrada nos inúmeros universos do Batman. Sem falar nos gráficos realistas para a era de PS3/Xbox 360, com influência de um estilo noir para deixar a experiência do jogador ainda melhor no papel do maior detetive do mundo.

As mecânicas de stealth de Batman possuem um repertório de ações sombrias, permitindo deixar os inimigos aterrorizados com a chance do morcego aparecer de surpresa e derrubá-los

Entre os vilões que são confrontados pelo Batman estão: Victor Zsasz, Arlequina, Espantalho, Bane, Crocodilo, Hera Venenosa e obviamente o Coringa. Mas o jogo também deixa claro que antes destes eventos obscuros, o Batman enfrentou muitos outros criminosos que deixaram suas marcas no asilo e podem ser descobertas a partir de pistas do Charada, outro clássico vilão do herói. A caça pelos colecionáveis deixa claro que o universo Arkham era bem maior do que pensávamos.

Ao final do game, Coringa se infecta com o veneno Titan e se torna uma criatura monstruosa, mas obviamente é impedido por Batman e colocado de volta em sua cela, assim como todos os vilões que o herói confrontou durante o incidente no asilo.

Mesmo se transformando em uma criatura monstruosa, Coringa jamais conseguirá vencer para o Batman

O detetive também faz uma descoberta surpreendente que traz uma ligação para a sequência do game: ao investigar todas as Crônicas de Arkham, Batman toma conhecimento de que Quincy Sharp, diretor do asilo e futuro candidato a prefeito de Gotham, acreditava estar possuído pelo espírito de Amadeus Arkham, o criador do manicômio, e que sua tarefa era de salvar a cidade das mãos desastrosas dos supervilões.

Batman: Arkham Asylum recebeu diversos prêmios pela mídia especializada, incluindo títulos de Game of the Year em 2009 para algumas revistas e websites. O jogo está disponível para PlayStation 4, PlayStation 3, Xbox One, Xbox 360, PC e Nintendo Switch. É possível jogar o game nos consoles atuais via retrocompatibilidade.

Batman: Arkham City (2011)

Ocorrendo alguns meses depois dos acontecimentos de Arkham Asylum, a aclamada sequência permite que os jogadores retornem ao papel do maior detetive do mundo para investigar a pretenciosa prisão Arkham City, que ocupou a parte da Velha Gotham City para “abrigar” todos os criminosos da cidade e, supostamente, oferecer mais segurança para a população, visto que a prisão de Blackgate e o próprio asilo Arkham haviam se provado como locais instáveis.

Aqui o jogador pode explorar a Velha Gotham City em um mapa semi-aberto, onde se depara com vários criminosos nas ruas ou até nas coberturas dos prédios, encontra inúmeras referências ao Bat-verso e ainda decifra os enigmas do Charada, que busca vingança pelo que aconteceu em Arkham Asylum (o que canoniza as missões secundárias do primeiro game).

O extenso mapa de Arkham City guarda perigos, enigmas, referências e surpresas a cada quarteirão

Com um começo assustador onde Bruce Wayne é capturado propositalmente pelo Professor Hugo Strange, o segundo game da série Arkham aprofunda a narrativa e explora ainda mais a lore de Batman. Descobrimos ao final do jogo que Hugo Strange cooperou com o Chapeleiro Louco para drogar Quincy Sharp e fazê-lo acreditar que estava possuído pelo espírito de Amadeus Arkham, como visto nas Crônicas de Arkham do primeiro jogo. Com Sharp sendo controlado, Strange se aproveitou de sua influência na política de Gotham e na sua candidatura a prefeito, para persuadir autoridades e a população sobre a abertura de Arkham City.

O buraco fica ainda mais fundo quando Batman descobre que Strange agiu nesse plano ao lado de Ra’s Al Ghul, quem procurava por um sucessor masculino para liderar a Liga dos Assassinos. A ideia era de Strange provar seu valor “purificando” Gotham City com o Protocolo 10, que visava bombardear Arkham City e eliminar todos os criminosos, incluindo Bruce Wayne/Batman, visto como um vilão por Strange. É por essa razão que o Protocolo 10 iniciaria apenas após a chegada de Wayne em Arkham City.

Quando Strange inicia o Protocolo 10, helicópteros começam a bombardear Arkham City, restando a Batman colocar um fim nesse plano insano

Não bastasse isso, Batman também se envolve um terrível plano de Coringa que após os eventos de Arkham Asylum estava morrendo pelos efeitos do Titan em seu corpo. Para influenciar o Homem-Morcego a conseguir uma cura a qualquer custo, Coringa captura o herói e o infecta com o seu sangue, além também de infectar alguns cidadãos de Gotham em bancos de sangue.

Essa busca pela cura acaba colocando Batman para enfrentar a Arlequina, Pinguim, Mr. Freeze, Ra’s Al Ghul e até o Cara-de-Barro, que assumiu a identidade de Coringa durante toda a noite. Mas ao final, somente uma amostra do antídoto sobra e Batman usa metade para se curar, enquanto a outra é quebrada em um ataque surpresa de Coringa. Não apenas o palhaço, como o interesse amoroso de Batman, Talia Al Ghul, morrem naquela noite, marcada pela cena final chocante em que Batman sai de Arkham City com o corpo de Coringa em seus braços.

A cena final onde Batman carrega o cadáver de seu arqui-inimigo se tornou um dos momentos mais memoráveis da história do herói

Arkham City também conta com duas DLCs de narrativa em que uma se passa após os eventos do jogo acompanhando o Robin de Tim Drake em um resgate por Batman, capturado pela Arlequina que buscava por vingança. Já a outra DLC é protagonizada pela Mulher-Gato e mostra “o lado B” da campanha de Bruce, onde Selina Kyle enfrenta o Duas-Caras e conta com a ajuda de Hera Venenosa para roubar um cofre da agência militar TYGER, comandada por Strange. Além de permitir que os jogadores explorem Arkham City e tenham uma visão da anti-heroína sobre a narrativa, a DLC também traz novos troféus e desafios do Charada exclusivamente para a Mulher-Gato.

Strange influencia uma rivalidade entre a Mulher-Gato e o Duas-Caras

Batman: Arkham City recebeu diversos prêmios e chegou a ser indicado para Game of the Year de 2011. O game está disponível para PlayStation 4, PlayStation 3, Xbox One, Xbox 360, PC e Nintendo Switch. É possível jogá-lo nos consoles da nova geração via retrocompatibilidade.

Batman: Arkham Origins (2013)

Como o nome indica, este capítulo da série Arkham explora as origens da saga, se passando bem antes dos eventos de Batman: Arkham Asylum, onde o jogador encarna Bruce Wayne em seus primeiros anos como Batman, que procura impedir os planos do Máscara Negra, quem contrata oito assassinos de aluguel para matar o novo vigilante de Gotham.

Em Arkham Origins, os jogadores encarnam um Bruce Wayne em seus primeiros anos como Batman

A gameplay de Arkham Origins, tanto em mecânicas de combate quanto na exploração, se assemelha bastante com a de seu antecessor, Arkham City, e por essa razão, o game foi parcialmente criticado pela comunidade de fãs que esperavam ver novidades na jogabilidade. Mas isso não tira o charme do jogo de ser uma grande aventura de origem para o Cavaleiro das Trevas.

Batman: Arkham Origins está disponível para PS3, Xbox 360, PC e WiiU. Diferentemente dos outros, ele não foi produzido pela Rocksteady Studios, mas sim pela Warner Bros. Montreal.

Batman: Arkham Knight (2015)

O capítulo final para a série principal de Batman: Arkham chegou em 2015, como um game de nova geração (daquela época). Nesta trama sombria, o Espantalho retorna com um espírito de vingança contra o Cavaleiro das Trevas, após ter sido derrotado pelo herói em Arkham Asylum e virado vítima do Crocodilo nos esgotos do manicômio. Ameaçando espalhar sua toxina do medo por toda Gotham City, a cidade rapidamente é tomada pelos criminosos e colocada de joelhos para os supervilões que Batman tanto lutou para prender.

Além de Espantalho, uma outra figura do passado do Homem-Morcego, conhecido como Cavaleiro de Arkham, ressurge para confrontar o herói, sendo também o responsável por comandar uma milícia que domina as ruas de Gotham City com seus agentes militares e tanques de guerra. Dessa forma, Arkham Knight introduz à série as mecânicas do Batmóvel, onde o jogador pode dirigir o carro icônico e indestrutível de Batman pelo mundo aberto de Gotham e neutralizar ameaças com as armas avançadas do veículo, além de participar de missões secundárias que incluem perseguições, quebra-cabeças, combates e outros.

Mais experiente e forte como nunca, Batman conta com diversos truques na manga (ou nesse caso, em seu traje) para impedir os planos doentios de Espantalho

Coringa também retorna neste game de forma bem diferente e um tanto sobrenatural. Batman ainda sofre com um resquício pela infecção do sangue do palhaço que sofreu em Arkham City. Misturado com a toxina do medo de Espantalho, vemos o Coringa aparecendo constantemente como um fantasma que assombra Bruce Wayne, tirando sarro das situações que o personagem se coloca na história e às vezes até dando dicas de como prosseguir no caminho.

As alucinações do Coringa também revelam um passado secreto de Bruce, em que o herói se culpa pela morte de Jason Todd, a segunda identidade de Robin depois de Dick Grayson deixar o manto e assumir o nome de Asa-Noturna. Antes mesmo dos eventos de Arkham Asylum, o Coringa conseguiu capturar Todd e enviou um vídeo para Batman mostrando o assassinato do jovem, traumatizando o psicológico de Bruce. No entanto, era tudo uma encenação e, na verdade, Todd estava preso em uma cela do asilo Arkham a qual apenas Coringa tinha acesso. Foram meses de tortura e lavagem cerebral no rapaz para livrá-lo horas antes do Incidente em Arkham e fazê-lo buscar por vingança contra o Homem-Morcego.

O Cavaleiro de Arkham revela ser Jason Todd, o segundo Robin

Na reta final do jogo, descobrimos que o Cavaleiro de Arkham era Jason Todd o tempo todo, permitindo que durante o confronto Batman pudesse resgatar uma humanidade do segundo Robin. As ameaças do Espantalho também são neutralizadas com a ajuda de Hera Venenosa que se sacrifica para desenvolver suas plantas ao máximo livrando Gotham da toxina do medo.

Quando Espantalho faz Robin e o Comissário Gordon de reféns, Batman não vê outra escolha a não ser se entregar ao vilão. Em uma recriação da cena que começou com a franquia em Arkham Asylum, o detetive chega preso até a mansão do asilo onde é desmascarado pelo vilão em uma transmissão ao vivo, revelando ao mundo inteiro que Bruce Wayne é o Batman.

Assim como os jogos anteriores, a cena final de Arkham Knight é de arrepiar!

Infectado com doses altas da toxina, Bruce é capaz de superar seus medos em suas alucinações e destrói a influência de Coringa em sua mente. Com a ajuda de Jason Todd, agora sob o alter ego de Capuz Vermelho, Bruce consegue deter o Espantalho e levá-lo direto à delegacia de Gotham.

Um final alternativo pode ser desbloqueado no game quando o jogador prende todos os outros vilões a partir das missões secundárias. Após isso, Bruce Wayne dá início ao Protocolo Knightfall, percebendo que a revelação de sua identidade secreta pode colocar muitas vidas em perigo. É o adeus de Batman quando Bruce deixa sua máscara cair e vai até a Mansão Wayne, rodeada por uma multidão, e forja sua morte com um sistema de autodestruição do local.

O adeus de Bruce Wayne ao Batman

Entretanto, parece que em um futuro muito próximo, o Batman ressurge com um time de heróis ainda mais forte…

Batman: Arkham Knight está disponível para PlayStation 4, Xbox One, PC e Nintendo Switch. É possível jogá-lo nos consoles da nova geração via retrocompatibilidade.

Suicide Squad: Kill the Justice League (2024)

O legado da série Arkham continuará em Esquadrão Suicida: Mate a Liga da Justiça, onde o universo criado pelos games de Batman foi exponencialmente expandido, introduzindo personagens clássicos da DC Comics. Neste novo capítulo, a Liga da Justiça, formada aqui por Superman, Batman, Mulher-Maravilha, Flash e Lanterna Verde, é dominada pelo vilão Brainiac.

Com os maiores super-heróis do mundo sendo controlados para destruir a Terra, sobra apenas uma opção para o planeta: contar com um time de 4 supervilões para eliminar a nova ameaça… E quando falamos de “ameaça”, não estamos nos referindo necessariamente a Brainiac, mas sim à própria Liga da Justiça!

Será que esses 4 vão conseguir dar conta dessa tarefa suicida de matar a Liga da Justiça?

Formado pelo Tubarão Rei, Pistoleiro, Arlequina e Capitão Bumerangue, o Esquadrão Suicida é transportado para Metrópolis onde os jogadores encarnam essas figuras para tentar conter o incidente. Em uma nova aventura de mundo aberto, se passando na mesma linha do tempo dos jogos Arkham e agora com a oportunidade de montar seu esquadrão online com amigos, você deve fazer de tudo para deter o maior time do Universo DC. Será que consegue?

Esquadrão Suicida: Mate a Liga da Justiça chegará para PlayStation 5, Xbox Series X|S e PC no dia 2 de fevereiro de 2024.