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Ministério da Saúde lança nova versão do painel de monitoramento do Mais Médicos

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Para ampliar a transparência, o mapeamento dinâmico e a qualificação da gestão das ações para provimento de médicos em todo o país, o Ministério da Saúde lançou a nova versão do Painel de Monitoramento do Mais Médicos. A atualização da ferramenta já está disponível na página do Programa. 

O painel disponibiliza informações atualizadas sobre: distribuição de médicos por estado, município e Distrito Sanitário Indígena (DSEI); quantitativo de profissionais ativos em cada ciclo de chamamento; situação das vagas ofertadas (ocupadas, disponíveis ou em processo de reposição); indicadores de cobertura e impacto do provimento sobre a população atendida; e séries históricas que permitem analisar a evolução do Mais Médicos desde a sua implementação. 

A ferramenta permite que pesquisadores, gestores federais, estaduais e municipais, além de toda a sociedade, acompanhe o cenário de alocação de médicos e a efetividade das políticas públicas voltadas à ampliação do acesso e da resolutividade na atenção básica e, em breve, na saúde especializada com a implementação do Mais Médicos Especialistas. Com navegação interativa, a ferramenta apresenta os dados em tabelas, gráficos e mapas. 

O secretário de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde, Felipe Proenço, explicou que a renovação do painel segue uma das principais caraterísticas do Mais Médicos, que é publicizar informações e fomentar a produção de indicadores que contribuam para o aperfeiçoamento do Programa. “A ferramenta nos ajuda em diversas frentes como o aprimoramento de políticas públicas e o planejamento de futuras iniciativas que resultem em mais médicos para os usuários do Sistema Único de Saúde”, disse.  

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Para Proenço, em 12 anos de existência, o Mais Médicos é uma das iniciativas mais exitosas na história da saúde do Brasil na última década. “O programa conseguiu prover profissionais nas regiões de maior vulnerabilidade, completar as equipes de Saúde da Família, reforçar o atendimento nos territórios indígenas e diminuir a mortalidade infantil. Reafirmamos o compromisso em aprimorar cada vez mais essa ação aprovada e defendida pela população brasileira”, acrescentou. 

Painel terá informações sobre médicos especialistas  

A nova versão do painel reflete não só o fortalecimento do programa Mais Médicos, como também a expectativa em relação ao Mais Médicos Especialistas – um dos eixos de ação do programa Agora Tem Especialistas, que visa reduzir o tempo de espera por consultas, exames e cirurgias. De forma inédita, em breve o painel trará as informações sobre a distribuição e o provimento de profissionais especialistas em todo território nacional. O novo programa do Ministério da Saúde busca reduzir as desigualdades regionais, ampliar o acesso da população a atendimentos especializados e fortalecer a Atenção Especializada no SUS. 

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Funcionalidades do novo painel 

  • Eixo integração do programa Mais Médicos: apresenta vínculo, estratégia e formação; 

  • Ações afirmativas: distribuição dos médicos ativos nas ações de correção e reparação de desigualdades históricas e estruturais; 

  • Cofinanciamento municipal das vagas: lista nominal dos profissionais em vagas cofinanciadas; 

  • Monitoramento CNES: médicos registrados em equipe e em situação de inconsistência; 

  • Rotatividade e permanência: médicos do Mais Médicos em equipes de Saúde da Família; 

  • Mais Médicos Especialistas (em breve): panorama dos médicos especialistas ativos. 

Victor Almeida 
Ministério da Saúde 

Fonte: Ministério da Saúde

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Brasil destaca inovação no diagnóstico do HPV e reafirma prioridade com eliminação do câncer do colo do útero

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Nova York (EUA), 25 de setembro de 2025 – “O câncer relacionado ao HPV é evitável. Todas as mortes por câncer do colo do útero podem ser prevenidas. As ferramentas já existem e precisam estar disponíveis em todos os países”, afirmou a vice-ministra da Saúde do Brasil, Mariângela Simão, ao encerrar sua participação na reunião “Advancing women’s health: leveraging innovative financing and partnerships”, realizada nesta quarta-feira (25), em Nova York.

Representando o ministro da Saúde do Brasil, Alexandre Padilha, que não pôde comparecer devido a restrições impostas ao seu visto pelo governo americano, Mariângela destacou que o Brasil reafirma seu compromisso com o acesso universal à prevenção e ao tratamento, alinhado à estratégia da Organização Mundial da Saúde (OMS) de eliminação do câncer do colo do útero. O país defende maior cooperação internacional para assegurar financiamento sustentável, transferência de tecnologia e equidade no acesso à inovação.

Um dos pontos centrais da fala foi o avanço no diagnóstico precoce, com a aprovação da mudança no rastreamento do câncer do colo do útero. O Brasil está substituindo a citologia pelo teste molecular de DNA do HPV, que detecta 14 genótipos do vírus. Produzido nacionalmente, representando um passo importante na soberania em saúde, o exame é destinado a mulheres de 25 a 64 anos e permitirá ampliar o intervalo entre testagens para cinco anos e deve estar disponível em todos os estados até o fim de 2025. “Este é um passo decisivo para o diagnóstico e tratamento precoce e uma ferramenta essencial para reduzir filas na atenção especializada e salvar vidas”, reforçou a vice-ministra.

Mariângela também apresentou os avanços na vacinação contra o HPV, introduzida em 2014 e oferecida de forma universal e gratuita a meninas e meninos de 9 a 14 anos, e mais recentemente para 15 a 19 anos, pelo Sistema Único de Saúde (SUS), que neste ano completa 35 anos. O Brasil está entre os poucos países a adotar essa estratégia em escala nacional, e já ampliou a oferta para populações em maior risco, incluindo pessoas vivendo com HIV, imunossuprimidos, sobreviventes de violência sexual e usuários de PrEP.

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Apesar do progresso, desafios como a baixa cobertura vacinal (82% entre as meninas e apenas 67% dos meninos) e a desinformação persistem. Em resposta, o Brasil aderiu à estratégia de dose única para adolescentes, alinhada às recomendações da OMS, e vem ampliando parcerias com sociedades científicas e movimentos sociais para fortalecer a confiança da população. Outro avanço é a Parceria para o Desenvolvimento Produtivo (PDP) entre o Instituto Butantan e a MSD, que visa alcançar a produção integral da vacina contra o HPV no país.

Com mais de 213 milhões de habitantes e 5,5 mil municípios, o Brasil reafirmou na ONU sua determinação em mobilizar esforços nacionais e internacionais para combater o HPV e os cânceres relacionados ao vírus. “O caminho para eliminar o câncer do colo do útero passa por vacina, diagnóstico e tratamento oportuno. Estamos prontos para avançar com nossos parceiros globais”, concluiu Mariângela Simão.

O diretor executivo da Unitaid, dr. Philippe Duneton, defendeu que investir na saúde das mulheres é essencial para transformar a saúde pública de forma mais ampla. “Não se trata apenas de oferecer assistência técnica ou soluções médicas isoladas, mas de adotar uma abordagem integrada, baseada em ciência e cooperação internacional”. Philippe ressaltou que avanços recentes demonstram a importância da liderança compartilhada entre governos, ONGs e comunidades, reforçando que a saúde das mulheres deve estar no centro das agendas de investimento e inovação. Para ele, “esse é um caminho transformador, capaz de ampliar resultados em saúde e garantir um futuro mais equitativo”.

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Também estiveram presentes no debate de alto nível: o ministro da Saúde de Ruanda, Dr. Sabin Nsanzimana; minister Delegate for Feancophonie and International Patnersships (França), M. Thani Mohamed-Soilihi; Head of Secretariat Global Financing Facility (GFF), Mr. Luc Laviolette;e o diretor executivo da Unitaid,Tenu Avafia.

A convidada Karen Nakawala, paciente diagnosticada com câncer cervical e fundadora da Teal Sisters Foundation, deu um depoimento inspirador.

“Receber o diagnóstico de câncer cervical foi devastador, mas o mais difícil foi contar para minhas filhas”, afirmou Karen Nakawala. Ela destacou que muitas mulheres ainda enfrentam estigma, vergonha e dificuldades de acesso ao rastreamento e tratamento, especialmente em países de renda média e baixa.

A fundadora criou a Teal Sisters Foundation para oferecer voz, coragem e acesso a cuidados que salvam vidas, reforçando que mulheres empoderadas impactam positivamente suas famílias e comunidades.

Karen ressaltou que a ciência e a inovação já oferecem ferramentas eficazes, como vacinas contra o HPV, testes de triagem de baixo custo e tratamentos eficientes. Segundo ela, o que falta agora é vontade política e investimento sustentado. “Se agirmos juntos, o câncer cervical pode deixar de ser uma história de dor e se tornar uma história de esperança para todas as mulheres do mundo”, concluiu.

Regina Xeyla
Ministério da Saúde

Fonte: Ministério da Saúde

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