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A Arte de Viralizar

A trajetória de sucesso de Alvxaro: o poder do planejamento estratégico no marketing de influência  

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No mundo digital, é fácil se perder entre virais momentâneos e talentos que desaparecem tão rapidamente quanto surgem. No entanto, Alvaro, conhecido como Alvxaro, é um exemplo claro de que o sucesso duradouro não depende apenas de um momento icônico, mas de estratégia, consistência e planejamento.

 

O Começo de Tudo: O Estalo do “Homem Itaipava”

Em dezembro de 2017, Álvaro fez sua estreia na internet de maneira inesperada. Com um vídeo despretensioso no Instagram, onde brincava durante o trajeto de volta de sua formatura, ele viralizou como o “Homem Itaipava”, alcançando rapidamente 300 mil visualizações e 40 mil curtidas. Esse momento espontâneo revelou o carisma e o potencial de um criador autêntico, mas ainda faltava algo fundamental: uma estratégia para transformar esse sucesso inicial em uma carreira.

O Encontro com a Viraliza e o Início do Planejamento

Foi no início de 2018 que a Viraliza, especializada em gestão de carreiras e estratégia digital, entrou na história de Alvaro. À época, com apenas 100 mil seguidores no Instagram, ele já mostrava potencial, mas o desafio da agência era grande: construir uma marca consistente e expandir sua influência de forma planejada e sustentável.

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A Viraliza definiu metas claras desde o início:

  • Criar a marca Alvxaro, desenvolvendo uma identidade reconhecível;
  • Proporcionar suporte artístico, incluindo aulas de teatro, fonoaudiologia e assessoria para explorar seu potencial criativo;
  • Estruturar sua presença multiplataforma, ampliando seu alcance para além do Instagram;
  • Consolidar sua relevância no Nordeste antes de expandir nacionalmente.

 

Esse planejamento incluiu a concepção do “Show do Xaro”, que estreou em junho de 2019 em Maceió e percorreu diversas cidades nordestinas com ingressos esgotados. A turnê teve que ser interrompida devido à pandemia.

 

A Importância de Escolhas Estratégicas

O sucesso de Alvaro também é resultado de escolhas criteriosas. Ele sempre priorizou parcerias que refletissem seus valores e evitou associações que poderiam comprometer sua imagem, como contratos com casas de apostas. Essa postura ética, combinada com campanhas criativas e autênticas, o levou a conquistar prêmios importantes, como dois MTV Miaw e o título de Criador de Conteúdo do Ano pela revista Caras, em 2024.

 

O Retorno à Itaipava: Um Ciclo de Sucesso Completo

Um dos momentos mais simbólicos da trajetória de Alvaro foi a parceria com a Itaipava, marca que marcou sua estreia na internet. Aos 25 anos, idade mínima para publicidade de bebidas alcoólicas, ele celebrou um contrato estratégico com a marca, tornando-se seu embaixador oficial. Essa campanha, desenvolvida com a expertise da Viraliza, se tornou um case de sucesso, reforçando a importância da conexão entre autenticidade e estratégia.

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Lições de Marketing e Gestão de Carreira

Hoje, com mais de 25 milhões de seguidores em multiplataformas, Alvaro é um exemplo de como o planejamento estratégico pode transformar momentos espontâneos em uma trajetória sólida e impactante. Para profissionais de marketing e criadores de conteúdo, sua história traz lições valiosas:

  1. Planejamento é essencial: O sucesso não acontece por acaso. Metas claras e um plano bem estruturado fazem toda a diferença.
  2. Consistência gera relevância: Manter uma presença ativa e alinhada aos valores do público é fundamental para construir credibilidade.
  3. Autenticidade vende: Parcerias e campanhas precisam refletir a essência do criador para gerar conexão real.

 

O caso de Alvaro, liderado pela Viraliza, mostra que, por trás de grandes números e conquistas, há sempre uma estratégia sólida e uma equipe dedicada. Sua trajetória não é apenas inspiradora, mas um verdadeiro case de marketing e gestão de carreiras na Creator Economy brasileira.

 

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A Arte de Viralizar

Regulamentação e quebras de contrato no marketing de influência digital no Brasil: o que contratante e influenciador devem ter em vista

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Igor Beltrão
Co-Fundador e Diretor Artístico da Viraliza
O cenário digital brasileiro tem testemunhado um crescimento exponencial na atuação dos influenciadores digitais, que se tornaram peças-chave nas estratégias de marketing de diversas marcas. Junto com essa ascensão, surgem complexas questões legais e éticas que demandam atenção tanto dos criadores de conteúdo quanto das empresas.
Transparência sempre
As normas que regem a publicidade digital no Brasil têm uma intenção maior clara: proteger o consumidor e garantir a transparência das relações comerciais. Embora não exista uma lei específica e exclusiva para influenciadores digitais, a atividade está sujeita a diversas diretrizes e legislações existentes.
O Código de Defesa do Consumidor (CDC) é a base para a proteção do consumidor e se aplica integralmente à publicidade digital. Ele proíbe a publicidade enganosa ou abusiva e exige que a informação sobre produtos e serviços seja clara e verdadeira. Isso implica que o influenciador, ao promover algo, deve fazê-lo de forma honesta e sem omissões.
O Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (CONAR), por meio do Código Brasileiro de Autorregulamentação Publicitária, possui um anexo específico para o Marketing de Influência. As principais diretrizes do CONAR exigem que o conteúdo publicitário seja facilmente identificável. O uso de hashtags como #publi, #ad, #publicidade ou frases como “conteúdo patrocinado” é obrigatório e a falta dessa identificação pode levar a processos e multas.
A veracidade das informações veiculadas também é crucial; declarações sobre produtos ou serviços devem ser verdadeiras e comprováveis, não baseadas em meras opiniões sem fundamento. Tanto o anunciante quanto o influenciador são corresponsáveis pelo conteúdo veiculado.
Por fim, o Marco Civil da Internet (Lei nº 12.965/2014), embora não trate diretamente de publicidade, estabelece princípios, garantias, direitos e deveres para o uso da internet no Brasil, incluindo a liberdade de expressão e a privacidade, que indiretamente impactam a atuação dos influenciadores. A transparência é a pedra angular dessas regulamentações, com o objetivo de evitar a publicidade velada, onde o consumidor não consegue discernir se está diante de um conteúdo editorial ou de uma mensagem paga.
Exclusividade e quebra de contrato: confiança na parceria e consequências
Os contratos entre influenciadores e marcas são documentos complexos que detalham as obrigações de ambas as partes, o escopo do trabalho, os prazos, a remuneração e, crucialmente, as cláusulas de exclusividade.
A quebra de contrato ocorre quando uma das partes não cumpre com o que foi acordado.
As cláusulas de exclusividade são comuns e visam proteger os interesses da marca, impedindo que o influenciador promova produtos ou serviços de concorrentes diretos durante a vigência do contrato ou por um período determinado após o seu término. A violação dessas cláusulas pode acarretar sérias consequências legais e financeiras.
O caso Rafa Kalimann: um exemplo de quebra de exclusividade
Um dos exemplos mais notórios de quebra de contrato envolvendo exclusividade no marketing de influência foi o caso da influenciadora Rafa Kalimann. Contratada pela Perdigão para campanhas publicitárias, ela foi flagrada consumindo publicamente produtos da marca Seara, concorrente direta, durante um evento.
As implicações desse incidente foram significativas. A Perdigão, por meio de sua empresa controladora (BRF), acionou Rafa Kalimann judicialmente por quebra de contrato, alegando que a influenciadora violou a cláusula de exclusividade, causando prejuízos à imagem da marca e à estratégia de marketing.
Além das implicações legais, o episódio gerou uma repercussão negativa para a imagem da influenciadora, que foi criticada por falta de profissionalismo e comprometimento com o contrato. Ainda em andamento, o caso chegou à decisão de segunda instância em que Rafa Kalimann foi condenada a pagar R$ 190 mil à BRF (dona da Perdigão) pela quebra da cláusula de exclusividade. Inicialmente, o valor da penalidade havia sido reduzido em primeira instância, mas a empresa recorreu, e o Tribunal de Justiça restabeleceu o valor integral da multa. No entanto, a equipe jurídica da influenciadora já recorreu dessa nova decisão e ainda haverá outros capítulos para o incidente. O que fica, contudo, é a certeza da importância de influenciadores e marcas agirem com a máxima diligência na elaboração e cumprimento dos contratos. A visibilidade e o alcance dos influenciadores amplificam os riscos de qualquer deslize contratual, tornando as consequências mais severas e permanentes para a imagem do profissional.
A regulamentação do marketing de influência no Brasil, embora ainda em evolução, busca garantir um ambiente digital mais transparente e justo para os consumidores. Para os influenciadores, é fundamental compreender as leis e diretrizes, agindo com ética e responsabilidade na identificação de publicidade e no cumprimento de seus contratos. Para as marcas, a clareza nas cláusulas contratuais e o monitoramento da atuação de seus parceiros digitais são essenciais para mitigar riscos e proteger seus investimentos em marketing. A profissionalização do setor passa, inevitavelmente, pela conscientização e pelo respeito às normas estabelecidas.

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