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Certificação eletrônica para produtos de origem animal ultrapassa 100 mil solicitações

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O sistema de assinatura eletrônica para a emissão de Certificados Sanitários Nacionais (CSN), destinado ao trânsito de produtos de origem animal dentro do território brasileiro, atingiu a marca de mais de 100 mil solicitações.

Implementado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) em abril de 2024, o CSN foi desenvolvido em parceria entre a Subsecretaria de Tecnologia da Informação (TI) e a Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA), com o objetivo de otimizar o processo de certificação, reforçando a rastreabilidade e a segurança dos produtos. O primeiro certificado assinado eletronicamente foi emitido em 3 de abril de 2024.

Avanço na modernização do setor

O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, destacou que a adoção da assinatura eletrônica representa um avanço significativo para o setor agropecuário, trazendo mais agilidade na habilitação de exportações e na garantia da qualidade dos produtos. “O alcance dessa marca demonstra que a certificação eletrônica é um passo essencial para o crescimento do agro. Nosso objetivo é continuar modernizando o sistema, facilitando o trabalho dos produtores e fortalecendo a competitividade do Brasil”, afirmou Fávaro.

Entre as 100.118 solicitações registradas, mais de 97 mil já foram efetivadas, com um tempo médio de análise de apenas dois dias.

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Para o presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Ricardo Santin, o novo sistema trouxe ganhos expressivos em agilidade e redução da burocracia. “A diminuição de entraves administrativos se traduz em otimização de tempo e custos, aumentando a competitividade e beneficiando toda a cadeia produtiva, incluindo o consumidor final. Essas mudanças posicionam o Brasil na vanguarda da produção de proteína animal, fortalecendo seu papel na segurança alimentar global”, destacou Santin.

Fim da burocracia e mais segurança na certificação

Antes da implementação da assinatura eletrônica, o processo de emissão do CSN era manual e exigia a impressão, carimbo e assinatura do Auditor Fiscal Federal Agropecuário (AFFA) do Mapa, além do transporte físico do documento até seu destinatário. Com a digitalização, o tempo de espera foi eliminado e os custos logísticos foram significativamente reduzidos.

Agora, o documento pode ser acessado online pelas empresas, permitindo impressão imediata para apresentação aos órgãos de fiscalização do país. Além disso, os certificados possuem código de autenticidade e QR Code, garantindo maior segurança na verificação da validade das informações.

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A importância dos Certificados Sanitários

Para que os produtos de origem animal possam ser exportados, é necessária a emissão de um Certificado Sanitário, documento oficial que comprova o cumprimento dos requisitos sanitários exigidos tanto pelo Brasil quanto pelo país importador. Esse processo garante a rastreabilidade, a inocuidade e a segurança dos produtos.

Existem dois tipos principais de certificação sanitária. O Certificado Sanitário Nacional (CSN) é utilizado para acompanhar o trânsito de produtos dentro do Brasil.

A emissão dos certificados é realizada pelos Auditores Fiscais Federais Agropecuários (AFFAs), profissionais formados em medicina veterinária que atuam no Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal (DIPOA) e na Vigilância Agropecuária Internacional (Vigiagro), órgãos vinculados à Secretaria de Defesa Agropecuária do Mapa. O objetivo desse trabalho é garantir o cumprimento dos requisitos de saúde animal e pública, prevenindo surtos de doenças e assegurando a qualidade dos alimentos consumidos no Brasil e no exterior.

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

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StoneX projeta superávit global de açúcar de 2,8 milhões de toneladas em 2025/26

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A StoneX, empresa global de serviços financeiros, revisou suas projeções para o mercado mundial de açúcar, estimando um superávit de 2,8 milhões de toneladas (valor bruto) na temporada 2025/26 (outubro-setembro).

De acordo com Marcelo Di Bonifácio Filho, analista de Inteligência de Mercado da StoneX, mesmo com um déficit projetado para a safra 2024/25, o mercado permanece pressionado por estoques elevados e ritmo lento de importações globais. “Os fluxos comerciais estão influenciando mais o mercado atualmente e devem guiar a trajetória dos preços futuros”, explica.

Estoques elevados e exportações brasileiras sustentam mercado

Nos últimos meses, compradores internacionais reduziram o ritmo de importações, aproveitando os preços baixos e evitando movimentos que pudessem gerar aumentos de preços. O excedente produtivo de 2023/24, somado às exportações recordes do Brasil em 2024, contribuiu para o acúmulo de estoques nos principais mercados consumidores.

No Centro-Sul brasileiro, a safra atual registra volumes historicamente elevados de moagem, com o mix açucareiro alcançando mais de 52% entre abril e agosto. Esse aumento na produção deve pressionar os preços para baixo no médio prazo, preparando o terreno para o superávit global em 2025/26.

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Brasil segue como protagonista nas Américas

O Brasil deve continuar liderando a produção de açúcar nas Américas. Segundo estimativas preliminares da StoneX para a safra 2026/27 (abril a março) no Centro-Sul, a moagem deve crescer mais de 20 milhões de toneladas, com recuperação no ATR e manutenção de um mix açucareiro elevado.

O avanço do etanol de milho, que deve atingir 11,4 milhões de m³, também impulsionará a produção de açúcar. Com isso, a oferta no mercado internacional deve alcançar 41,7 milhões de toneladas na temporada 2025/26, reforçando o superávit global previsto.

Índia mantém produção estável em 32,3 milhões de toneladas

Na Índia, o clima favoreceu o desenvolvimento dos canaviais, especialmente em Maharashtra e Karnataka, com chuvas 5% acima da média em agosto. A StoneX mantém sua previsão de produção em 32,3 milhões de toneladas, considerando 4,5 milhões de toneladas desviadas para etanol.

O foco agora está na decisão do governo indiano sobre exportações, com a ISMA solicitando 2 milhões de toneladas. No entanto, o cenário econômico torna a exportação pouco viável, já que a paridade de exportação está acima dos preços atuais de Nova York.

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Déficit global em 2024/25 reforça atenção ao comércio

A StoneX também revisou o saldo global de açúcar 2024/25, prevendo um déficit de 4,7 milhões de toneladas, resultado da retração de 9,3 milhões de toneladas na produção combinada de Brasil e Índia.

Para os próximos meses, os fluxos comerciais serão determinantes para a formação de preços. A menor venda de açúcar brasileiro durante a entressafra do Centro-Sul, combinada a estoques mais baixos na Tailândia, deve gerar um leve aperto entre oferta e demanda.

Além disso, a oferta de açúcar refinado enfrenta riscos, já que a menor compra de açúcar bruto pelas refinarias pode limitar o volume disponível para reexportação. O analista da StoneX alerta: “Caso a demanda por açúcar branco aumente no final de 2025 e início de 2026, a pressão altista pode se intensificar, tornando o diferencial Londres-NY um indicador-chave a ser monitorado”.

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

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