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Estoques globais de trigo devem crescer em 2025/26, mesmo com menor produção nos EUA

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Apesar da recente movimentação no comércio internacional e da crescente demanda da China, os preços do trigo permaneceram estáveis no mercado global. A análise é da Central Internacional de Análises Econômicas e de Estudos de Mercado Agropecuário (Ceema), que avaliou o comportamento do mercado entre os dias 9 e 15 de maio.

EUA deve reduzir área plantada e produção em 2025/26

De acordo com dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), a área destinada ao cultivo de trigo no país deverá recuar 1,5% na safra 2025/26, em relação ao ciclo anterior. A produção está estimada em 52,3 milhões de toneladas, abaixo das 53,6 milhões de toneladas colhidas em 2024/25.

Apesar da redução na produção, os estoques finais dos EUA devem crescer, atingindo 25,1 milhões de toneladas. O preço médio pago ao produtor norte-americano deve ficar em US$ 5,30 por bushel, ligeiramente inferior aos US$ 5,50 registrados no ciclo atual.

Crescimento na produção e nos estoques globais

No cenário internacional, a produção mundial de trigo deve alcançar 808,5 milhões de toneladas na safra 2025/26, um aumento de 1,1% em relação ao período anterior. Já os estoques finais globais devem subir levemente, chegando a 265,7 milhões de toneladas.

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Entre os principais produtores do Hemisfério Sul, a Argentina deve colher 20 milhões de toneladas, enquanto o Brasil tem estimativa de produção de 8 milhões de toneladas.

Condições das lavouras nos EUA e andamento da semeadura

Nos Estados Unidos, o USDA apontou que, até 11 de maio, 54% das lavouras de trigo de inverno estavam em condições entre boas e excelentes. A semeadura do trigo de primavera também avançou: 66% da área esperada já foi semeada, superando a média histórica de 49%. Do total já plantado, 27% das lavouras haviam germinado.

China amplia importações em meio a onda de calor

A China, mesmo sendo o maior produtor mundial de trigo, segue elevando suas importações. Diante de uma intensa onda de calor que afeta regiões produtoras, o país asiático comprou entre 400 mil e 500 mil toneladas de trigo da Austrália e do Canadá, segundo fontes do mercado.

Nos últimos anos, a China tem adquirido cerca de 11 milhões de toneladas de trigo por ano no mercado internacional.

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Tensões comerciais limitam compras de trigo dos EUA

A atual guerra comercial entre China e Estados Unidos tem influenciado diretamente as decisões dos importadores chineses. De acordo com a Ceema, as compras de trigo norte-americano continuam limitadas por causa do conflito comercial, o que contribuiu para a queda dos preços futuros do grão na Bolsa de Chicago nas últimas semanas.

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

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StoneX projeta superávit global de açúcar de 2,8 milhões de toneladas em 2025/26

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A StoneX, empresa global de serviços financeiros, revisou suas projeções para o mercado mundial de açúcar, estimando um superávit de 2,8 milhões de toneladas (valor bruto) na temporada 2025/26 (outubro-setembro).

De acordo com Marcelo Di Bonifácio Filho, analista de Inteligência de Mercado da StoneX, mesmo com um déficit projetado para a safra 2024/25, o mercado permanece pressionado por estoques elevados e ritmo lento de importações globais. “Os fluxos comerciais estão influenciando mais o mercado atualmente e devem guiar a trajetória dos preços futuros”, explica.

Estoques elevados e exportações brasileiras sustentam mercado

Nos últimos meses, compradores internacionais reduziram o ritmo de importações, aproveitando os preços baixos e evitando movimentos que pudessem gerar aumentos de preços. O excedente produtivo de 2023/24, somado às exportações recordes do Brasil em 2024, contribuiu para o acúmulo de estoques nos principais mercados consumidores.

No Centro-Sul brasileiro, a safra atual registra volumes historicamente elevados de moagem, com o mix açucareiro alcançando mais de 52% entre abril e agosto. Esse aumento na produção deve pressionar os preços para baixo no médio prazo, preparando o terreno para o superávit global em 2025/26.

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Brasil segue como protagonista nas Américas

O Brasil deve continuar liderando a produção de açúcar nas Américas. Segundo estimativas preliminares da StoneX para a safra 2026/27 (abril a março) no Centro-Sul, a moagem deve crescer mais de 20 milhões de toneladas, com recuperação no ATR e manutenção de um mix açucareiro elevado.

O avanço do etanol de milho, que deve atingir 11,4 milhões de m³, também impulsionará a produção de açúcar. Com isso, a oferta no mercado internacional deve alcançar 41,7 milhões de toneladas na temporada 2025/26, reforçando o superávit global previsto.

Índia mantém produção estável em 32,3 milhões de toneladas

Na Índia, o clima favoreceu o desenvolvimento dos canaviais, especialmente em Maharashtra e Karnataka, com chuvas 5% acima da média em agosto. A StoneX mantém sua previsão de produção em 32,3 milhões de toneladas, considerando 4,5 milhões de toneladas desviadas para etanol.

O foco agora está na decisão do governo indiano sobre exportações, com a ISMA solicitando 2 milhões de toneladas. No entanto, o cenário econômico torna a exportação pouco viável, já que a paridade de exportação está acima dos preços atuais de Nova York.

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Déficit global em 2024/25 reforça atenção ao comércio

A StoneX também revisou o saldo global de açúcar 2024/25, prevendo um déficit de 4,7 milhões de toneladas, resultado da retração de 9,3 milhões de toneladas na produção combinada de Brasil e Índia.

Para os próximos meses, os fluxos comerciais serão determinantes para a formação de preços. A menor venda de açúcar brasileiro durante a entressafra do Centro-Sul, combinada a estoques mais baixos na Tailândia, deve gerar um leve aperto entre oferta e demanda.

Além disso, a oferta de açúcar refinado enfrenta riscos, já que a menor compra de açúcar bruto pelas refinarias pode limitar o volume disponível para reexportação. O analista da StoneX alerta: “Caso a demanda por açúcar branco aumente no final de 2025 e início de 2026, a pressão altista pode se intensificar, tornando o diferencial Londres-NY um indicador-chave a ser monitorado”.

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

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