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Inverno e saúde equina: cuidados essenciais para prevenir doenças e garantir o bem-estar dos cavalos

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Desafios do inverno para a saúde dos cavalos

Com a chegada do inverno, a combinação de temperaturas baixas, ventos intensos e ar seco impõe desafios ao manejo dos cavalos. Embora sejam animais naturalmente resistentes e possuam mecanismos eficientes para regular a temperatura corporal, eles também sentem frio — porém, com uma zona de conforto térmico diferente da humana, explica Gabriela Oliveira, Analista de Comunicação Técnica da Vetnil.

Sinais de frio e adaptações naturais dos equinos

Os cavalos demonstram desconforto com o frio por meio de tremores, apatia, pelagem eriçada, extremidades frias e até perda de apetite. Para se proteger, desenvolvem a pelagem de inverno, mais longa e densa, além de buscar abrigo e agrupar-se com outros animais. Contudo, em situações de frio intenso, vento ou chuva, esses mecanismos podem não ser suficientes, demandando atenção especial do cuidador.

Risco de doenças respiratórias no período frio

No inverno, o confinamento prolongado em baias favorece a propagação de doenças respiratórias contagiosas. Além disso, as baixas temperaturas podem enfraquecer o sistema imunológico dos animais, aumentando sua vulnerabilidade a infecções, alerta Gabriela Oliveira.

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Principais doenças respiratórias que afetam cavalos no inverno

Influenza Equina (gripe equina): altamente contagiosa, apresenta sintomas como secreção nasal, tosse seca, febre e letargia. A vacinação anual, inclusive em éguas prenhes, é fundamental para prevenção.

Pneumonia: geralmente causada por infecções virais não tratadas, provoca tosse produtiva, secreção nasal purulenta, febre e apatia. Diagnóstico e tratamento precoces são essenciais para evitar complicações.

Garrotilho (Adenite Equina): doença bacteriana causada pela Streptococcus equi, manifesta-se por febre, apatia, linfonodos aumentados, dificuldade para engolir e secreção nasal purulenta. Apesar da baixa mortalidade, gera prejuízos econômicos e requer vacinação regular.

Doenças crônicas das vias aéreas:

  • Obstrução Recorrente das Vias Aéreas (ORVA): comum em cavalos adultos, causa tosse crônica, dificuldade para respirar e intolerância ao esforço.
  • Doença Inflamatória das Vias Aéreas (DIVA): afeta animais jovens de alta performance, com tosse ocasional e queda no rendimento.
  • O manejo ambiental e, em casos graves, o uso de medicamentos são recomendados.
Impactos do frio no sistema musculoesquelético

Animais idosos podem apresentar rigidez nas articulações e claudicação em decorrência do frio. O uso de anti-inflamatórios, condroprotetores, alongamentos e aquecimento prévio pode ser necessário para garantir o conforto e a mobilidade.

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Cuidados fundamentais para a saúde e desempenho dos equinos no inverno
  • Hidratação: a ingestão de água costuma diminuir com o frio, elevando o risco de cólicas. Oferecer água morna e suplementos eletrolíticos ajuda a manter a hidratação adequada.
  • Nutrição: reforçar a oferta de fibras, como feno, auxilia na termorregulação e contribui para a imunidade, que pode ser fortalecida com vitaminas, como a vitamina C. Ajustes na dieta devem sempre ser feitos sob orientação veterinária.
  • Ambiente: garantir abrigos secos, ventilados e protegidos contra vento e chuva é essencial para o conforto dos animais. O uso de mantas térmicas é indicado especialmente para cavalos magros, idosos, debilitados ou tosquiados.

Manejo profissional é chave para o bem-estar no inverno

“Essas práticas, combinadas com o acompanhamento veterinário, promovem um manejo mais eficiente e asseguram o bem-estar dos cavalos mesmo nas condições mais adversas do inverno”, finaliza Gabriela Oliveira, reforçando a importância do cuidado constante nesta estação.

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

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StoneX projeta superávit global de açúcar de 2,8 milhões de toneladas em 2025/26

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A StoneX, empresa global de serviços financeiros, revisou suas projeções para o mercado mundial de açúcar, estimando um superávit de 2,8 milhões de toneladas (valor bruto) na temporada 2025/26 (outubro-setembro).

De acordo com Marcelo Di Bonifácio Filho, analista de Inteligência de Mercado da StoneX, mesmo com um déficit projetado para a safra 2024/25, o mercado permanece pressionado por estoques elevados e ritmo lento de importações globais. “Os fluxos comerciais estão influenciando mais o mercado atualmente e devem guiar a trajetória dos preços futuros”, explica.

Estoques elevados e exportações brasileiras sustentam mercado

Nos últimos meses, compradores internacionais reduziram o ritmo de importações, aproveitando os preços baixos e evitando movimentos que pudessem gerar aumentos de preços. O excedente produtivo de 2023/24, somado às exportações recordes do Brasil em 2024, contribuiu para o acúmulo de estoques nos principais mercados consumidores.

No Centro-Sul brasileiro, a safra atual registra volumes historicamente elevados de moagem, com o mix açucareiro alcançando mais de 52% entre abril e agosto. Esse aumento na produção deve pressionar os preços para baixo no médio prazo, preparando o terreno para o superávit global em 2025/26.

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Brasil segue como protagonista nas Américas

O Brasil deve continuar liderando a produção de açúcar nas Américas. Segundo estimativas preliminares da StoneX para a safra 2026/27 (abril a março) no Centro-Sul, a moagem deve crescer mais de 20 milhões de toneladas, com recuperação no ATR e manutenção de um mix açucareiro elevado.

O avanço do etanol de milho, que deve atingir 11,4 milhões de m³, também impulsionará a produção de açúcar. Com isso, a oferta no mercado internacional deve alcançar 41,7 milhões de toneladas na temporada 2025/26, reforçando o superávit global previsto.

Índia mantém produção estável em 32,3 milhões de toneladas

Na Índia, o clima favoreceu o desenvolvimento dos canaviais, especialmente em Maharashtra e Karnataka, com chuvas 5% acima da média em agosto. A StoneX mantém sua previsão de produção em 32,3 milhões de toneladas, considerando 4,5 milhões de toneladas desviadas para etanol.

O foco agora está na decisão do governo indiano sobre exportações, com a ISMA solicitando 2 milhões de toneladas. No entanto, o cenário econômico torna a exportação pouco viável, já que a paridade de exportação está acima dos preços atuais de Nova York.

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Déficit global em 2024/25 reforça atenção ao comércio

A StoneX também revisou o saldo global de açúcar 2024/25, prevendo um déficit de 4,7 milhões de toneladas, resultado da retração de 9,3 milhões de toneladas na produção combinada de Brasil e Índia.

Para os próximos meses, os fluxos comerciais serão determinantes para a formação de preços. A menor venda de açúcar brasileiro durante a entressafra do Centro-Sul, combinada a estoques mais baixos na Tailândia, deve gerar um leve aperto entre oferta e demanda.

Além disso, a oferta de açúcar refinado enfrenta riscos, já que a menor compra de açúcar bruto pelas refinarias pode limitar o volume disponível para reexportação. O analista da StoneX alerta: “Caso a demanda por açúcar branco aumente no final de 2025 e início de 2026, a pressão altista pode se intensificar, tornando o diferencial Londres-NY um indicador-chave a ser monitorado”.

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

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