BRASÍLIA

AGRONEGÓCIO

Livro Caixa Digital é obrigatório para produtores rurais com receita acima de R$ 4,8 milhões e deve estar alinhado à Declaração do IR

Publicado em

Veja os principais pontos a seguir:

Declaração do IR deve conter informações do Livro Caixa Digital

O LCDPR deve ser utilizado como base para preencher corretamente a seção “Rendimentos Tributáveis Recebidos de Pessoas Físicas e do Exterior” da declaração. Por isso, é essencial que as informações dos dois documentos estejam completamente alinhadas, especialmente no que se refere à codificação dos imóveis rurais.

Códigos dos imóveis variam entre os documentos

A diretora administrativa da Lastro Agronegócios, Viviane Morales, alerta que os códigos utilizados para indicar o tipo de exploração dos imóveis rurais não são os mesmos nos dois sistemas da Receita Federal. Isso aumenta o risco de erros no preenchimento, podendo gerar inconsistências que levem o produtor à malha fina.

“É fundamental conferir os dois documentos para evitar um possível erro na informação desses códigos”, explica a advogada.

LCDPR é mais do que uma obrigação: é ferramenta de gestão

Segundo Morales, o Livro Caixa Digital deve ser mantido atualizado ao longo do ano, de forma planejada e estratégica, pois contribui diretamente para a gestão financeira e tributária da atividade rural.

Leia Também:  Minas Gerais bate recorde na produção de sorgo: crescimento de 84%

“Fazer o Livro Caixa Digital não é só alimentar um sistema com informações, é planejar as ações que serão realizadas ao longo do ano”, destaca.

Receita Federal estabelece novas classificações para pessoas físicas

A partir de 31 de dezembro de 2024, conforme a Portaria 505/24, a Receita Federal criou novas categorias para contribuintes pessoas físicas:

  • Pessoa Física Diferenciada: rendimento anual superior a R$ 15 milhões ou patrimônio acima de R$ 30 milhões.
  • Pessoa Física Especial: rendimento anual igual ou superior a R$ 100 milhões ou o mesmo valor em operações de renda variável.

A soma de bens para Pessoa Física Diferenciada pode chegar a R$ 200 milhões.

Patrimônio do produtor rural pode se enquadrar nas novas classificações

O diretor comercial da Lastro Agronegócios, Gustavo Venâncio, ressalta que o produtor rural precisa revisar os valores de propriedades e contratos, pois é comum que o patrimônio acumulado no setor ultrapasse os limites definidos pela Receita.

“É muito natural que o produtor rural alcance o valor estipulado pela Receita no que diz respeito ao patrimônio”, afirma Venâncio. Ele também reforça que as informações devem ser coerentes entre o LCDPR e a declaração do IR. “Caso contrário, o produtor rural correrá grandes riscos de cair na malha fina”, conclui.

Leia Também:  Bahia recebe R$ 877,5 milhões para fortalecer a agricultura familiar

Para evitar inconsistências, multas e problemas com a Receita Federal, produtores rurais com receita bruta acima de R$ 4,8 milhões devem ficar atentos à obrigatoriedade do Livro Caixa Digital, à correta codificação de imóveis e às novas classificações fiscais, mantendo todas as informações alinhadas na declaração do IR.

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

COMENTE ABAIXO:
Advertisement

AGRONEGÓCIO

StoneX projeta superávit global de açúcar de 2,8 milhões de toneladas em 2025/26

Published

on

A StoneX, empresa global de serviços financeiros, revisou suas projeções para o mercado mundial de açúcar, estimando um superávit de 2,8 milhões de toneladas (valor bruto) na temporada 2025/26 (outubro-setembro).

De acordo com Marcelo Di Bonifácio Filho, analista de Inteligência de Mercado da StoneX, mesmo com um déficit projetado para a safra 2024/25, o mercado permanece pressionado por estoques elevados e ritmo lento de importações globais. “Os fluxos comerciais estão influenciando mais o mercado atualmente e devem guiar a trajetória dos preços futuros”, explica.

Estoques elevados e exportações brasileiras sustentam mercado

Nos últimos meses, compradores internacionais reduziram o ritmo de importações, aproveitando os preços baixos e evitando movimentos que pudessem gerar aumentos de preços. O excedente produtivo de 2023/24, somado às exportações recordes do Brasil em 2024, contribuiu para o acúmulo de estoques nos principais mercados consumidores.

No Centro-Sul brasileiro, a safra atual registra volumes historicamente elevados de moagem, com o mix açucareiro alcançando mais de 52% entre abril e agosto. Esse aumento na produção deve pressionar os preços para baixo no médio prazo, preparando o terreno para o superávit global em 2025/26.

Leia Também:  Boi gordo encerra março com alta impulsionada por exportações e consumo interno
Brasil segue como protagonista nas Américas

O Brasil deve continuar liderando a produção de açúcar nas Américas. Segundo estimativas preliminares da StoneX para a safra 2026/27 (abril a março) no Centro-Sul, a moagem deve crescer mais de 20 milhões de toneladas, com recuperação no ATR e manutenção de um mix açucareiro elevado.

O avanço do etanol de milho, que deve atingir 11,4 milhões de m³, também impulsionará a produção de açúcar. Com isso, a oferta no mercado internacional deve alcançar 41,7 milhões de toneladas na temporada 2025/26, reforçando o superávit global previsto.

Índia mantém produção estável em 32,3 milhões de toneladas

Na Índia, o clima favoreceu o desenvolvimento dos canaviais, especialmente em Maharashtra e Karnataka, com chuvas 5% acima da média em agosto. A StoneX mantém sua previsão de produção em 32,3 milhões de toneladas, considerando 4,5 milhões de toneladas desviadas para etanol.

O foco agora está na decisão do governo indiano sobre exportações, com a ISMA solicitando 2 milhões de toneladas. No entanto, o cenário econômico torna a exportação pouco viável, já que a paridade de exportação está acima dos preços atuais de Nova York.

Leia Também:  Consumo de café no Brasil atingiu 21,67 milhões de sacas em 2023
Déficit global em 2024/25 reforça atenção ao comércio

A StoneX também revisou o saldo global de açúcar 2024/25, prevendo um déficit de 4,7 milhões de toneladas, resultado da retração de 9,3 milhões de toneladas na produção combinada de Brasil e Índia.

Para os próximos meses, os fluxos comerciais serão determinantes para a formação de preços. A menor venda de açúcar brasileiro durante a entressafra do Centro-Sul, combinada a estoques mais baixos na Tailândia, deve gerar um leve aperto entre oferta e demanda.

Além disso, a oferta de açúcar refinado enfrenta riscos, já que a menor compra de açúcar bruto pelas refinarias pode limitar o volume disponível para reexportação. O analista da StoneX alerta: “Caso a demanda por açúcar branco aumente no final de 2025 e início de 2026, a pressão altista pode se intensificar, tornando o diferencial Londres-NY um indicador-chave a ser monitorado”.

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

COMENTE ABAIXO:
Continue Reading

politica

DISTRITO FEDERAL

BRASIL E MUNDO

ECONOMIA

ESPORTES

MAIS LIDAS DA SEMANA

Botão WhatsApp - Canal TI
Botão WhatsApp - Canal TI