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Mercado reduz projeção de inflação para 2025 e eleva expectativa de crescimento do PIB, aponta boletim Focus

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O mercado financeiro revisou para baixo sua estimativa de inflação para 2025, passando de 5,44% para 5,25%, conforme divulgado no boletim Focus pelo Banco Central (BC) nesta segunda-feira (16). Apesar da queda, o número ainda permanece acima do teto da meta de inflação, fixado em 4,5%. Esta é a terceira redução consecutiva na projeção.

Para os anos seguintes, as expectativas de inflação permanecem estáveis: 4,5% para 2026, 4% para 2027 e 3,85% para 2028. Desde o início de 2025, o sistema de metas contínuas do BC tem como objetivo central uma inflação de 3%, com intervalo de tolerância entre 1,5% e 4,5%.

Meta de inflação e papel do Banco Central

O Banco Central utiliza a taxa básica de juros, a Selic, para controlar a inflação e mantê-la dentro do intervalo definido. Considerando o impacto defasado da Selic na economia — que pode levar de seis a 18 meses para se concretizar — o BC monitora a expectativa da inflação projetada para 12 meses à frente.

Caso a inflação ultrapasse o teto da meta por seis meses consecutivos, o BC é obrigado a enviar uma carta pública ao ministro da Fazenda explicando os motivos do descumprimento, como já ocorreu em janeiro deste ano, quando o presidente do BC, Gabriel Galípolo, atribuiu o estouro a fatores como a forte atividade econômica, a desvalorização do real e condições climáticas extremas.

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Projeções para o Produto Interno Bruto (PIB)

O boletim Focus também aponta aumento nas expectativas para o crescimento econômico brasileiro. A projeção para o PIB em 2025 subiu de 2,18% para 2,20%. Para 2026, a estimativa avançou de 1,81% para 1,83%. O PIB representa a soma dos bens e serviços produzidos no país e é o principal indicador para medir o desempenho da economia.

Taxa básica de juros permanece estável

Os analistas mantiveram inalteradas as projeções para a taxa Selic nos próximos anos. A expectativa para o fechamento de 2025 continua em 14,75% ao ano, para 2026 em 12,50% e para 2027 em 10,50%.

Outras projeções do mercado financeiro
  • Dólar: A projeção para a taxa de câmbio ao final de 2025 recuou de R$ 5,80 para R$ 5,77. Para o fim de 2026, a estimativa caiu de R$ 5,89 para R$ 5,80.
  • Balança comercial: A previsão para o superávit da balança comercial em 2025 foi revisada de US$ 74,5 bilhões para US$ 74 bilhões. Para 2026, a estimativa de superávit permaneceu em US$ 78 bilhões.
  • Investimento estrangeiro direto: A expectativa para a entrada de investimentos estrangeiros no Brasil se manteve em US$ 70 bilhões para 2025 e 2026.
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Por que a inflação é importante?

A inflação elevada impacta diretamente o poder de compra da população, especialmente daqueles que recebem salários menores, já que os preços dos produtos aumentam mais rápido do que a remuneração, afetando o custo de vida no dia a dia.

Este conjunto de dados do boletim Focus reflete as perspectivas do mercado para os principais indicadores econômicos do país, apontando uma tendência de controle gradual da inflação e crescimento moderado da economia nos próximos anos.

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

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StoneX projeta superávit global de açúcar de 2,8 milhões de toneladas em 2025/26

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A StoneX, empresa global de serviços financeiros, revisou suas projeções para o mercado mundial de açúcar, estimando um superávit de 2,8 milhões de toneladas (valor bruto) na temporada 2025/26 (outubro-setembro).

De acordo com Marcelo Di Bonifácio Filho, analista de Inteligência de Mercado da StoneX, mesmo com um déficit projetado para a safra 2024/25, o mercado permanece pressionado por estoques elevados e ritmo lento de importações globais. “Os fluxos comerciais estão influenciando mais o mercado atualmente e devem guiar a trajetória dos preços futuros”, explica.

Estoques elevados e exportações brasileiras sustentam mercado

Nos últimos meses, compradores internacionais reduziram o ritmo de importações, aproveitando os preços baixos e evitando movimentos que pudessem gerar aumentos de preços. O excedente produtivo de 2023/24, somado às exportações recordes do Brasil em 2024, contribuiu para o acúmulo de estoques nos principais mercados consumidores.

No Centro-Sul brasileiro, a safra atual registra volumes historicamente elevados de moagem, com o mix açucareiro alcançando mais de 52% entre abril e agosto. Esse aumento na produção deve pressionar os preços para baixo no médio prazo, preparando o terreno para o superávit global em 2025/26.

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Brasil segue como protagonista nas Américas

O Brasil deve continuar liderando a produção de açúcar nas Américas. Segundo estimativas preliminares da StoneX para a safra 2026/27 (abril a março) no Centro-Sul, a moagem deve crescer mais de 20 milhões de toneladas, com recuperação no ATR e manutenção de um mix açucareiro elevado.

O avanço do etanol de milho, que deve atingir 11,4 milhões de m³, também impulsionará a produção de açúcar. Com isso, a oferta no mercado internacional deve alcançar 41,7 milhões de toneladas na temporada 2025/26, reforçando o superávit global previsto.

Índia mantém produção estável em 32,3 milhões de toneladas

Na Índia, o clima favoreceu o desenvolvimento dos canaviais, especialmente em Maharashtra e Karnataka, com chuvas 5% acima da média em agosto. A StoneX mantém sua previsão de produção em 32,3 milhões de toneladas, considerando 4,5 milhões de toneladas desviadas para etanol.

O foco agora está na decisão do governo indiano sobre exportações, com a ISMA solicitando 2 milhões de toneladas. No entanto, o cenário econômico torna a exportação pouco viável, já que a paridade de exportação está acima dos preços atuais de Nova York.

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Déficit global em 2024/25 reforça atenção ao comércio

A StoneX também revisou o saldo global de açúcar 2024/25, prevendo um déficit de 4,7 milhões de toneladas, resultado da retração de 9,3 milhões de toneladas na produção combinada de Brasil e Índia.

Para os próximos meses, os fluxos comerciais serão determinantes para a formação de preços. A menor venda de açúcar brasileiro durante a entressafra do Centro-Sul, combinada a estoques mais baixos na Tailândia, deve gerar um leve aperto entre oferta e demanda.

Além disso, a oferta de açúcar refinado enfrenta riscos, já que a menor compra de açúcar bruto pelas refinarias pode limitar o volume disponível para reexportação. O analista da StoneX alerta: “Caso a demanda por açúcar branco aumente no final de 2025 e início de 2026, a pressão altista pode se intensificar, tornando o diferencial Londres-NY um indicador-chave a ser monitorado”.

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

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