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Usina mineira capta R$ 21 milhões via FIDC para apoiar produtores de cana-de-açúcar

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A Bioenergética Vale do Paracatu (Bevap), usina de cana-de-açúcar em Minas Gerais, captou R$ 21 milhões na primeira rodada de um Fundo de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC). A iniciativa surge em um momento de juros altos e dificuldade de acesso ao crédito no setor agrícola.

Os recursos serão usados para financiar o plantio e a manutenção das lavouras dos fornecedores com contratos ativos com a usina, com pagamentos vinculados à entrega futura da cana-de-açúcar.

Modelo inovador de crédito direto ao produtor

O FIDC foi estruturado pela Datagro Financial, braço financeiro da Datagro Consultoria, em parceria com a Milenio Capital. Diferentemente de modelos tradicionais, neste caso os produtores rurais são os tomadores diretos do crédito, com base nos contratos de fornecimento validados pela usina, sem precisar de intermediação financeira de terceiros.

Para Carolina Troster, sócia da Datagro Financial, a iniciativa garante acesso a capital de longo prazo e fortalece a cadeia produtiva sem comprometer a capacidade de investimento da Bevap.

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O CFO da usina, Marcos Paulo Carvalho, destacou que o modelo oferece previsibilidade operacional e contribui para o crescimento da empresa:

“Essa estrutura reforça nosso relacionamento com os fornecedores e nos permite focar na expansão estratégica da usina”, afirmou.

Pagamento alinhado ao ciclo produtivo

O fundo também traz inovação na forma de pagamento, que é atrelada à produção da cana. Os recursos são liberados conforme a entrega da matéria-prima, oferecendo aos produtores crédito de longo prazo em condições mais compatíveis com o ciclo agrícola.

“O modelo facilita o acesso ao crédito e ajusta os prazos de pagamento à realidade do setor agroindustrial”, acrescentou o CFO.

Crescimento do mercado de FIDC

No primeiro semestre de 2025, as emissões de FIDC no Brasil totalizaram R$ 40,7 bilhões, aumento de 9% em relação ao mesmo período de 2024, segundo dados da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima).

Rating da Bevap é elevado

Em junho de 2025, a S&P Global Ratings elevou o rating da Bevap para brBBB+, com perspectiva positiva. A melhoria reflete a sólida geração de caixa operacional e a captação de cerca de R$ 300 milhões entre dezembro de 2024 e março de 2025, que permitiu alongar os prazos de vencimento da dívida.

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A agência projeta que a produção da usina deve aumentar 10% na safra 2025/26, atingindo 3,3 milhões de toneladas, próxima à capacidade máxima de 3,5 milhões de toneladas. Como os canaviais são 100% irrigados, o risco de perda por seca é baixo.

Perspectivas para a safra nacional

Para a safra 2025/26, a estimativa é de que o Brasil produza 663,4 milhões de toneladas de cana-de-açúcar, segundo projeções do setor agrícola.

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

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Laranja de Tanguá com selo de Indicação Geográfica é destaque em concurso no RJ

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A laranja da Região de Tanguá, no Rio de Janeiro, famosa pela doçura intensa e alto rendimento de suco, está sendo celebrada até domingo (21) durante a Feira de Exposição da Laranja de Tanguá. O evento também abriga o concurso de qualidade das laranjas, que avalia os frutos participantes.

A abertura aconteceu na quarta-feira, no Centro Comunitário da Posse dos Coutinhos, com presença da chefe-geral da Embrapa Agroindústria de Alimentos, Edna Oliveira, e do chefe de Transferência de Tecnologia, André Dutra, a convite da Secretaria Municipal de Agricultura e Desenvolvimento Rural de Tanguá.

Embrapa reforça papel da pesquisa e inovação

Edna Oliveira destacou a importância da participação da Embrapa no reconhecimento científico da laranja, fortalecendo a ligação entre o produto e o território.

“A integração entre pesquisa, extensão rural e produtores contribui para o desenvolvimento econômico regional, ajuda a alavancar o turismo, fortalece a agricultura familiar e valoriza a cultura local da região de Tanguá”, afirma.

Rodrigo Campos, analista de Transferência de Tecnologia da Embrapa, integra a comissão julgadora do concurso, responsável pela análise e classificação das laranjas. André Dutra complementa:

“A Embrapa continuará buscando novas oportunidades para colaborar com o desenvolvimento econômico e social dos municípios, por meio de inovações dentro da nossa temática de atuação.”

Indicação Geográfica reconhece qualidade regional

O selo de Indicação Geográfica (IG-DO) concedido pelo INPI em 2022 reconhece a qualidade das laranjas de Tanguá, Araruama, Itaboraí e Rio Bonito. O reconhecimento é resultado de estudos conduzidos por pesquisadores da Embrapa, que comprovaram que as características únicas da fruta estão diretamente relacionadas ao meio geográfico, incluindo fatores naturais e humanos.

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As laranjas contempladas pela IG-DO pertencem à espécie Citrus sinensis, das variedades Seleta, Natal Folha Murcha e Natal Comum. A Embrapa Solos analisou o clima e os solos da região delimitada, enquanto a Embrapa Agroindústria de Alimentos realizou coletas e análises químicas e sensoriais dos frutos em diferentes épocas de colheita. A correlação dos estudos confirmou que solo, regime de chuvas e clima influenciam diretamente a composição físico-química das laranjas, justificando o selo de Indicação Geográfica.

Valorização do produto e do território

O concurso e a feira não apenas promovem a qualidade da laranja de Tanguá, mas também fortalecem a economia local, o turismo e a agricultura familiar, consolidando a região como referência em produção de frutas de alto padrão.

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

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