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Adicional de R$ 150 do Bolsa Família chega a 8,9 milhões de crianças de até seis anos

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Maria José, beneficiária do Bolsa Família no Distrito Federal. Foto: Kamilla Ferreira – SEAUD/PR

 

Investimento do Governo Federal no novo benefício é de R$ 1,3 bilhão. No total, mais de 21 milhões de famílias recebem uma média de R$ 670 a partir desta segunda, 20/3

Principal novidade do novo Bolsa Família, o Benefício Primeira Infância vai contemplar 8,9 milhões de crianças de zero a seis anos com um adicional de R$ 150 em março de 2023. Nesse universo, 335 mil passaram a fazer parte do programa neste mês.

No recorte por regiões, o Nordeste concentra o maior número de crianças que recebem o Benefício Primeira Infância em março. São 3,62 milhões, com destaque para quatro estados com mais de 500 mil crianças contempladas com o adicional de R$ 150: Bahia (878.491), Pernambuco (584.651), Ceará (560.914) e Maranhão (558.171).

A mudança vai ajudar bastante. Posso agora deixar o remedinho dela comprado, sem ficar caçando alguém para me ajudar”

Maria José Silva de Freitas, beneficiária do Bolsa Família no Distrito Federal

A Região Sudeste tem 2,7 milhões de crianças dessa faixa etária na base de dados do Bolsa Família. Três dos quatro estados da região somam mais de 500 mil: São Paulo (1.188.534), Minas Gerais (712.685) e Rio de Janeiro (654.113). Na Região Norte são 1,2 milhão de crianças, e destaque para o Pará, com 613 mil. Na Região Sul há outras 733 mil crianças e no Centro-Oeste, 628 mil.

No recorte por estados, São Paulo concentra o maior número de contemplados pelo Benefício Primeira Infância em março. São 1,18 milhão. Na sequência aparecem Bahia (878 mil), Minas Gerais (712 mil), Rio de Janeiro (654 mil) e Pará (613 mil).

Ao todo, há mais de 21,1 milhões de beneficiários do Bolsa Família. O valor médio recebido em março é o maior da história: R$ 670,33. O investimento também é um recorde inédito: R$ 14 bilhões, com R$ 1,3 bilhão especificamente para o Benefício Primeira Infância.

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TODA A DIFERENÇA – “Com essa ajuda, posso comprar comida e remédio para os meninos. O Bolsa Família é a renda fixa que tenho. Completo com bicos, em geral pegando roupa dos outros para lavar em casa quando aparece o serviço”, disse a pernambucana Maria José Silva de Freitas, de 41 anos, mãe solteira de quatro filhos e desempregada, que vive no Distrito Federal há mais de duas décadas.

A filha mais nova de Maria José, Gabriele, tem três anos e sofre com anemia. Segundo ela, o salto de R$ 600 para R$ 750 no repasse mensal vai ajudar significativamente. “Ela está tomando remédio desde o ano passado. Alimentação aqui em casa é o que dá. Não tem como escolher. É difícil. No posto falaram para dar verdura, fruta, mas nem sempre consigo. A mudança vai ajudar bastante. Posso agora deixar o remedinho dela comprado, sem ficar caçando alguém para me ajudar”, disse.

No Paraná, a dona de casa Ana Cláudia das Neves, de 48 anos, também se enquadra nesse grupo. Ela tem de fazer malabarismo para administrar o orçamento e sustentar os quatro filhos que vivem com ela e o marido numa casa simples na periferia de Foz do Iguaçu (PR). A principal fonte de renda da família é um benefício do INSS destinado a um filho com transtornos mentais e o dinheiro do Bolsa Família que priorizam para duas filhas, de um e quatro anos de idade.

As pequenas, adotadas de uma sobrinha dependente química, exigem cuidados médicos. A mais velha nasceu prematura de sete meses, é autista e não fala. A bebê tem bronquiolite. Para cuidar de todos, o orçamento não fecha. Sempre fica um débito de R$ 200, R$ 300 na farmácia. A perspectiva de ter mais R$ 300 no orçamento familiar já a autoriza a fazer planos de não mais ficar devendo à farmácia e de comprar outros itens que as crianças precisam.

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“Vai ajudar muito porque sei que não vou mais dormir preocupada sem saber o que fazer para pagar a farmácia ou comprar uma coisa que as meninas pedem. O Bolsa Família para mim significa isso”, disse. A prioridade é cuidar das crianças. Se sobrar algum dinheiro, ela diz, a ideia é melhorar a alimentação comprando uma “misturinha”.

PAGAMENTO ESCALONADO – Como habitual no Bolsa Família, o pagamento é escalonado. O cronograma tem início nesta segunda, 20/3, para beneficiários com Número de Inscrição Social (NIS) de final 1. Os repasses seguem até o dia 31. A partir de junho, o valor investido crescerá, pois haverá um adicional de R$ 50 a cada integrante da família com idade entre sete e 18 anos incompletos e para gestantes.

Mais do que uma ação de transferência de renda, o Bolsa Família é um instrumento da estratégia de redução da pobreza, de combate à fome e de promoção da educação e da saúde do Governo Federal. Até por isso, o programa volta a enfatizar condicionalidades estratégicas, como a exigência de frequência escolar para crianças e adolescentes de famílias beneficiárias, o acompanhamento pré-Natal para gestantes e a atualização do caderno de vacinação com os imunizantes previstos no Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde.

QUEM RECEBE – O Bolsa Família é voltado para famílias em situação de vulnerabilidade econômica e social. Para serem habilitadas, elas precisam atender critérios de elegibilidade, como apresentar renda classificada como situação de pobreza ou de extrema pobreza. Com a nova legislação, têm acesso ao programa as famílias que têm renda de até R$ 218 por pessoa. As famílias precisam ter os dados atualizados no Cadastro Único e a seleção considera a estimativa de pobreza, a quantidade de famílias atendidas em cada município e o limite orçamentário.

INSCRIÇÃO – A inscrição pode ser feita em um posto de cadastramento ou atendimento da assistência social no município. Em caso de dúvidas sobre o Bolsa Família, confira perguntas e respostas sobre o programa.

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Startups ganham protagonismo no Uberlândia Summit com experiências imersivas e conexão direta com investidores

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StartupPlay promove pitch reverso, live coding e mentorias com especialistas para impulsionar negócios inovadores

Nos dias 1º e 2 de outubro, o Uberlândia Summit 2025 desembarca no Gaudium Hall com uma programação intensa que promete movimentar o ecossistema de inovação e empreendedorismo do interior do Brasil. Em meio a grandes nomes do cenário nacional e trilhas de conteúdo que abordam as transformações da era digital, o espaço StartupPlay se destaca como o coração pulsante das ideias em construção – um ambiente imersivo onde startups, investidores e grandes empresas se encontram para gerar conexões, debater soluções e impulsionar novos negócios.

Mais do que uma vitrine, o StartupPlay funciona como um ponto de encontro estratégico entre empreendedores, investidores e grandes corporações. Serão dois dias intensos de demonstrações ao vivo, desafios de programação, mentorias e rodadas de negócios, com o objetivo de gerar conexões de impacto e estimular o surgimento de soluções transformadoras.

Atrações

Um dos destaques é a participação do UberHub Code, iniciativa do Instituto UberHub Educação, que promove a formação gratuita de desenvolvedores e traz para o evento uma vivência prática de live coding. Durante a atividade, problemas de programação serão resolvidos ao vivo diante do público, que poderá acompanhar os raciocínios dos especialistas em tempo real e, à medida que a complexidade aumenta, participar ativamente do desafio. A proposta é transformar o aprendizado em um jogo coletivo, unindo técnica, criatividade e colaboração.

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Outro momento chave é o Pitch Reverso, que inverte o modelo tradicional das apresentações e coloca as empresas no centro do palco. Nessa dinâmica, grandes corporações compartilham seus desafios de mercado com o público presente e convidam startups a oferecer soluções alinhadas às suas necessidades. A curadoria selecionará as startups para participar de reuniões individuais com executivos dessas empresas, criando um ambiente propício para parcerias que podem nascer ali mesmo, no primeiro contato. A iniciativa tem o apoio do UberHub e da Prefeitura de Uberlândia, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Inovação.

Mentorias e networking com especialistas

Além destas atividades, todas as startups participantes receberão feedbacks técnicos sobre suas apresentações e terão acesso a sessões de mentoria com especialistas e executivos convidados. A proposta é criar uma experiência completa de aceleração, onde boas ideias são lapidadas com base na prática e no olhar de quem vive o mercado. “O StartupPlay é uma plataforma viva para quem quer fazer a diferença no ecossistema de inovação. Aqui, ideias saem do papel, ganham corpo, conexões e potencial de escala”, destaca Eduardo Daibert, Founder e CEO do Uberlândia Summit e sócio-diretor da Connecta Expo.

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Consolidado como um dos maiores eventos de inovação, gestão e educação empreendedora fora dos grandes centros, o Uberlândia Summit aposta no protagonismo regional como força de transformação para o país. Nesta edição reunirá nomes como Leandro Karnal, Danni Suzuki, Gustavo Borges, Felipe Titto e outras referências da atualidade.

Programação completa e inscrições: www.uberlandiasummit.com.br

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