BRASÍLIA

Cultura

“Música nas Incubadoras – Acalantos Indígenas” leva a canção de ninar Kamaiurá a Maternidades

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A partir do convite de Jawi Kamaiurá, Fernanda Cabral idealizadora do projeto “Música nas Incubadoras” amplia seu repertório, levando acalantos indígenas às unidades neonatais do Distrito Federal durante os meses de outubro e novembro. O projeto nasce do desejo de perpetuar os saberes ancestrais da etnia.

O projeto consiste em uma série de micro-concertos onde Fernanda Cabral, sob a direção artística de Jawi Kamaiurá, realiza apresentações nas Maternidades do Hospital Materno-Infantil de Brasília (HMIB) e do Hospital da Região Leste Paranoá (HRL), e prevê a produção musical de EP com três canções de ninar da cultura Kamaiurá. O projeto conta com a participação da cantora Mapulú Kamaiurá – uma das primeiras pajés mulher da etnia.

Na cultura indígena, os acalantos carregam significados além de simples melodias de ninar. Transmitem histórias e saberes ancestrais, mensagens sobre o ambiente natural, tradições, espíritos e valores da comunidade. São passados de geração em geração, reforçando a conexão das crianças e seus pais e mães.

O ACALANTO:

do MÚSICA NAS INCUBADORAS a comunidades INDÍGENA KAMAIURÁ

O acesso à cultura indígena e a inclusão social é um dos alicerces do projeto. Música nas Incubadoras, por exemplo, investe, cuida e reflete sobre o princípio da formação do indivíduo em situação de extrema vulnerabilidade física e emocional, justamente quando os alicerces da nossa sociedade começam a ser desenvolvidos. Neste projeto, pretende-se, por extensão, investigar o universo sonoro-musical presente na cultura maternal indígena, estabelecendo diálogos com as políticas de atenção, afirmação e preservação dessas comunidades.

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Os “micro-concertos” têm como objetivo reafirmar o vínculo emocional com os progenitores através da experiência musical e favorecer assim sua recuperação fisiológica. Nesse caso, o estímulo à fruição e à difusão de uma obra musical criada a partir de repertório indígena, especialmente para um público em situação de vulnerabilidade, redimensiona o papel da obra artística. Em tal situação, o acesso à cultura indígena está ligado à construção de um novo olhar sobre o poder da obra. A arte aqui ocupa o espaço de uma forma particular: leva para este público o conhecimento de uma cultura ancestral, reafirmando valores sobre a sua relação com a natureza e seus sons, fomentando o imaginário poético-musical e contribuindo para a recuperação emocional, psíquica e fisiológica dos que com ela fruem.

Cabe ressaltar que todo conteúdo desta experiência (micro-concertos, reações dos prematuros, depoimentos de pais e equipe médica) será filmado e gravado em áudio, para produção de 2 minidocumentário (um para cada hospital), e também fotografado. Além disso, todo esse material servirá de base para a produção musical das três canções inéditas que serão disponibilizadas em formato de álbum – EP digital.

Parceria artística

Jawi Kamaiurá desenvolve trabalho com a cantora e atriz Fernanda Cabral há mais de 1 ano, quando sob a direção de Clarice Cardell, atuaram na peça “Kwat e jaí” – Acalantos Indígenas. A partir dessa experiência, ambas consolidam uma parceria e nasceu por parte de Jawi o desejo de levar sua cultura às incubadoras nas maternidades.

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Ficha técnica:

Direção Artística: Jawi Kamaiurá | Apresentações Musicais, cantora e produtora Musical: Fernanda Cabral | Cantora/Participação Especial:  Mapulú Kamairuá | Fotógrafo e documentarista: Marcelo Barbosa | Realização: Studio Sereia | Direção de produção: Cláudia Leal | Assistente de Produção: Marcelle Lago | Projeto gráfico e gestão de redes: Gabriel Guirá | Intérprete de Libras: Bárbara Barbosa| Assessoria de Imprensa: Rodrigo Machado – Território Comunicação.

Serviço:

Música nas Incubadoras – Acalantos Indígenas

Datas e locais: Microconcertos em outubro no Hospital Materno Infantil de Brasília (HMIB) e novembro no Hospital da Região Leste do Paranoá (HRL)

Entrada: Microconcertos são realizados nos hospitais, restritamente a prematuros, acompanhantes e equipe médica. Acesso não disponível ao público

Patrocínio: Projeto realizado com recursos da Política Nacional Aldir Blanc de Fomento à Cultura (PNAB DF) com o apoio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do GDF.

Contato da artista: (61) 98274-9197

 

Teaser: https://youtu.be/781uI1WkyKE

Lista de reprodução: https://www.youtube.com/playlist?list=PL5seuiQaawh5rjbF_PWuJocrwH3bEV6GN

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Cultura

Alice: Voz dos Invisíveis — Um Romance de Renascimento e Coragem

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Com carreira de sucesso na literatura infantojuvenil, Isa Colli apresenta “Alice”, obra marcada por temas como desigualdade, resistência e dignidade

A escritora Isa Colli, autora de mais de 40 livros infantojuvenis, lançou seu terceiro romance, intitulado “Alice: amor, perda e renascimento”, uma obra densa, realista e sensível, inspirada em histórias que vivenciou ao longo de anos de atuação em projetos sociais nas comunidades da Região Metropolitana do Rio de Janeiro.

Durante esse período, Isa testemunhou abandono, preconceito, corrupção, violência e a falta de oportunidades que afetam milhares de brasileiros em situação de vulnerabilidade. A partir dessas experiências, a autora construiu a personagem Alice, uma jovem negra e pobre, que vive na Comunidade do Sapo e precisa tomar decisões difíceis para sobreviver e proteger seus irmãos.

A obra retrata com profundidade o cotidiano de quem enfrenta discriminação, miséria e invisibilidade social, mas que, mesmo diante das adversidades, encontra caminhos de resiliência, afeto e renascimento. A ilustração da capa, assinada por Ryan Casagrande e Yanderson Rodrigues, amplia o alcance visual da narrativa, trazendo ainda mais força à mensagem proposta.

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Na história, Alice enfrenta desde a falta de amor materno até experiências extremas como a prostituição e a vida nas ruas. No entanto, apesar das feridas profundas, ela nunca deixa de acreditar na possibilidade de mudança. O romance percorre temas como adoções ilegais, exclusão social, tráfico de drogas, mas também apresenta momentos de ternura e esperança, revelando a força da solidariedade humana.

Para Isa Colli, “Alice é um tributo às mulheres que resistem em silêncio, que enfrentam o sistema e, mesmo feridas, seguem em frente”. A obra se propõe a ser mais do que uma narrativa de sobrevivência — é um grito de denúncia e uma celebração da dignidade de quem, mesmo marginalizado, insiste em escrever seu próprio destino.

Com linguagem envolvente e realismo contundente, Isa Colli reafirma seu compromisso com uma literatura que vai além do entretenimento, oferecendo reflexão social, consciência crítica e voz aos invisíveis.

Para mais informações da obra do livro e sobre escritora acesse www.collibooks.com

@collibooks

https://www.instagram.com/reel/DOOnR4cjVpL/?igsh=MTVnYWNmMWdxMWlpdw==

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