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Contribuintes recorrem a empréstimos para antecipar restituição do Imposto de Renda

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Especialistas alertam para cuidados com taxas e condições contratuais

Com o início das declarações do Imposto de Renda 2025, cresce também a busca por empréstimos bancários que oferecem a antecipação da restituição. A modalidade tem atraído contribuintes que desejam ter acesso rápido ao valor que será devolvido pela Receita Federal, mas especialistas recomendam cautela.

Segundo a contadora Alessandra Neiva Amorim, do escritório Controller Assessoria Contábil, a decisão deve ser baseada em planejamento financeiro e atenção aos detalhes do contrato. “Essa linha de crédito pode ser interessante em casos pontuais, especialmente para quem tem urgência no recurso. Mas é fundamental analisar a taxa de juros cobrada e ter a certeza de que realmente terá direito à restituição, além de observar se o valor antecipado corresponde ao estimado”, orienta.

A restituição do IR é feita em lotes pela Receita Federal, geralmente entre maio e setembro, e o valor pode variar conforme a análise dos dados enviados na declaração. Muitos bancos oferecem o crédito com taxas mais baixas que as praticadas em linhas tradicionais, já que contam com a restituição como garantia de pagamento. Ainda assim, o contribuinte assume riscos caso haja pendências ou retenção em malha fina.

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Alessandra reforça: “É importante que o contribuinte tenha uma previsão realista do valor a receber. Uma declaração bem-feita, com o suporte de um contador, minimiza riscos e evita surpresas desagradáveis.”

A orientação é que o consumidor compare ofertas, avalie o Custo Efetivo Total (CET) e evite comprometer o orçamento com dívidas desnecessárias. Em muitos casos, a paciência pode ser mais vantajosa do que a pressa.

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ECONOMIA

Vítima relata golpe de R$ 90 mil aplicado por intermediário de consórcios em Campinas (SP)

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No final de junho de 2025, um homem identificado como Igor foi vítima de um golpe financeiro estimado em R$ 90 mil, relacionado à compra de uma cota de consórcio imobiliário supostamente ofertada por um intermediário chamado Taoan, residente no bairro Guanabara, em Campinas (SP).

Segundo relato da vítima, no dia 25 de junho, ele visualizou um anúncio de uma cota da administradora União Catarinense com valor total de R$ 376 mil. A entrada exigida era de R$ 99,9 mil, seguida por 194 parcelas mensais de R$ 2.683,51. O anúncio foi divulgado por Taoan, que já havia realizado duas negociações legítimas com a vítima e era administrador de um grupo de referências no WhatsApp que se propunha a combater golpes nesse setor.

Diante da confiança construída, Igor compartilhou a oportunidade com um parceiro de negócios chamado Guilherme. Para garantir a reserva da cota, Taoan exigiu o pagamento de um sinal no valor de R$ 5 mil. No dia 26/06, Igor transferiu R$ 3 mil enviados por Guilherme e complementou com R$ 2 mil de seus próprios recursos. O grupo criou um canal de comunicação direto e assinou um contrato provisório, ficando acordado que o termo de transferência oficial seria emitido em breve.

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No dia 27 de junho, após repassarem os dados do novo cessionário, os envolvidos efetuaram o pagamento integral de R$ 95 mil. Taoan prometeu emitir o termo de transferência na segunda-feira seguinte. Em 1º de julho, a vítima recebeu por e-mail um documento com aparência irregular. Ao solicitar a emissão via sistema oficial da administradora, Taoan passou a se esquivar. Poucos dias depois, Igor descobriu que a mesma cota já havia sido vendida a outro comprador.

Com isso, apenas os R$ 5 mil referentes ao sinal foram recuperados por meio de contestação bancária via PIX. O prejuízo final gira em torno de R$ 90 mil.

O autor do golpe continua em liberdade. Ao relatar o caso no grupo de referências do WhatsApp, a vítima foi procurada por outras pessoas que afirmam terem sido enganadas pelo mesmo indivíduo, sugerindo a existência de múltiplas vítimas com modus operandi semelhante.

Igor registrou boletim de ocorrência e apresentou às autoridades todos os documentos relacionados ao caso, incluindo comprovantes de transferência, contratos assinados, conversas com o suspeito e o documento falsificado. Já iniciou os trâmites para mover uma ação judicial nas esferas cível e criminal.

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Segundo a vítima, Taoan costuma atuar de forma estratégica: infiltra-se em grupos especializados como figura confiável, constrói reputação ao ajudar outros usuários e, em seguida, publica ofertas atraentes de cotas de consórcio. Após receber pagamentos, envia documentos falsos e vende o mesmo bem para terceiros, desaparecendo em seguida.

Além do prejuízo financeiro, o golpe causou abalo emocional, desgaste pessoal e perda de confiança em transações online. Igor reforça que continua em contato com outras vítimas e espera que a união de relatos fortaleça as denúncias e leve a uma investigação efetiva.

Como forma de alerta à população, a vítima recomenda que negociações envolvendo consórcios sejam feitas apenas com validação direta da administradora. É essencial desconfiar de intermediários que atuam fora dos canais oficiais e jamais realizar transferências bancárias sem garantias legais verificáveis.

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