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Queremos que o Carnaval seja um lugar de respeito a todas as mulheres, diz Cida Gonçalves

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A ação do Ministério das Mulheres vai ocorrer no Sambódromo da Sapucaí. Peças da campanha ‘Feminicídio Zero – Nenhuma violência contra a mulher deve ser tolerada’ serão expostas em diversos espaços do sambódromo, com painéis, faixa na avenida carregada por mulheres, adesivos nas portas dos banheiros e distribuição de materiais gráficos, impactando uma estimativa de mais de 5 milhões de espectadores que passarão pelo espaço, considerando os dias e que também ocorreram ensaios técnicos.

As mensagens da campanha lembram que o Carnaval é um momento de festejar, livre de assédio, e que enfrentar e interromper a violência contra a mulher é papel também dos homens. Outro destaque da campanha é reforçar, em todas as peças, a divulgação da Central de Atendimento à Mulher – Ligue 180, disponível também no WhastApp (61) 9610-0180.

O Feminicídio Zero é uma mobilização nacional permanente do Ministério das Mulheres. A articulação envolve diversos setores do país, a partir de diferentes frentes de atuação — comunicação ampla e popular, implementação de políticas públicas e engajamento de influenciadores.

“A mobilização, na verdade, ela é uma campanha. Ela vem desde agosto do ano passado. Ela é um processo de curto, médio e longo prazo, porque é um processo de fazer com que a população brasileira entenda que ela precisa se meter na violência contra as mulheres. Então nós já fomos para os estádios, nos jogos de futebol. A mesma coisa vai ser no Carnaval. A nossa ida desde novembro nas comunidades, nas quadras das comunidades, nos ensaios, é exatamente para estabelecer a relação com a comunidade, com a escola, para que a gente possa ter um processo de continuidade efetiva na mobilização.”

“E nós vamos continuar. Em junho vamos fazer no Nordeste, nas festas juninas. Onde nós pudermos chegar para falar com toda a população, junto com as secretarias estaduais de Mulheres, nós estaremos lá para dizer festa é festa. As mulheres têm o direito de viver, de ter autonomia econômica, igualdade salarial, têm o direito de ser felizes e o direito de estar onde elas quiserem, no Carnaval, no forró e no estádio de futebol. E vivas”, afirmou a ministra

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Casa da Mulher Brasileira

Durante o bate-papo com radialistas de várias regiões, Cida Gonçalves falou sobre o fortalecimento e expansão das Casas da Mulher Brasileira. Uma das principais ferramentas para proteger mulheres vítimas de violência, ela é destinada a oferecer atendimento integral e humanizado a todas as cidadãs. O local oferece serviços especializados para os mais diversos tipos de violência, entre eles triagem, apoio psicossocial, promoção de autonomia econômica, cuidado das crianças – brinquedoteca, alojamento de passagem e central de transportes. Também é possível contar com serviços de delegacia, juizado, Ministério Público e Defensoria Pública.

Os espaços compõem um dos eixos do Programa Mulher Viver sem Violência e foi retomado em março de 2023 pelo Governo Federal.

Atualmente, há 10 Casas em funcionamento no país, localizadas em Campo Grande (MS), Curitiba (PR), Fortaleza (CE), São Paulo (SP), Boa Vista (RR), Ceilândia (DF), São Luís (MA), Salvador (BA), Teresina (PI) e Ananindeua (PA)

Recentemente, foi assinado repasse de R$ 19 milhões para construção de uma unidade em Maceió (AL) e inaugurado o Primeiro Centro de Referência da Mulher Brasileira da Região Norte, em Cruzeiro do Sul (AC).

Em 2024, o ministério investiu mais de R$ 389 milhões em ações de enfrentamento à violência contra as mulheres. R$ 330 milhões foram aplicados para ampliação e fortalecimento das Casas da Mulher Brasileira, R$ 19 milhões para equipamentos em Centros de Referência da Mulher Brasileira, outros R$ 11 milhões para veículos e R$ 16,8 milhões para o fortalecimento do Ligue 180.

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Segundo a ministra, existem 37 Casas da Mulher Brasileira em processo de licitação ou construção. Estão previstas as inaugurações de cinco Casas neste ano e entre sete e nove Casas em 2026.

“Ela (Casa da Mulher Brasileira) é exatamente para evitar a Via Crucis da mulher. Vai em uma delegacia, depois tem que ir no IML, tem que passar por todos os serviços, isso demora quase dez, 15 dias. A Casa da Mulher Brasileira é todos os serviços num mesmo espaço físico para atender essa mulher. Então o papel é fazer a integração e a humanização do atendimento. Inova o fato de você, por exemplo, ter os Juizados de violência contra as mulheres e a medida protetiva, que deveria, e está prevista até 48 horas, pode sair em duas, três horas, porque estão ali, dependendo da gravidade e análise do risco da mulher”, explicou a ministra.

Segundo Cida, no país existem mais de 400 mil medidas protetivas para proteger mulheres vítimas de violência doméstica e familiar. Para ela, esse dado revela que é necessário que todos confiem nos sistemas de proteção e que as mulheres se sintam encorajadas a buscar atendimento.

“A medida protetiva salva, ir na delegacia salva, fazer a denúncia salva. As mulheres que estão morrendo, a grande maioria são aquelas que nunca fizeram uma denúncia. Então, acreditem na medida protetiva, acreditem na denúncia e acreditem no Governo Federal”, afirmou a ministra.

Assista à íntegra do Programa Bom Dia, Ministra.

Fonte: Agência Gov

Fonte: Ministério das Mulheres

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MULHER

SUS amplia acesso à mamografia para mulheres a partir dos 40 anos

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O Ministério da Saúde vai garantir o acesso à mamografia no SUS para mulheres de 40 a 49 anos, mesmo sem sinais ou sintomas de câncer. Essa faixa etária concentra 23% dos casos da doença e a detecção precoce aumenta as chances de cura. A medida integra um conjunto de ações anunciadas nesta terça-feira (23/09) pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha, voltado à melhoria do diagnóstico e assistência, com início do atendimento móvel em 22 estados pelo programa Agora Tem Especialistas e a oferta de medicamentos mais modernos.

A recomendação é que, a partir dos 40 anos, o exame seja feito sob demanda, em decisão conjunta entre a paciente e o profissional de saúde, com orientação sobre os benefícios e possíveis desvantagens do rastreamento. Até agora, mulheres nessa faixa etária enfrentavam dificuldades para realizar o exame no SUS, que dependia de histórico familiar ou sintomas. Apesar disso, em 2024, mais de 1 milhão de mamografias foram realizadas nessa idade, representando 30% do total dos exames.

“Garantir a mamografia a partir dos 40 anos no SUS é uma decisão histórica. Estamos ampliando o acesso ao diagnóstico precoce em uma faixa etária que concentra quase um quarto dos casos de câncer de mama. Enquanto alguns países erguem barreiras e restringem direitos, o Brasil dá o exemplo ao priorizar a saúde das mulheres e fortalecer o sistema público”, afirmou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, durante cerimônia de anúncio nesta terça-feira (22), em Brasília (DF).

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Representando o Ministério das Mulheres no anúncio, a secretária nacional de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres, Estela Bezerra, reforçou a dimensão social e coletiva dessa conquista. “O Outubro Rosa reforça a urgência de enfrentar o câncer de mama, segunda principal causa de morte de mulheres no Brasil e a primeira entre as que estão em idade fértil. Ampliar a mamografia a partir dos 40 anos significa salvar vidas e fortalecer o SUS, que precisa estar preparado para garantir diagnóstico precoce e tratamento adequado. Uma mulher adoecida impacta toda a sua família e comunidade, porque o cuidado no nosso país tem rosto de mulher”, destacou.

A faixa etária do rastreamento ativo também foi ampliada: mulheres poderão realizar o exame preventivo a cada dois anos até os 74 anos — antes, o limite era de 69. Essa mudança se alinha a práticas internacionais, como na Austrália, e reforça o compromisso do Brasil em garantir diagnóstico precoce e cuidado integral.

Agora Tem Especialistas: unidades móveis para reduzir tempo de espera

No mês de conscientização sobre a importância do diagnóstico precoce do câncer de mama, o Ministério da Saúde fará uma mobilização com 27 carretas de saúde da mulher em 22 estados. A ação integra o Agora Tem Especialistas, programa voltado à expansão do acesso a consultas, exames e cirurgias, com foco na redução do tempo de espera no SUS.

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Os veículos oferecerão serviços como mamografia, ultrassonografia, punção e biópsia de mama, colposcopia e consultas médicas presenciais e por telemedicina. A expectativa é realizar até 120 mil atendimentos em outubro, com investimento de R$ 18 milhões.

Além disso, já foram entregues 11 aceleradores lineares em quatro estados, com previsão de 121 até o fim de 2026. Outra iniciativa é a aquisição de 60 kits de biópsia, com investimento de R$ 120 milhões, garantindo maior precisão no diagnóstico e reduzindo a necessidade de repetição de procedimentos.

Medicamentos modernos no SUS

A partir de outubro, o SUS também vai disponibilizar medicamentos inovadores para o tratamento do câncer de mama, como o trastuzumabe entansina e os inibidores de ciclinas (abemaciclibe, palbociclibe e ribociclibe). A incorporação foi possível por meio de negociações que reduziram em até 50% os custos, permitindo que milhares de mulheres tenham acesso a terapias modernas, antes restritas a quem podia pagar.

Guias para atenção primária

Até o fim de outubro, o Grupo de Trabalho para o Enfrentamento do Câncer de Mama lançará manuais e guias práticos para orientar profissionais da Atenção Primária e agentes comunitários de saúde em todo o país. O objetivo é fortalecer o cuidado desde o primeiro atendimento até os serviços especializados, com base em evidências científicas atualizadas.

Acesse a apresentação sobre o Outubro Rosa

Assista à coletiva de imprensa

Fonte: Ministério das Mulheres

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