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MJSP retoma Projeto Pensando o Direito para fortalecer debate legislativo

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Niterói, 03/10/2025 – O Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) e a Universidade Federal Fluminense (UFF) assinaram, na quinta-feira (2), o Termo de Execução Descentralizada (TED) que marca a retomada do Projeto Pensando o Direito. A cerimônia simbólica foi realizada no Campus Gragoatá da instituição de ensino e contou com a presença de autoridades do Ministério, representantes da universidade e especialistas convidados.

A iniciativa tem como objetivo ampliar a participação social nos debates sobre temas jurídicos de interesse do MJSP. Para isso, financia pesquisas empíricas e interdisciplinares em áreas prioritárias da agenda governamental que demandam maior aprofundamento. A iniciativa aproxima instituições acadêmicas do poder público, qualifica a produção legislativa e promove a criação de normas mais justas, efetivas e participativas, beneficiando diretamente a sociedade.

Criado em 2007, pela Secretaria de Assuntos Legislativos (SAL) do MJSP, o projeto já lançou mais de 60 volumes de pesquisas acadêmicas que subsidiaram a elaboração de políticas públicas e legislações relevantes, como o Marco Civil da Internet, a Responsabilidade Penal de Pessoas Jurídicas e o Banco de Perfis Genéticos.

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O secretário de Assuntos Legislativos, Marivaldo Pereira, comemorou a parceria. “É um passo muito importante para a retomada de uma política pública que já contribuiu substancialmente para leis como o Marco Civil da Internet e outras políticas que impactam diretamente a sociedade. A retomada do projeto reforça o papel da Secretaria de Assuntos Legislativos e do Ministério da Justiça na qualificação das normas jurídicas produzidas para o país”, afirmou o secretário.

Para o professor Daniel Hirata, coordenador do Núcleo de Estudos de Novos Ilegalismos (GENI-UFF), a parceria reafirma o compromisso da universidade pública com a sociedade: “A assinatura desse TED é uma forma de devolver à população o investimento feito na universidade, por meio da formação de quadros, da produção de pesquisas e da apresentação de recomendações que podem orientar a tomada de decisões no campo legislativo”, ressaltou.

Além da assinatura do documento, o evento contou ainda com a mesa-redonda Pesquisa Empírica e Segurança Pública: Debate Legislativo sobre o Crime Organizado, conduzida pelo professor Daniel Hirata e pela diretora de Assuntos Parlamentares do MJSP, Juliana Vieira dos Santos. A atividade reuniu mães de vítimas de violência institucional que integram a Rede de Atenção a Pessoas Afetadas pela Violência do Estado (RAAVE), organização que atua no apoio às famílias e no fortalecimento de políticas públicas.

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Também estiveram presentes ao evento, a diretora do Instituto de Ciências Humanas e Filosofia, professora Renata Gonçalves; o chefe do Departamento de Sociologia e Metodologia das Ciências Sociais, professor Sérgio Castilho; o ex-secretário da SAL, Gabriel Sampaio (virtualmente); e os ex-secretários da SAL e advogados Felipe de Paula e Pedro Abramovay, atualmente vice-presidente de Programas da Open Society Foundations.

Fonte: Ministério da Justiça e Segurança Pública

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Brasil reforça diálogo com Portugal sobre direitos migratórios de brasileiros

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Lisboa, 07/10/2025 – O Governo do Brasil participou da reunião anual da Subcomissão de Assuntos Consulares e Circulação de Pessoas, em Lisboa, Portugal. A pauta foi a situação dos brasileiros que vivem em território português. Durante a agenda bilateral, foram abordados temas como regularização, afastamento voluntário e xenofobia.

O encontro ocorreu no último dia 30 de setembro, em meio às comemorações dos 200 anos de relações diplomáticas entre os países, e reforça a relevância do diálogo e da cooperação. A delegação brasileira contou com o secretário Nacional de Justiça do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), Jean Keiji Uema, e da embaixadora Márcia Loureiro, secretária de Comunidades Brasileiras no Exterior e Assuntos Consulares e Jurídicos do Itamaraty.

“A comunidade brasileira que vive em Portugal é a segunda maior fora do País e merece atenção prioritária. O Brasil seguirá acompanhando de perto os desdobramentos e trabalhando em parceria com Portugal para que os direitos de brasileiras e brasileiros sejam plenamente respeitados”, afirmou o secretário.

Direitos e regularização migratória

A comitiva brasileira solicitou às autoridades portuguesas números atualizados sobre os processos de regularização migratória e de afastamento voluntário, bem como informações sobre notificações de abandono já emitidas. Foi pedido ainda que os consulados brasileiros sejam avisados previamente em situações de afastamento coercitivo, de forma a garantir assistência adequada aos cidadãos.

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Outro ponto tratado foi o andamento das renovações e emissões de títulos de residência, incluindo manifestações de interesse e o título da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP). O governo português assegurou que os processos pendentes serão concluídos até o fim de 2025, lembrando que um decreto-lei vigente prorroga a validade de documentos até 15 de outubro.

A reunião também tratou o Estatuto de Igualdade. Portugal esclareceu que não houve interrupção na concessão e reafirmou abertura para examinar casos individuais de dificuldades. Foi acordado ainda um diálogo técnico entre o MJSP e a Agência para Integração, Migrações e Asilo (AIMA) de Portugal, com a finalidade de agilizar análises e concessões do benefício.

Mudanças na lei portuguesa

Outro tema de destaque foi o impacto das recentes mudanças na Lei da Imigração de Portugal. A recente alteração na Lei dos Estrangeiros em Portugal estabelece que a solicitação de autorização de residência pela Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) só poderá ser feita mediante visto obtido ainda no país de origem.

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A medida impacta milhares de brasileiros que atualmente recorrem a processos judiciais para regularizar sua situação no território português. O governo português havia cogitado permitir a entrada como turista e o posterior pedido de residência, mas voltou atrás, receoso de que a regra funcionasse como uma nova versão das manifestações de interesse, já extintas.

O Brasil reiterou que eventuais alterações não devem ampliar as assimetrias já existentes entre os dois países. A comitiva recordou que, no Brasil, os portugueses têm pleno acesso ao reagrupamento familiar, ao título CPLP e à naturalização em prazo de apenas um ano, enquanto Portugal discute ampliar de cinco para sete anos o tempo de residência necessário para a cidadania.

Fonte: Ministério da Justiça e Segurança Pública

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