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Ministério da Saúde apresenta minuta de atualização da Política Nacional de Atenção à Saúde dos Povos Indígenas

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O Ministério da Saúde, por meio da Secretaria de Saúde Indígena (SESAI), apresentou, nesta quarta-feira (06), em Brasília, durante audiência pública, a minuta de revisão e atualização da Política Nacional de Atenção à Saúde dos Povos Indígenas (PNASPI). A cerimônia contou com a participação do ministro da Saúde, Alexandre Padilha, além de representantes dos 34 Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEIs), presidentes dos Conselhos Distritais de Saúde Indígena, instituições e organizações parceiras que contribuíram com o processo de elaboração da proposta, incluindo ações como a realização dos cinco Seminários Regionais de Saúde Indígena.

Na mesa de abertura, o ministro Alexandre Padilha relembrou a época da construção da primeira Política Nacional de Saúde Indígena no Brasil, na metade da década de 1990, mencionando a Lei Arouca, criada pelo médico sanitarista e então deputado Sérgio Arouca. “Foi um marco para o Sistema Único de Saúde (SUS), porque estava sendo criado algo novo, que não existia no SUS. E, por meio da Lei Sérgio Arouca, foi instituído um subsistema dentro do SUS.”

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O ministro também destacou aspectos atuais que reforçam a necessidade de atualização da PNASPI: “De lá para cá, muita coisa mudou, e essa atualização é necessária. Por exemplo, a população idosa indígena cresceu muito, e isso demanda uma atenção e assistência diferentes. Assim como as mudanças climáticas, que afetam de forma impactante a saúde dos povos indígenas”, afirmou.

O secretário de Saúde Indígena do Ministério da Saúde (SESAI/MS), Weibe Tapeba, destacou a importância do momento para a saúde indígena e fez um resgate do processo de construção da nova PNASPI. Com uma gestão marcada pela participação social, Weibe falou sobre a construção coletiva da política e afirmou: “A Política de Saúde Indígena, na maioria dos nossos territórios, é a única materialização da presença do Estado. Então, precisamos garantir que essa política se fortaleça cada vez mais, que seja eficiente, resolutiva e gere dignidade nos nossos territórios.”

Entre as novidades da atualização da PNASPI, destaca-se a inserção e valorização das medicinas indígenas e práticas ancestrais como tratamentos reconhecidos para a saúde indígena e para os usuários do SasiSUS. O documento apresentado pela SESAI tem 32 páginas e detalha as principais mudanças na estrutura e nos objetivos da política.

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Todo o ciclo de reformulação da PNASPI compreende cinco etapas. A primeira tratou da deliberação do Ministério da Saúde sobre a necessidade de revisão e atualização da política, com a criação do GT PNASPI, em conformidade com os atos normativos e as recomendações da ADPF 709 e do Relatório CMAP. A partir disso, foram realizados os seminários regionais que discutiram os eixos estratégicos e estruturantes da política. Após a conclusão da segunda fase, será iniciada a terceira, voltada à pactuação com órgãos externos, como MPI, Funai e Apib.

Sílvia Alves
Ministério da Saúde

Fonte: Ministério da Saúde

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SAÚDE

Hidrogel para problemas no joelho pode substituir a cirurgia

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Foto: Freepik –krakenimages.com

 

Tratamento com a substância oferece solução menos invasiva para dores

A dor no joelho está entre as principais queixas de saúde da população brasileira, ocupando o segundo lugar entre as dores crônicas mais comuns no país, com prevalência de 50%, segundo dados do Ministério da Saúde, atrás apenas da lombalgia (77%). Ela pode surgir de forma súbita, como consequência de uma lesão, ou se desenvolver de forma gradual, devido ao desgaste progressivo da articulação.

 

De acordo com informações da Rede D’Or, as principais causas incluem lesões ligamentares, como rupturas dos ligamentos cruzados, lesões meniscais, condromalácia patelar, inflamações como tendinites e bursites, além de doenças degenerativas, como a artrose e a artrite reumatoide.

 

Embora muitas dessas condições já possam ser tratadas com medicamentos, fisioterapia e, em casos mais graves, cirurgia, novas alternativas terapêuticas têm sido desenvolvidas. Entre elas, o hidrogel tem apresentado resultados promissores.

 

O ortopedista especialista em cirurgia do joelho, Diego Munhoz, explica que o hidrogel é uma substância biocompatível, composta basicamente por polímeros e água, que funciona como substituto do líquido sinovial, lubrificando a articulação e protegendo a cartilagem. 

 

Ao amortecer o impacto entre os ossos e promover um efeito viscossuplementação, ele proporciona o alívio da dor e uma melhora funcional que pode ter efeitos prolongados chegando, em alguns casos, a um ano. 

 

O procedimento é feito em consultório, como em uma consulta com ortopedista no Rio de Janeiro, por exemplo, e tem aplicação rápida. Para quem busca alternativas menos invasivas, o médico indica que é uma ótima opção antes de partir para a cirurgia.

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Entre as tecnologias recentes, o hidrogel baseado na molécula modificada HYADD®4-G tem sido destacado na área médica por ter durabilidade estendida, propriedades mecânicas superiores e potencial de recuperação funcional em nível elevado.

 

O médico do esporte e ortopedista especialista em traumatologia do esporte e cirurgia do joelho, Adriano Leonardi, explica em artigo assinado à imprensa que se trata de um derivado hidrofóbico do ácido hialurônico (AH) e apresenta um comportamento do tipo shear-thinning (afinamento sob cisalhamento), fazendo com que a sua aplicação por seringas tradicionais sejam mais fáceis.

 

Assim como ocorre com o ácido hialurônico convencional, a aplicação desse hidrogel é feita em consultório por meio de uma infiltração articular simples, mas, em determinadas articulações, o procedimento pode ser realizado com o auxílio de ultrassonografia para garantir maior segurança.

O médico acrescenta que o produto pode ser utilizado durante intervenções cirúrgicas, sendo administrado diretamente dentro do osso ou intra articular, conforme o tipo e a lesão apresentada pelo paciente. 

 

A definição do melhor procedimento deve ser feita por um especialista. Para os paulistas, por exemplo, é possível buscar por um ortopedista na cidade de São Paulo, sendo este o profissional mais capacitado para avaliar e tratar dores no joelho. Dependendo da causa, reumatologistas ou fisioterapeutas também podem ser envolvidos no cuidado.

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Estudos comprovam os benefícios da substância em atletas

Leonardi também destaca que os benefícios do hidrogel têm sido estudados com foco na medicina esportiva. Um exemplo disso é uma pesquisa realizada na Itália, que investigou o uso da substância HYADD4-G em 30 jogadores de futebol que apresentavam condropatia traumática ou degenerativa do joelho.

O protocolo utilizado contava com duas injeções, aplicadas com uma semana de intervalo, e o acompanhamento dos pacientes foi feito por seis meses. Os resultados mostraram melhorias como redução da dor em repouso e ao caminhar, amplitude de movimento articular e benefícios para qualidade de vida e capacidade esportiva.

 

Mesmo em atletas que estavam sob esforços contínuos, os benefícios foram mantidos a longo prazo, sem que eventos adversos fossem registrados, evitando longas suspensões ou intervenções cirúrgicas precoces.

 

De acordo com Leonardi, a condropatia inicial ou terminal, também conhecida como artrose, é um grande desafio para a medicina esportiva, pois afeta atletas de diferentes níveis, desde profissionais de elite até praticantes recreativos.


“Com a intensificação das demandas físicas impostas por treinamentos e competições, lesões da cartilagem articular e o desenvolvimento precoce da artrose têm se tornado mais comuns. Nesse cenário, a busca por terapias que promovam alívio de sintomas, preservem a função e retardem a evolução da doença é essencial”, destaca o ortopedista.

 

 

 

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