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Ministério da Saúde realiza inspeções locais para reforçar acompanhamento do Farmácia Popular

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O Ministério da Saúde iniciou, nesta terça-feira (1/7), ação nacional para inspecionar localmente a distribuição de medicamentos e demais itens do Programa Farmácia Popular do Brasil. A ação ocorre após o governo garantir a gratuidade de todos os produtos dispensados pelo programa, estabelecida em fevereiro de 2025. Inicialmente, o Departamento Nacional de Auditoria do SUS (DenaSUS) fará visitas técnicas a 100 farmácias cadastradas em 58 municípios de 21 estados. A medida marca a retomada das visitas presenciais nas ações de fiscalização do programa, interrompidas em 2021.

Os estados com maior número de farmácias a serem vistoriadas incluem São Paulo (18), Pernambuco (13), Rio Grande do Sul (10), Bahia (8) e Rio de Janeiro (7). A nova abordagem visa prevenir e acelerar a apuração de possíveis irregularidades na dispensação dos produtos, a partir de inspeções in loco. Durante as visitas, os técnicos verificam se a farmácia possui os documentos obrigatórios, tais como alvará e licença sanitária, Certidão de Regularidade Técnica, se o endereço coincide com o cadastro na Receita Federal, além de os documentos relativos às dispensações, como receita médica, documentos do paciente e cupons fiscais, tanto impressos quanto digitais.

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A iniciativa reforça as ações em curso de acompanhamento do Farmácia Popular. Em abril, o Ministério da Saúde voltou a realizar a renovação anual obrigatória do credenciamento dos estabelecimentos, que segue até o dia 31 de julho. A medida havia sido interrompida em 2018 e integra o processo de reconstrução e fortalecimento do programa. O reforço às ações de fiscalização levou à suspensão preventiva de 2.314 farmácias desde 2023 e ao ressarcimento de R$ 8 milhões. Apenas este ano, 562 farmácias já foram suspensas e 163 descredenciadas.

Acompanhamento e fiscalização

A retomada da fiscalização na gestão do programa foi possível com a estruturação de mecanismos de acompanhamento. Foram restituídos, por exemplo, 25 indicadores de acompanhamento, que vão desde a frequência de retirada do medicamento à quantidade vendida de acordo com o tamanho da população.

O Farmácia Popular conta com mecanismos preventivos e detectivos. O acompanhamento preventivo atua no momento do atendimento, por meio do cruzamento automático de dados com bases oficiais como Receita Federal do Brasil (RFB), Cartão SUS, CNIS e Sistema de Óbitos. Quando o sistema identifica qualquer inconsistência, a dispensação é bloqueada imediatamente.

O acompanhamento detectivo, por sua vez, é feito mensalmente com o uso de indicadores rotativos que cruzam dados e identificam comportamentos atípicos nas farmácias. Essas ações se articulam com outras instâncias do SUS, além de órgãos externos como a Receita Federal, CGU, TCU, Polícia Federal, Ministério Público e Conselhos de Classe, garantindo uma abordagem sistêmica de prevenção e responsabilização.

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Sobre o Farmácia Popular

O Programa Farmácia Popular do Brasil garante o acesso gratuito a medicamentos essenciais para a população. Desde 14 de fevereiro de 2025, todos os medicamentos e insumos do elenco do programa passaram a ser disponibilizados de forma totalmente gratuita.

Atualmente, o PFPB contempla 41 itens com medicamentos voltados ao tratamento de hipertensão, diabetes, asma, osteoporose, dislipidemia (colesterol alto), rinite, doença de Parkinson, glaucoma, diabetes mellitus associada a doenças cardiovasculares e anticoncepção. Também são ofertadas fraldas geriátricas para pessoas com incontinência e absorventes higiênicos para beneficiárias do Programa Dignidade Menstrual.

O programa alcança mais de 12 milhões de pessoas por mês e conta com mais de 31 mil farmácias credenciadas, distribuídas em 4.846 municípios em todas as regiões do país.

Ministério da Saúde

Fonte: Ministério da Saúde

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SAÚDE

Hidrogel para problemas no joelho pode substituir a cirurgia

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Foto: Freepik –krakenimages.com

 

Tratamento com a substância oferece solução menos invasiva para dores

A dor no joelho está entre as principais queixas de saúde da população brasileira, ocupando o segundo lugar entre as dores crônicas mais comuns no país, com prevalência de 50%, segundo dados do Ministério da Saúde, atrás apenas da lombalgia (77%). Ela pode surgir de forma súbita, como consequência de uma lesão, ou se desenvolver de forma gradual, devido ao desgaste progressivo da articulação.

 

De acordo com informações da Rede D’Or, as principais causas incluem lesões ligamentares, como rupturas dos ligamentos cruzados, lesões meniscais, condromalácia patelar, inflamações como tendinites e bursites, além de doenças degenerativas, como a artrose e a artrite reumatoide.

 

Embora muitas dessas condições já possam ser tratadas com medicamentos, fisioterapia e, em casos mais graves, cirurgia, novas alternativas terapêuticas têm sido desenvolvidas. Entre elas, o hidrogel tem apresentado resultados promissores.

 

O ortopedista especialista em cirurgia do joelho, Diego Munhoz, explica que o hidrogel é uma substância biocompatível, composta basicamente por polímeros e água, que funciona como substituto do líquido sinovial, lubrificando a articulação e protegendo a cartilagem. 

 

Ao amortecer o impacto entre os ossos e promover um efeito viscossuplementação, ele proporciona o alívio da dor e uma melhora funcional que pode ter efeitos prolongados chegando, em alguns casos, a um ano. 

 

O procedimento é feito em consultório, como em uma consulta com ortopedista no Rio de Janeiro, por exemplo, e tem aplicação rápida. Para quem busca alternativas menos invasivas, o médico indica que é uma ótima opção antes de partir para a cirurgia.

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Entre as tecnologias recentes, o hidrogel baseado na molécula modificada HYADD®4-G tem sido destacado na área médica por ter durabilidade estendida, propriedades mecânicas superiores e potencial de recuperação funcional em nível elevado.

 

O médico do esporte e ortopedista especialista em traumatologia do esporte e cirurgia do joelho, Adriano Leonardi, explica em artigo assinado à imprensa que se trata de um derivado hidrofóbico do ácido hialurônico (AH) e apresenta um comportamento do tipo shear-thinning (afinamento sob cisalhamento), fazendo com que a sua aplicação por seringas tradicionais sejam mais fáceis.

 

Assim como ocorre com o ácido hialurônico convencional, a aplicação desse hidrogel é feita em consultório por meio de uma infiltração articular simples, mas, em determinadas articulações, o procedimento pode ser realizado com o auxílio de ultrassonografia para garantir maior segurança.

O médico acrescenta que o produto pode ser utilizado durante intervenções cirúrgicas, sendo administrado diretamente dentro do osso ou intra articular, conforme o tipo e a lesão apresentada pelo paciente. 

 

A definição do melhor procedimento deve ser feita por um especialista. Para os paulistas, por exemplo, é possível buscar por um ortopedista na cidade de São Paulo, sendo este o profissional mais capacitado para avaliar e tratar dores no joelho. Dependendo da causa, reumatologistas ou fisioterapeutas também podem ser envolvidos no cuidado.

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Estudos comprovam os benefícios da substância em atletas

Leonardi também destaca que os benefícios do hidrogel têm sido estudados com foco na medicina esportiva. Um exemplo disso é uma pesquisa realizada na Itália, que investigou o uso da substância HYADD4-G em 30 jogadores de futebol que apresentavam condropatia traumática ou degenerativa do joelho.

O protocolo utilizado contava com duas injeções, aplicadas com uma semana de intervalo, e o acompanhamento dos pacientes foi feito por seis meses. Os resultados mostraram melhorias como redução da dor em repouso e ao caminhar, amplitude de movimento articular e benefícios para qualidade de vida e capacidade esportiva.

 

Mesmo em atletas que estavam sob esforços contínuos, os benefícios foram mantidos a longo prazo, sem que eventos adversos fossem registrados, evitando longas suspensões ou intervenções cirúrgicas precoces.

 

De acordo com Leonardi, a condropatia inicial ou terminal, também conhecida como artrose, é um grande desafio para a medicina esportiva, pois afeta atletas de diferentes níveis, desde profissionais de elite até praticantes recreativos.


“Com a intensificação das demandas físicas impostas por treinamentos e competições, lesões da cartilagem articular e o desenvolvimento precoce da artrose têm se tornado mais comuns. Nesse cenário, a busca por terapias que promovam alívio de sintomas, preservem a função e retardem a evolução da doença é essencial”, destaca o ortopedista.

 

 

 

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